Cara de pau da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de comemorar os três anos do crime ambiental promovido pelo parlamento maranhense. Isso porque a Assessoria da Casa produziu texto alusivo aos três anos de inauguração da nova sede, “comemorada” dia 18 de novembro. Mas a nova sede da Assembleia foi instalada no meio de uma reserva ambiental: o sítio do Rangedor. Coisas que só acontecem no Maranhão.
A antiga sede da Assembleia ficava na Rua do Egito, no Centro de São Luís. Lógico que o local não suportava mais o atual momento do legislativo maranhense em uma estrutura idealizada em 1885, que não condizia com os padrões atuais. Porém, a solução encontrada não foi a melhor: colocar o parlamento no meio da estação ecológica do rangedor, que é uma área de proteção ambiental. A Justificativa da diretoria legislativa na época era que o projeto era anterior ao decreto que transformou o Rangedor em reserva ambiental.
A Assembleia ainda alega que está tomando medidas de sustentabilidade no que sobrou do Sítio do Rangedor, como sistemas de tratamento de esgoto e climatização com o objetivo de reduzir o impacto ambiental, o que não ameniza praticamente nada do que foi desmatado ali.
Ainda se discute a construção de um hospital municipal e da nova sede da Famem (Federação dos Municípios do Maranhão) no sopro de vida que ainda existe no Rangedor. Já que a Assembleia abriu a porteira, não deveria nem ter moral agora para reclamar se destruírem o que sobrou.