Sedentos por tapetão, já que todas as pesquisas mostram que a vitória nas urnas é praticamente impossível, o Clã Sarney já está orquestrando a impugnação da chapa Flávio Dino-Carlos Brandão, para manter o discurso de derrubada da chapa durante toda a campanha.

A história começa com o fato do vice-governador Carlos Brandão ter assumido o governo depois do dia 7 de abril, prazo final de desincompatibilização no qual quem estiver no comando de cargo Executivo, só poderia ser candidato ao cargo executivo.

O secretário chefe da Casa Civil, Rodrigo Lago, defendeu em artigo, na época em que a questão foi suscitada, que Brandão tem plenas condições de ser vice por ter assumido interinamente o governo em plenas funções de vice-governador. Para o secretário, caso quisesse se candidatar a outro cargo, Brandão teria que se desincompatibilizar do cargo de vice-governador. Ele ainda citou os exemplos de Geraldo Alckmin e José Reinaldo Tavares que assumiram interinamente os governos de São Paulo e Maranhão e foram candidatos a novo mandato de vice-governadores (releia).

Mesmo com uma base muito sólida de defesa e jurisprudências notórias, há quem tema pelo fato de dar discurso à oligarquia de que Flávio seria um candidato sub judice e que, com a falta de segurança jurídica no país onde o STF muda de entendimento como quem troca de roupa, os tentáculos de Sarney deem um novo golpe no povo maranhense.

Por isso, já há quem defenda que é necessário pensar em uma possível mudança. E se for necessária mesmo a troca do vice, os nomes mais cotados são, respectivamente, de Marcelo Tavares e Othelino Neto.