A moralização do serviço público de São Luís

Secretária Mittyz Rodrigues moraliza folha de pagamento de São Luís

Secretária Mittyz Rodrigues moraliza folha de pagamento de São Luís

Sempre é necessário um ato mais drástico para quebrar círculos viciosos duradouros. R$ 3,2 milhões do nosso dinheiro eram utilizados na prefeitura de São Luís para pagar 3.268 pessoas que ocupavam cargos apenas por terem padrinhos políticos. Cargos políticos existem e fazem parte do processo de escolha de representantes. Mas estar apenas com o nome no cargo e receber sem trabalhar é aumentar a carga sobre toda a sociedade de São Luís que trabalha duro e paga seus impostos para ter retorno em saúde, educação, transporte, etc. A economia feita com a retirada de parasitas da administração municipal é um alento para que este recurso possa começar a chegar á sua real razão de ser: o bem público.

Muitos fantasmas da prefeitura de São Luís engrossaram as filas dos caixas eletrônicos na manhã desta terça-feira (30) e se depararam com o não pagamento do “salário”. Iriam pegar o salário, voltar para suas casas, assistir televisão, dormir e fazer qualquer coisa que em nada produz para o crescimento da sociedade ludovicense.

A revolta foi grande dos que não encontraram mais a mamata na conta. Digo que se estão revoltados, deveriam procurar na Justiça seus direitos “trabalhistas”. Opa! Mas estes direitos só tem quem trabalha. Por isso, não há que se dizer que a prefeitura demitiu ninguém, porque não o fez. Em uma louvável atitude que condiz com todos os princípios básicos da administração pública, a secretária de Administração, Mittyz Rodrigues, simplesmente deixou de colocar o nosso dinheiro nas contas de pessoas que apenas o estavam recebendo. Como a própria secretária afirmou “o que existiam eram somente os nomes, contas bancárias e os créditos que eram depositados”.

Os salários dos fantasmas variavam entre R$ 1.000,00 e R$ 1.500,00. Para se ter ideia, a maioria dos servidores efetivos com nível médio da prefeitura de São Luís ganham em torno de R$ 700,00, trabalhando 40 horas semanais e colocando seu suor em favor do bem público, principalmente nos setores de saúde e educação. Quando um servidor efetiva falta um dia que seja ao local de trabalho, a falta é anotada e o desconto é certo no fim do mês.

Enquanto muitos fantasmas recebiam, muitas escolas de São Luís estão com déficit de professor, estão sujas por não terem pessoal de limpeza ou estão com documentação de alunos atrasada por não terem agentes administrativos suficientes.

Este foi o primeiro e importante passo ara o fim de um círculo vicioso.

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