Arariboia: “Já que Moro ignora o Maranhão, Flávio Dino cria força-tarefa”, diz deputada

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-JR) usou as redes sociais para exaltar a iniciativa do governador Flávio Dino em criar uma força-tarefa para proteger a Terra Indígena Arariboia, na região de Bom Jesus das Selvas, local em que madeireiros fizeram uma emboscada que acabou na morte de Paulo Guajajara, guardião da floresta.

“GIGANTE FLÁVIO DINO! Já que Moro ignora o Maranhão após pedido de ajuda, governador cria força-tarefa!”, disse Jandira. Em setembro, o governo do Estado já havia alertado o governo Federal, a quem compete cuidar de terras indígenas, para o clima de tensão existente na TI Arariboia. O pedido foi ignorado pelo Ministério da Justiça, que tem a frente o ex-juiz Sérgio Moro.

Com a letargia do governo Bolsonaro com os problemas, o governador Flávio Dino resolveu criar uma força-tarefa com o objetivo de proteger os indígenas no Estado em áreas sob jurisdição federal. A proposta pretende prevenir conflitos fazendo ponte entre lideranças indígenas que monitoram áreas ameaçadas e órgãos federais. A medida também pretende aumentar a fiscalização nos entornos das reservas pelas polícias estaduais.

A força-tarefa será composta por integrantes da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros do Estado. A colaboração com órgãos federais, que ainda não foi discutida formalmente com o governo federal, para relatar casos de violação a direitos indígenas, inclui monitoramento de incêndios.

O governo ainda quer auxiliar na prevenção e no combate à exploração ilegal de madeira em terras indígenas, em articulação com o Sistema Nacional do Meio Ambiente.

A única “ação” de Sérgio Moro foi, após o caso, afirmar que a Polícia Federal investigará o caso, sem nenhum comprometimento com a segurança do local para evitar novos conflitos. “A Polícia federal irá apurar o assassinato do líder indígena Paulo Paulino Guajajara na terra indígena de Arariboia, no Maranhão. Não pouparemos esforços para levar os responsáveis por este crime grave à Justiça”, escreveu Moro no Twitter.

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