Enquanto no Rio Grande do Sul, salário não tem data; no Maranhão, é sempre antecipado

Governador Eduardo Leite, do RS, só vai pagar salário de julho em setembro

O Rio Grande do Sul tem um PIB anual de aproximadamente R$ 263 bilhões. O Maranhão, de R$ 52 bilhões. O Rio Grande do Sul não consegue pagar os salários dos servidores em dia. O Maranhão consegue pagar, todos os meses, os salários adiantados.

Parte dos servidores gaúchos só vai receber o salário de julho em setembro. Outra parte nem previsão tem. E outra parte está recebendo nesta terça-feira (23) a última parcela do salário de junho.

No Maranhão, por sua vez, já virou tradição entre os servidores: na última semana do mês, eles ficam de olho no Twitter do governador Flávio Dino, que usa a rede social para divulgar a data do pagamento antecipado.

Como um Estado rico não consegue colocar as contas em ordem, enquanto o Maranhão, com um quinto do PIB do Rio Grande do Sul, paga há mais de quatro anos antecipadamente os salários?

Essa é uma das perguntas que têm ganhado o debate nacional desde que o presidente Jair Bolsonaro escolheu Dino como principal adversário. A frase “esses ‘governadores paraíba’” inflamou os ânimos dos nordestinos e colocou o governador em evidência.

O pagamento antecipado e outros dados recentes do Maranhão – como o maior salário de todo o Brasil para professores da rede estadual – são apontados como possíveis trunfos de Dino em 2020.

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