Maranhão também deverá ter marginais infiltrados em protestos

Santiago saiu para trabalhar e morreu atingido por marginal travestido de manifestante

Santiago saiu para trabalhar e morreu atingido por marginal travestido de manifestante

Com a proximidade da Copa do Mundo no Brasil, os protestos deverão se intensificar em todo o Brasil, inclusive no Maranhão. O caso no Rio de Janeiro com a morte do cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, deve servir de alerta.

Protestos são importantes, por serem a forma da sociedade insatisfeita com governos manifestarem sua indignação contra o que há de errado com o que feito com o dinheiro público. Sempre que a sociedade deseja reivindicar um direito, é legítimo ir ás ruas e manifestar o que pensa. Porém, atos de violência e vandalismo não são de uma sociedade que busca melhorias, mas de marginais infiltrados em meio à manifestações.

Ainda que a violência não seja contra pessoas, é feita por bandidos. Ora, se a pessoa está reclamando de uso indevido de dinheiro público, como ela protesta depredando o patrimônio público? Só estão dando oportunidade de governantes gastarem mais dinheiro com os reparos causados (provavelmente, superfaturando).

Repórter Ádria Rodrigues foi agredida por bandidos em protesto no Maranhão

Repórter Ádria Rodrigues foi agredida por bandidos em protesto no Maranhão

Nas manifestações ocorridas no Maranhão no ano passado, a imprensa, que leva a informação sobre os protestos ao conhecimento da opinião pública, já foi alvo de marginais infiltrados. Bandidos que ferindo o livre exercício da profissão de jornalista, agrediram a repórter da TV Guará, Ádria Rodrigues no dia 22 de junho.

O repórter fotográfico de O Imparcial, Honório Moreira, também foi alvo de bandidos na Praça Dom pedro II. O fotógrafo levou uma pedrada no braço.

E o problema não é só a vulnerabilidade da imprensa, que está próximo do front sem o mesmo aparato de defesa da Polícia, mas de qualquer cidadão, que simplesmente passa na via pública e pode, assim como Santiago, ser atingido por um rojão na cabeça, uma pedrada, uma pedaço de ferro, ou até por tiro de arma de fogo. Os próprios manifestantes, que desejam um protesto pacífico, podem ser vítimas dos marginais infiltrados.

Assim, não só a imprensa, mas a sociedade maranhense deve se preparar para os vários protestos que teremos este ano. Marginais infiltrados não poderão ser aceitos nem pelos manifestantes.

 

 

Flávio Dino fala sobre ataques e os problemas do Maranhão

Flávio Dino na Rádio Capital.

Flávio Dino na Rádio Capital.

O presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), participou de entrevistas na manhã desta sexta-feira na Rádio Educadora e na Rádio Capital, em São Luís (MA). Uma das perguntas mais frequentes feitas por jornalistas e ouvintes era sobre os ataques feitos pelo grupo Sarney ao pré-candidato do PCdoB ao governo do estado. Dino atribuiu à “baixa política” as agressões, que deve ser superada pelo debate dos problemas reais do estado.

Dino propôs que, ao invés de promover ataques, o Governo do Estado promova ações que melhorem a vida das pessoas e debatam assuntos que tenham por finalidade resolver os problemas da população. As declarações foram dadas em entrevistas concedidas .

“São muitas denúncias disparatadas, frutos da pequena política. Na verdade, o que existe aparentemente é o desespero de um grupo político que se acostumou ao poder e não quer entrar em debates realmente relevantes,” disse Flávio Dino.

Durante a entrevista, Dino destacou diversos pontos necessários para o desenvolvimento do Maranhão. Com a correta aplicação dos mais de R$ 14 bilhões do orçamento anual que o Estado do Maranhão possui, diversos problemas poderiam ser superados no Maranhão.

Como é o caso do fornecimento de água. Dino afirmou que com cerca de R$ 300 milhões é possível fazer com que todas as cidades atendidas pela Caema tenham o fornecimento de água normalizado e com qualidade.

Outros assuntos como Saúde, Infraestrutura, Educação, Segurança, Agricultura e Parceria Institucional entre governos estadual e municipal foram amplamente debatidos nas duas entrevistas.

Os temas debatidos por Flávio Dino durante as entrevistas tiveram como tema central a realidade da população. O microfone das duas emissoras foram abertos a todos os ouvintes que quiseram participar. O destaque foi para a atenção à educação pública.

“Um novo projeto de desenvolvimento se faz com o compromisso de requalificar a UEMA e garantindo que o orçamento destinado à Universidade seja aplicado de fato,” disse.

Dino tem defendido a regionalização das universidades estaduais no Maranhão, a exemplo do que acontece em diversos estados como Ceará, Paraíba e Bahia – que possuem mais de uma universidade estadual.