Assembleia aprova reativação do “Bolsa Eleição”

assembleiaOs deputados da base governista aprovaram na manhã desta terça-feira (04), a volta do Conselho de Gestão Estratégica das Políticas de Governo, apelidado de “Conselhão” ou “Bolsa Eleição”.

No mês de Julho de 2013, os deputados de oposição denunciaram o uso do conselho para beneficiar aliados políticos da governadora derrotados em eleições de 2010, que ficou popularmente conhecido como “Bolsa Eleição”. No total, 206 aliados, tornaram-se membros do conselho e receberiam mensalmente o valor de R$ 5.850 a título de jeton, sem desconto para imposto de renda, para participar de uma única reunião.

“Após muita pressão por parte dos deputados de oposição, divulgação da mídia local e nacional e da pressão popular durante as manifestações a governadora resolveu extinguir o conselhão.” lembrou o deputado Rubens Júnior (PCdoB), líder da oposição na Assembleia.

A medida provisória 153, foi colocada em votação na Assembleia na manhã de desta terça-feira (04). Ela consiste na reativação o conselhão.

A medida provisória, claro, foi aprovada pelos deputados da base governista na Casa.

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Há três meses a denúncia da oposição e as manifestações do povo nas ruas pôs fim ao famigerado “Conselhão” que bancava 206 aliados políticos da governadora Roseana Sarney com gastos anuais de mais de R$ 14 milhões.

Depois de onze dias extinto, o bolsa-eleição voltou como uma tentativa do governo de continuar bancando os amigos da governadora que perderam as eleições. Durante as investigações, a oposição descobriu uma nova relação de ex-prefeitos e candidatos derrotados no diário oficial do estado (07 de agosto de 2013), novamente nomeados em cargos comissionados no Instituto de Metrologia e Qualidade Industrial do Maranhão (INMEQ).

A fiscalização da oposição evitou que fossem desperdiçados anualmente mais de R$ 14 milhões dos cofres públicos para que os conselheiros participassem de uma única reunião por mês. Agora que o bolsa-eleição voltou, a liderança da oposição está levantando dados no diário oficial dos novos desvios de função que manchariam as eleições de 2014.

A oposição exigiu no plenário que as próximas eleições sejam limpas, enquanto isso, o líder do governo, deputado César Pires (DEM), na tentativa de defender o governo deste desvio de conduta acabou denunciando a prática de compra de partidos por meio de emendas parlamentares. Mais uma denúncia a ser apurada pela oposição.