Governo não paga e trabalhadores da IV Centenário fazem protesto

Trabalhadores protestam por calote

Trabalhadores protestam por calote

O trânsito ficou parado durante quase toda a manhã na Avenida dos Franceses com reflexo em outras avenidas do entorno. Tudo por conta de um protesto de operários que trabalharam na obra da Avenida IV Centenário, que receberam calote da empresa PG Mineração Engenharia LTDA e do governo do estado, que não teria pago a empresa.

O trânsito ficou caótico no sentido Centro da Avenida dos Franceses. Muitos motoristas subiram o canteiro central para fugir pelo sentido oposto. O congestionamento refletiu na Avenida Daniel de La Touche.

Os usuários do transporte coletivo tiveram que descer dos ônibus e seguir a pé grandes distâncias.

A ex-governadora Roseana Sarney “Inaugurou” a Avenida ainda inacabada na última sexta-feira (5). Mesmo tendo entregue somente as pistas, não se viu mais a continuidade das obras. E agora se sabe que o problema é falta de pagamento.

Passageiros descem dos ônibus e seguem a pé

Passageiros descem dos ônibus e seguem a pé

 

Roseana e Ricardo Murad deixam problemas na Saúde pra Arnaldo Melo

Ricardo diz que deixa unidades a todo vapor. Não é o que o povo vê.

Ricardo diz que deixa unidades a todo vapor. Não é o que o povo vê.

O governador eleito Flávio Dino (PCdoB) reclamou nas redes sociais do abandono progressivo das unidades de saúde do estado. Flávio ainda fez um apelo público à governadora para que pague os fornecedores para garantir a continuidade dos serviços.

Apesar da reclamação pertinente de Dino, quem deve sofrer forte cobrança em meio ao caos é o já quase governador interino, Arnaldo Melo. Ele pegará um governo com problemas de grande falta de material em diversas unidades de saúde, por conta de falta de pagamento.

Também pelas redes sociais, o secretário estadual de saúde, Ricardo Murad, respondeu a Flávio afirmando que as insinuações do governador eleito seriam “medo de não dar conta do recado”.

O blog apurou que em São Luís, o problema de falta de material é grave. Daí, se pode imaginar como está no interior. Na maternidade Marly Sarney, por exemplo, estão faltando materiais básicos como luva e gaze. Aparentemente, como Ricardo e Roseana deixam o governo amanhã (9), ficará para Arnaldo Melo garantir a continuidade do atendimento até 1º de janeiro, quando Flávio Dino assume o governo.

Neste domingo (7), estranhamente, caminhões da secretaria estadual de saúde retiraram materiais das unidades de saúde de Coroatá, onde a prefeita é a mulher de Ricardo, Teresa Murad.

Macas e leitos foram vistos sendo colocados nos caminhões, que ninguém sabe o destino. No mínimo, estranho.

Caminhões da SES levando materiais de unidades de Coroatá

Caminhões da SES levando materiais de unidades de Coroatá

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Edivaldo diz que caos foi instalado na cidade: “o governo do estado deixou chegar a este ponto”

edivaldoholandajrEm entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Junior (PTC), criticou a forma como o governo Roseana Sarney conduziu a segurança pública até o começo da crise. Ele confirma que a situação é de caos em São Luís.

Estado de S.Paulo – Como a situação da segurança tem afetado a capital?

Edivaldo – Infelizmente, nas últimas semanas, São Luís tem vivido dias de terror. A imprensa nacional voltou os olhos para a nossa cidade por causa do clima que foi instalado. Infelizmente, uma tragédia muito grande aconteceu. Uma criança morreu, uma barbaridade. Nós nos colocamos à disposição para poder trabalhar em parceria, ajudando não só o governo federal como o governo estadual.

Como os governos estadual e federal estão conduzido o caso?

O caos foi instalado na cidade. O governo do Estado tem tomado providências, conseguiu prender suspeitos. O governo federal ofereceu ajuda, o governo estadual aceitou de imediato.

O que a prefeitura pode fazer?

Nós temos a Guarda Municipal, a interlocução também por meio da Secretaria de Transportes (sobre as paralisações dos ônibus), para mediar da melhor maneira possível com o governo do Estado e o governo federal.

O senhor acha que essa crise poderia ter sido evitada?

Na verdade, foi o governo do Estado que deixou chegar a esse ponto, principalmente em relação à questão de Pedrinhas. Os sinais já vêm sendo dados há vários anos. Não é algo que estourou agora, mas há alguns anos Pedrinhas vem dando sinais, com algumas rebeliões que têm acontecido frequentemente. E até com os presos sendo decapitados.

Poderia ter sido evitado então?

Com uma política do governo do Estado voltada para o sistema prisional, talvez sim. Como prefeito, falo da nossa política pública, mas sobre o governo do Estado prefiro deixar que a governadora fale sobre esse ponto.

Mas, no fim, acabou afetando os cidadãos de São Luís.

Quando falta água, uma atribuição do governo do Estado, afeta a cidade. Quando falta segurança, afeta a cidade. A população não sabe ao certo de quem é a responsabilidade de muitos desses problemas. Então, quando os problemas são registrados na cidade acabam recaindo sobre o cidadão e sobre o prefeito.

Clima de pânico gera boataria na cidade

pedrinhasA rebelião em Pedrinhas e a guerra entre facções pela cidade está resultando em uma onda de boataria sobre a criminalidade e arrastões.

Pelas redes sociais e no boca-a-boca, a todo momento surge uma história de pânico e de locais de arrastões. No Renascença, houve uma assalto, onde o assaltante correu para o Shopping Tropical e foi o suficiente para mais um estado de pânico. O Uniceuma liberou os alunos, a Polícia cercou o local.

E em vários locais, existem informações erradas pipocando sobre a crise na segurança. O Estado de caos e boatos tem atrapalhado ainda mais.