Realidade nova para moradores da Vila Janaína após 30 anos

Era 1987, ano de fundação da Vila Janaína, e moradores das ruas Tiradentes, Boa Esperança e Santa Efigênia já sonhavam com a pavimentação asfáltica das vias. O sonho foi se estendendo por mais 30 anos e só se tornou realidade agora, com a implantação do inédito programa Rua Digna, do Governo do Maranhão.

“Essa foi primeira vez que um governo olhou para nossa rua. Agora a gente tem uma rua bonita, mas isso aqui era só lama quando chovia; e só poeira, quando era período de seca.  As pessoas ainda não acreditam, de fato, que isso aqui está sendo concluído”, diz o presidente da Associação Atlética da Vila Janaína, José Vitorino Câmara Gama.

O benefício vai alcançar milhares de maranhenses com a pavimentação de vias públicas e melhoria de infraestrutura de pontos que nunca receberam qualquer tipo de intervenção estrutural. No total, dez instituições já estão recebendo as obras na capital e em municípios do Maranhão.

Presidente da Associação Atlética da Vila Janaína, José Vitorino Câmara (Fotos: Handson Chagas)

Apesar de a obra estar na primeira etapa, a Travessa Boa Esperança já se tornou um referencial para os moradores do bairro. “O pequeno pedaço da obra que já foi feito aqui já mudou o olhar das pessoas, que antes não acreditavam que a obra um dia chegaria.  Por conta desse resultado inicial, a Janaína toda já está motivada, cobrando de mim a elaboração de mais projetos para contemplar outras ruas com asfalto”, comenta Vitorino.

Ele diz que a expectativa criada pela população está sendo superada: “Eu creio que essa ideia do governador foi boa e está sendo abraçada por todos os bairros que estão recebendo o programa. Isso aqui é saboroso porque a gente vê que a comunidade está precisando.

Liberdade para ir e vir

Parte da Travessa Boa Esperança mostra o que a população vivia no período de chuva (Fotos: Handson Chagas)

O Rua Digna é executado pela Secretaria de Estado do Trabalho e da Economia Solidária (Setres) e tem como principal finalidade proporcionar dignidade a moradores e pedestres, por meio da construção de acessos urbanos. São serviços e reparos estruturais que garantem um direito básico e constitucional: o de ir e vir.

A moradora da Travessa Boa Esperança, Aleida Reis Medeiros Bispo, conta que enfrentou muitas barreiras com a irmã, Francisca das Chagas, portadora de necessidade especial que estava se locomovendo por cadeira de rodas por um determinado período. “Além da minha irmã, existem pessoas idosas que têm dificuldade em se locomover. Com a chegada do programa, por mais que seja ainda no início, nós já temos uma certa mobilidade e dignidade, ainda mais em função das calçadas que já foram feitas”, diz.

Vizinha das irmãs Aleida e Francisca,  Iranir Otaviano Santos, moradora desde o início do bairro,  conta que a obra chegou trazendo muita alegria: “É um trabalho do Governo que traz mais humanidade para gente. No período de chuva isso aqui ficava horrível, a gente tinha que sair tirando os sapatos e levantando as calças. Era horrível, pois ficávamos ilhados.

Além dos 106 metros de obras realizados na Travessa Boa Esperança, o Rua Digna se estende a mais duas vias no bairro Vila Janaína, onde serão construídos 140 metros na Rua Tiradentes e 284 metros na Rua Santa Efigênia.  No total serão construídos 530 metros, com o recurso de R$160 mil.

Dona Iranir Otaviano é uma das primeiras moradoras da Vila Janaína (Fotos: Handson Chagas)

O calçamento das ruas está sendo feito com bloquetes intertravados, preferencialmente produzidos pelos apenados do Complexo Penitenciário São Luís. As associações ou os sindicatos também são orientados a obter material de construção dos fornecedores da própria comunidade, a fim de gerar renda para o comércio local.

O programa foi disponibilizado para organizações da sociedade civil localizadas dentro da região metropolitana (São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa) e para os 30 municípios do Mais IDH. Com a inspeção de técnicos do Mutirão Rua Digna, o prazo máximo para execução é de 90 dias e o de prestação de contas é de 60 dias após o recebimento do recurso.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *