Fascista ataca Weverton Rocha em aeroporto

A disputa política está chegando a um nível insustentável no Brasil. Vivemos tempos de autoritarismo onde algumas pessoas não conseguem manter o diálogo querendo impor à força um pensamento único, o que está levando a nação caminhos cada vez mais perigosos.

Um cidadão de maneira extremamente agressiva abordou o deputado federal Weverton Rocha (PDT-MA) no aeroporto de Brasília. Weverton conversava tranquilamente com o fascista expondo seu ponto sobre sua emenda que coloca juízes e promotores em pé de igualdade com o cidadão comum.

Quando Weverton disse que deveria sair porque perderia seu voo, o fascista o agarrou pelo colarinho da camisa de forma violenta e um funcionário do aeroporto teve que afastá-lo.

O filosofo Norberto Bobbio ao analisar o comportamento fascista no livro “Direita e Esquerda” posicionou perfeitamente este comportamento. A direita acredita que os indivíduos são essencialmente desiguais. Já os fascistas vão além, pois consideram que essa desigualdade também deve reger a linguagem: ou seja, os diferentes têm de ser silenciados.

O pior é que pessoas como estes cidadão no aeroporto estão deixando de ser exceção. O futuro é temerário.

Executiva nacional da REDE denuncia ataques a indígenas no Maranhão

Índio Ka'Apor mostra ferimentos e cápsulas de bala

Índio Ka’Apor mostra ferimentos e cápsulas de bala

Por meio de nota, a executiva nacional da Rede Sustentabilidade denunciou nesta quarta-feira (23), “com extrema preocupação”, um ataque de madeireiros a indígenas no território Alto Turiaçu, no Maranhão. A etnia indígena atacada, segundo a Rede, são os Ka’Apor, que trava desde o último domingo (20) um conflito armado com os extratores de madeira, em razão de disputa de terras. Dois índios foram baleados e outros quatro estão desaparecidos, informa o documento.

Os índios Ka’Apor teriam descoberto que madeireiros haviam construído uma ponte sobre o Rio Turi para facilitar o acesso à extração ilegal e o transporte da madeira. No relato da Rede, os indígenas detiveram sete pessoas para entregar ao Ibama e incendiaram um caminhão e duas motos estacionados no povoado de Nova Conquista ,em Zé Doca.

Mais de 20 madeireiros fortemente armados invadiram o território dos Ka’ Apor. Os invasores teriam atirado pelas costas e depois correram para o mato. Dois índios foram baleados e quatro desaparecidos.

Confira a nota:

A Rede Sustentabilidade vem a público lamentar e também alertar com extrema preocupação sobre um ataque sofrido pelos indígenas Ka’ Apor, praticado por madeireiros nas regiões sudoeste e oeste do território Alto Turiaçu, localizado no estado do Maranhão. Desde o último domingo, 20 de dezembro, esse conflito armado instaurou um verdadeiro clima de tensão, em razão da disputa de terras. Desde então, dois índios foram baleados e outros quatro ainda estão desaparecidos.

O triste cenário começou a ser montado a partir de sábado, 18 de dezembro, quando 26 indígenas Ka’ Apor passaram a realizar o controle do incêndio nesse território, devido à conclusão do trabalho do Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), após dez dias na região. Na manhã de domingo, porém, o grupo se deparou com madeireiros que extraíam madeira ilegalmente em um dos ramais que havia sido fechado pelos indígenas para evitar extração da madeira.

Além disso, os indígenas descobriram que os madeireiros haviam construído uma ponte sobre o Rio Turi para facilitar o acesso à extração ilegal. Desta forma, eles apreenderam sete pessoas para entregar ao Ibama e atearam fogo em um caminhão e duas motocicletas usadas nessa irregularidade. Um dos detidos, no entanto, escapou e avisou os outros madeireiros que estavam no povoado de Nova Conquista, município de Zé Doca (MA).

A partir de então, instalou-se um clima de atrocidades e de terror contra os indígenas. Mais de 20 madeireiros fortemente armados invadiram o território dos Ka’ Apor. E, de acordo com relato dos índios, os invasores mandaram todos seguirem para frente das armas. Com isso, atiraram pelas costas e depois correram para o mato. Tamanha covardia resultou nos dois baleados e nos quatro desaparecidos.

Para piorar ainda mais a situação, os invasores fecharam, ainda no domingo, a entrada da aldeia e, na segunda-feira, 21 de dezembro, invadiram novamente o local e agrediram os homens da aldeia como também expulsaram as mulheres e as crianças, Os indígenas denunciam que dentro do território se encontram dois caminhões e dois tratores trazidos pelos madeireiros.

No entendimento da REDE, a condição instalada no território indígena causa ainda mais revolta porque os policiais estiveram na região acompanhados do prefeito do município de Zé Doca, Alberto Carvalho Gomes, mas nada fizeram para acalmar a situação. As autoridades ouviram apenas os não indígenas presentes na aldeia e retornaram para a cidade. No dia seguinte, a perseguição aos indígenas e os aliados da causa aumentou na cidade.

O problema se agravou ainda mais porque os órgãos de imprensa aliados dos madeireiros divulgaram uma versão distorcida dos fatos, como se os índios tivessem causado o conflito. Na verdade, a aldeia está sob o ataque de perigosos bandidos. Por outro lado, os apoiadores dos indígenas na região foram ameaçados de morte e correm o risco de se tornarem mais uma vítima desses foras da lei, como ocorreu com a liderança indígena Eusébio Ka’ Apor, assassinado por madeireiros em abril desse ano. Até o momento, esse crime não foi solucionado e segue impune.

Para a REDE, o fato que também causa muita preocupação é a lentidão do governo do estado do Maranhão e dos órgãos que deveriam atuar na proteção e apoio dos indígenas em relação ao clima de conflito instalado há algum tempo na região e tem se intensificado desde que os Ka’ Apor iniciaram a retomada de seu território. A partir daí, aumentou a perseguição contra os indígenas e apoiadores. Caso as autoridades competentes tivessem agido com mais rigor, certamente o embate não teria atingido essas proporções.

Fora isso, os Ka’ Apor denunciam ainda que os madeireiros se apropriaram dos equipamentos de trabalho de mapeamento dos focos de incêndio e estão identificando as pessoas e fazendo sérias ameaças. E foi somente após recorrer ao Ministério Público que os indígenas receberam a informação de que a Polícia Federal se deslocaram para a região.

A REDE entende que muitos municípios existentes no entorno do território Ka’ Apor vivem exclusivamente da exploração de madeira, o que torna a atividade essencial para região. No entanto, essas cidades não podem sustentar o seu principal pilar econômico por meio da extração ilegal, como tem acontecido e prejudicado a comunidade indígena existente. Ainda na avaliação da REDE, é preciso que as os órgãos competentes atuem com mais ênfase como forma de apaziguar esse verdadeiro clima de terror instalado no local e punir rigorosamente e de forma exemplar os responsáveis pelos crimes homicídio e tentativa de homicídio, cometidos contra os indígenas no local.

Comissão Executiva Nacional

Rede Sustentabilidade”

Ataque terrorista: por que novamente em Paris?

Hugo Bachega
Da BBC Brasil em Londres

ataqueparisO grupo autodenominado “Estado Islâmico” assumiu a autoria dos ataques na capital francesa na sexta-feira, que deixaram pelo menos 129 mortos e 352 feridos. O grupo disse que os atos foram “cuidadosamente estudados”, mas ainda estão emergindo os detalhes sobre como eles foram concretizados.

O presidente francês, François Hollande, disse que os ataques foram planejados e organizados no exterior, com ajuda interna. Pouco se sabe sobre os sete atiradores que foram mortos: um seria francês, e dois passaportes, um egípcio e outro sírio, foram encontrados.

Veja abaixo cinco pontos que ajudam a entender por que a França tornou-se alvo novamente.

1. Fricções étnicas

Ataques chocaram a França, dez meses depois do ocorrido no semanário ‘Charlie Hebdo’

A França tem a maior população muçulmana na Europa: cerca de 5 milhões, ou 7,5% dos habitantes. E, segundo analistas, é uma das sociedades mais divididas no continente.

A integração de muçulmanos no resto da sociedade francesa já era questão delicada no país antes dos ataques de janeiro ao semanário satírico Charlie Hebdo e a um supermercado judeu, que chocaram a França e o mundo – e essa integração ainda pode piorar, dizem especialistas.

Há um aparente questionamento de gerações mais novas de famílias de imigrantes, supostamente descontentes quanto ao estilo de vida mais liberal do Ocidente, a tolerância e diversidade religiosa e a liberdade de expressão.

“Os ataques são uma lembrança das fricções étnicas que se arrastam na França”, disse a consultoria de análise política Stratfor.

Muitos muçulmanos teriam, ainda, a percepção de estarem à margem da sociedade, isolados ou mesmo excluídos.

“A França é o país na Europa onde o debate sobre o lugar do Islã dentro da sociedade é o mais difícil e mais duro. A maioria dos franceses acha que o islamismo, em geral, não é compatível com a laicidade francesa. E há uma tensão muito forte entre os radicais islâmicos e a França”, disse à BBC Brasil Alfredo Valladão, professor do Instituto de Estudos Políticos de Paris.

A polêmica proibição do uso do véu islâmico por mulheres, por exemplo, foi interpretada por alguns muçulmanos como uma decisão contra o islamismo.

Os ataques atingiram bares e restaurantes, um show de uma banda de rock e os arredores de um estádio de futebol em horário de grande movimento. O ‘EI’ afirmou que Paris é a “capital da abominação e perversão”.

Segundo Valladão, Paris é alvejada por ser um “símbolo de liberdade”.

“A questão do Islã e dos muçulmanos em geral se transformou num grande debate ideológico interno. E é claro que com uma coisa desse tipo (…) é possível que eles (muçulmanos) sejam ainda mais estigmatizados, o que pode criar ainda mais radicalismo”.

2. Radicalização e extremismo

A França tem sido a maior fonte, na Europa, de combatentes estrangeiros que se juntam a grupos radicais no Oriente Médio.

Um relatório do Centro Internacional para o Estudo de Radicalização e Violência Política do King’s College, de Londres, apontou no início deste ano que das cerca de 4 mil pessoas que deixaram a Europa Ocidental para se juntar a grupos extremistas como o EI na Síria e no Iraque, aproximadamente 1,2 mil saíram da França. E muitos deles retornaram.

A França, aliás, fica atrás apenas de Arábia Saudita, Tunísia, Jordânia, Marrocos e Rússia como maior emissor de combatentes para estes grupos, segundo o relatório. Estima-se que 20 mil estrangeiros de 80 países tenham ido à Síria e ao Iraque para lutar com militantes.

Por muitos anos, os subúrbios de Paris e outras cidades foram vistos como terreno fértil para extremistas islâmicos, que recrutavam jovens muçulmanos descontentes com desemprego e ostracismo.

Outro lugar fácil para radicalização, dizem especialistas, são as prisões francesas: estima-se que 60% dos 70 mil detentos no país tenham origem muçulmana, e grupos extremistas estariam se aproveitando disso para recrutar colaboradores.

“Eles foram destruídos pelo fracasso educacional, problemas de família e emprego. São muito frágeis”, disse à BBC Missoum Chaoui, líder muçulmano de Paris.

3. Imigração

Os ataques ocorrem, ainda, no momento em que a Europa enfrenta discordâncias internas sobre como lidar com a maior onda migratória desde a Segunda Guerra Mundial.

Alguns países europeus instituíram controles de entrada e instalaram barreiras nas fronteiras em resposta ao fluxo. A maioria dos imigrantes foge dos conflitos na Síria, no Afeganistão e em partes da África.

Em alguns países, grupos contrários à imigração se fortaleceram. Um ministro da Grécia disse que o dono do passaporte sírio encontrado tinha chegado à União Europeia pela ilha de Leros em outubro. É bom lembrar que há um comércio fértil de passaportes sírios.

Apesar de nenhuma ligação ter sido oficialmente feita entre os autores dos ataques e as condições de permanência deles na Europa, os atentados deverão alimentar o debate sobre o fluxo migratório.

“(Os ataques) criam um problema sério dentro da Europa e vão dar muita corda para todos os movimentos nacionalistas e extremistas xenófobos que querem acabar com a União Europeia, fechar as fronteiras, criar governos autoritários e racistas. Isso vai criar uma situação complicada para a Europa”, disse Valladão.

4. Operações francesas na Síria e no Iraque

A França participa da coalizão militar liderada pelos Estados Unidos que tem conduzido ataques aéreos contra o EI na Síria e no Iraque e é um dos países mais ativos nesses ataques contra o grupo.

O país realizou também uma intervenção contra extremistas islâmicos no Mali, em 2013.

Algumas testemunhas disseram que militantes gritaram “Deus é grande” em árabe antes de atacar o show de rock na sexta-feira e que um dos atiradores teria dito: “É culpa do Hollande, é culpa do seu presidente, ele não deveria ter intervindo na Síria”.

O EI disse que as ações eram resposta às operações francesas contra seu território e que o objetivo era “ensinar a França e todas as nações que seguem o seu caminho que eles ficarão no topo da lista de alvos do ‘Estado Islâmico’ e que o cheiro de morte não sairá dos seus narizes enquanto eles participarem da campanha”.

5. Falhas de inteligência?

Segurança foi reforçada na França e estado de emergência foi declarado no país

O que aconteceu em Paris foi exatamente o que as agências de inteligência e segurança na Europa temiam e tentavam evitar: ataques simultâneos em locais movimentados numa grande cidade, com um elevado número de vítimas.

Além das perguntas naturais sobre quem organizou a operação, o uso de armas automáticas e a coordenação dos ataques levarão à questão: os serviços de segurança franceses falharam?

Nas ações de janeiro em Paris, a inteligência também ficou sob suspeita, já que dois dos autores eram conhecidos de serviços secretos europeus e americano: um já tinha sido preso por tentar se juntar a jihadistas no Iraque; outro tinha ligação com a Al-Qaeda no Iêmen.

O trabalho de identificar e monitorar suspeitos não é simples, disse à BBC Shashank Joshi, do Royal United Services Institute, após os ataques de janeiro.

“O desafio é identificar quais redes de indivíduos merecem atenção especial. A França tem poderosas agências de inteligência, mas nenhuma agência ocidental tem poderes legais ou logísticos de realizar a vigilância intrusiva e constante de milhares de cidadãos que não foram acusados de nenhum crime”.

Outra pergunta ainda sem resposta: se aconteceu em Paris, poderá acontecer em outra cidade europeia?

Prefeitura de São Luís é atacada por aliados de Edinho

ataqueprefeituraEm um ato desesperado, aliados do candidato Edinho Lobão (PMDB) depredaram a prefeitura de São Luís, por ser o prefeito Edivaldo, aliado do candidato Flávio Dino (PCdoB), adversário do peemedebista.

Os vândalos atiraram pedras e coquetel molotof (bomba caseira feita com garrafas de bebida). Ele também jogaram nas paredes do prédio público tinta vermelha e picharam o local com as frase “xô 65, número de Flávio Dino.

A prefeitura de São Luís registrou a ocorrência na manhã desta sexta-feira (19) e solicitou a investigação do caso e as imagens do sistema de videomonitoramento para a identificação e responsabilização dos culpados.

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Morre de 6 anos queimada durante ataque

A menina de 6 anos que teve mais de 90% do corpo queimado durante o ataque de facções criminosos a ônibus e delegacias no Maranhão morreu na manhã desta segunda-feira (6). Ana Clara Sousa foi internada no hospital municipal Socorrão II e depois foi transferida no último sábado para o Hospital Juvêncio Matos, mas não resistiu e veio a óbito.

Além de Ana Clara, a mãe dela Juliane Carvalho Santos, de 22 anos, e a irmã Lorrane Beatriz Santos, de 1 ano e 5 meses, foram atacadas no ônibus do bairro Vila Sarney na noite da última sexta-feira (3). As outras duas vítimas não correm risco de vida.