Flávio deixa seu tabuleiro armado

A reforma do governo Flávio Dino foi em sua grande maioria política. O governador que segue tendo nomes de confiança pessoal na espinha dorsal do governo – educação, saúde, articulação política, comunicação e segurança – abriu espaços importantes com bons orçamentos para os partidos aliados PP, PR, PT, DEM e PDT, que foram melhor contemplados e o governo agora ganha mais segurança política.

O DEM ganhou a secretaria de esportes com o ex-deputado Rogério Cafeteira e o PT ficou com a secretaria de trabalho.

O guloso deputado federal Josimar de Maranhãozinho, que comanda o PR, brigou bastante até que ganhou a secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca. Um espaço importantíssimo pela cadeia produtiva do Maranhão. A sobrinha do deputado vai comandar a pasta.

André Fufuca tentou muito emplacar seu irmão na secretaria de Desenvolvimento Social, que não levou. Mas depois de muito brigar, ainda ganhou uma secretaria forte: o Meio Ambiente. O PP se fortalece.

Já a poderosa Sedes fica com o PDT. O deputado Márcio Honaiser assume a secretaria e dá ao partido mais próximo do governador um espaço muito importante.

Por falar em PDT, as mudanças também foram gestos importantes para a família Macedo de Porto de Franco. Deoclides ganhou a Companhia Maranhense de Gás – GASMAR – e a suplente de deputada estadual Valéria Macedo ficou perto de uma vaga na Assembleia Legislativa. Com três deputados saindo para a secretaria, Valéria (4ª suplente do chapão) está na vez para assumir.

As mudanças também tiveram nomes técnicos e de confiança do governador como o advogado Rodrigo Lago para a secretaria de Assuntos Políticos e Comunicação. Mas no geral, foi uma reforma política, dando a sustentação com partidos grandes para os próximos quatro anos e também a preparação para o futuro do seu próprio grupo do PCdoB, como a ida de Rubens Júnior para a secretaria estadual de Cidades.

Um recado foi dado para a oposição: o governo está com segurança política para seguir nas ações administrativas.