Primeiro teste de força entre os grupos Carcará x Murad será eleição da AL

Clima de guerra entre Andrea Murad e Roberto Costa deverá esquentar disputa interna do PMDB

Clima de guerra entre Andrea Murad e Roberto Costa deverá esquentar disputa interna do PMDB

O tema já abordado por este blog ganha força com o período de negociações sobre a eleição da Mesa Diretora da Assembleia: o espólio do grupo Sarney. Nos últimos dias, opiniões divergentes sobre a eleição expuseram ainda mais a disputa para mostrar quem tem mais força no campo da oposição ao governador eleito Flávio Dino: o grupo Carcará (de João Alberto e Roberto Costa) ou os Murad (de Ricardo e a filha Andrea).

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Andrea se lançou candidata à presidência da Assembleia e afirmou que a oposição a Dino deveria “marcar posição” com uma candidatura mesmo que seja para perder do candidato Humberto Coutinho, favorito para presidir a Casa.

A resposta de Roberto Costa foi imediata garantindo que o melhor para o grupo de oposição seria um acordo com espaço na composição da Mesa. “Particularmente não tenho qualquer tipo de restrição ao nome de Humberto, nem há intenção de me opor a ele. A condição que acho que devemos exigir é de que sejam garantidos espaços na Mesa Diretora, proporcional ao tamanho e à força de cada bancada. Sendo respeitado isso, acredito que não há porque se opor a Humberto”, afirmou, garantindo que o martelo ainda não está batido, mas se encaminha para o consenso.

Até o ex-secretário de esportes, Joaquim Haickel concordou que o grupo Sarney deveria eleger Humberto. “Adoro Andréa, acredito que ela será uma excelente deputada. Mais que isso, eu tenho certeza que ela será uma ótima parlamentar, mas não acredito ser boa a ideia dela ser candidata para enfrentar Humberto na disputa pela presidência da ALM. Os tempos são outros. O candidato é outro. O governador é outro. Os deputados são outros”.

A filha do ex-secretário estadual de saúde retrucou como se Roberto e João Alberto estivessem ensaiando uma aproximação com Flávio Dino. “Afinal, o PMDB vai render-se a decisão de uma chapa única direcionada pelo novo dono do palácio ou irá manter seu papel de oposição real a partir de 2015? Não fazer restrição a este fato não é tirar o partido da linha de oposição? Eleger Humberto não é dar os dois poderes para Flávio Dino, o Executivo e o legislativo? E a minha principal pergunta: que tipo de oposição fará então?”

A filha de Ricardo ainda disse que Roberto não decide sozinho, já que os outros eleitos pelo partido, Max e Nina Melo, também têm que participar da decisão. Mas pelo menos Max Barros, em conversas na Assembleia, já demonstrou vontade de votar em Humberto.

O clima deve permanecer quente entre Roberto Costa e Andrea Murad até a eleição. Uma queda de braço que demonstrará muito sobre o futuro dos membros do grupo Sarney.

 

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