Émerson Farias: coronel sarneyzista continua sem dar explicações

Algumas situações interessantes na armação do Clã Sarney do memorando de perseguição a adversários políticos. O principal artífice do problema, coronel Émerson Farias, acusado de ser o autor por conta própria do documento ilegal, não se defendeu. O programa Fantástico veiculou uma reportagem feita pelo repórter da Mirante Alex Barbosa, sobre o tema, procurou o coronel e ele não se defendeu.

Émerson era braço direito de coronel Ivaldo Barbosa, que foi comandante de Policiamento Especial do governo Roseana. O próprio Émerson foi promovido no apagar das  luzes do governo do Clã Sarney. O autor do memorando ilegal poderia ter dito à reportagem que Jefferson Portela ou Coronel Luongo determinaram o fichamento de adversários, se isso tivesse ocorrido.

Mas tudo indica, que de fato, Émerson fez o documento sem a anuência dos superiores. E isso na seara policial onde hierarquia tem que ser respeitada é gravíssimo. Por que o coronel cometeria tão grave falta?

A resposta pode estar em como esta trama se desenrolou. Os veículos de comunicação do grupo Sarney fizeram grande festa com o documento, emplacaram na rede Globo e os deputados sarneyzistas reverberaram o tema com ares de grande escândalo.

Agora, o ponto crucial vem à tona. Os deputados do Clã pedem intervenção federal no Maranhão para colocar a polícia de Michel Temer no Estado.

A mudança de domicílio eleitoral de Sarney para o Maranhão e a implantação do seu centro de maldade focado apenas no Maranhão não foi à toa.