O terceiro bloco do debate começou com a licitação de transporte em discussão. Braide deu a entender que Edivaldo garantiu que não haverá aumento de tarifa do transporte no primeiro ano e haverá subsídio da prefeitura. Braide questionou o fato da prefeitura subsidiar, mas não disse como faria para não aumentar a passagem. Depois falaram sobre as parcerias com unidades filantrópicas de saúde.

Eduardo voltou a falar que Edivaldo não pagou a conta de água e por isso não haveria água em São Luís. Edivaldo reagiu e Braide disse que colocou água na cidade com referência ao Centro.

Nas considerações finais, Edivaldo falou diretamente com eleitores, lembrou ações e pediu continuidade. Eduardo voltou a falar da luta “Davi contra Golias”, tentou se humanizar e trouxe um tom de religiosidade para avançar neste eleitorado.

Com o tom forte de Edivaldo, Braide não teve como fazer sua tradicional pose de superioridade. O segundo bloco entrou mais para o debate de gestão. Começou com debate sobre trabalho e renda e depois sobre feiras. Edivaldo aproveitou para falar sobre o fato de das 33 propostas de Braide, 28 estão sendo executadas pela prefeitura.

Sobre educação, Edivaldo aproveitou para lembrar que Braide fez parte da gestão João Castelo ao afirmar que esta gestão que acabou com a Educação. Falou do crescimento do IDEB, que estava em declínio na gestão do tucano. Quando questionado sobre os secretários de sua gestão que fizeram parte da gestão Castelo, o prefeito afirmou que estes ficaram poucos meses na gestão do tucano, enquanto Braide só saiu para ser candidato a deputado.

Sobre o ISEC, Edivaldo afirmou que tanto a Justiça comum como a eleitoral já declararam que não havia irregularidade no contrato. Foi ainda mais forte ao olhar para Braide e afirmar que não compactua com coisas erradas. Como se fizesse referência à Máfia de Anajatuba.

No primeiro bloco do debate da TV Mirante entre os candidato a prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT) e Eduardo Braide (PMN) o clima foi muito quente entre os deputados.

O prefeito Edivaldo mostrou a que veio e partiu para o ataque. Braide mostrou que não estava pronto para um Edivaldo em tom agressivo, mostrando logo na entrada o esquema de corrupção de Anajatuba, as destinações de emendas e a administração de Braide na Caema.

Braide começou dizendo que Edivaldo perdeu recursos de emenda para o Socorrão II e ouviu logo que falta com a verdade. O pedetista afirmou que em seis anos como deputado, apenas no último ano, mandou apenas R$300 mil para a cidade. Disse que não perdeu recursos e foi forte ao afirmar que mandou emenda para um município que tem apenas 15 mil habitantes.

Notificado desde o início da tarde do direito de resposta contra suas inserções, o candidato a prefeito Eduardo Braide não entrou com nenhum recurso contra a decisão. Os advogados do candidato estão aguardando o plantão judiciário, que começa daqui a pouco, para dar entrada em um mandado de segurança.

Foram concedidos direitos de resposta no tempo das inserções de Braide por conta de sua “denúncia” de que a culpa pela falta de água em São Luís seria por uma suposta dívida da prefeitura.

O caso não é de plantão, que só deve ser utilizado para casos urgentes.

A campanha de Edivaldo Holanda Júnior (PDT) recebeu grande reforço político. Dos 31 vereadores eleitos, nada menos que 21 dceclararam apoio ao candidato do PDT.

Com uma ação determinante do presidente da Casa, Astro de Ogum (PR), a maioria esmagadora dos novos vereadores fechou com o prefeito. A maioria dos que estavam nas chapas de Eliziane Gama e Wellington do Curso estão com Edivaldo neste segundo turno.

Caso se confirmem as pesquisas e Edivaldo se reeleja, o prefeito terá uma base sólida no palramento.

Estudantes maranhense continuam ocupando unidades de ensino contra a aprovação do Projeto de Emenda Constitucional 241, a PEC que limita os gastos públicos. A proposta paralisa investimentos em saúde e educação, além de congelar salários de servidores.

Em São Luís, estão ocupadas as Unidades do Instituto Federal do Maranhão do Maranhão (IFMA) do Monte Castelo e Centro Histórico além do Curso de História da UEMA, também no Centro Histórico.

Mas o principal front de resistência à PEC em São Luís é o Centro Integrado Rio Anil (Cintra). Lá, dezenas de estudantes ocuparam a escola em protesto contras a PEC.

De acordo com os dados da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), em nível nacional, existem 1.022 escolas e institutos federais ocupadas, além de 82 universidades e 3 núcleos regionais de educação.

PEC do Teto

A PEC 241 define o limite de gastos do Governo Federal que, durante 20 anos, só será corrigido pela infração do ano anterior. A medida foi aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados. A Proposta pode causar a perda de até R$ 25,5 bilhões por ano (em valores atuais, sem considerar a correção da inflação no período) para a educação.

Um estudo de pesquisadores do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão vinculado ao Ministério do Planejamento, mostra que o SUS (Sistema Único de Saúde) perderá até R$ 743 bilhões caso a PEC do teto de gastos passe a valer no país. Os estados e municípios que hoje gastam grande parte das suas receitas para compensar o subfinanciamento do governo federal com a saúde terão que investir mais recursos próprios no próprio Sistema de Saúde Municipal, para compensar a perda ainda maior de recursos.