Vereador Chaguinhas confirma que vota em Roberto Rocha para Senador

Vereadores se reúnem com Castelo, mas nada de apoio à pré-candidatura

Vereadores se reúnem com Castelo, mas nada de apoio à pré-candidatura

Nenhum dos vereadores de São Luís que esteve na reunião com o pré-candidato ao Senado, João Castelo (PSDB) confirma a versão que foi divulgada pela assessoria do próprio Castelo de que 13 vereadores o apoiam para o Senado. É natural que os três do PSDB e a base que deu sustentação ao ex-prefeito lhe deem um gesto de apoio, que não significa necessariamente.

O vereador Francisco Chaguinhas (PSB) declarou ao jornalista Diego Emir que não vota no ex-prefeito e que seu senador é Roberto Rocha. Chaguinas disse que foi conversar com o ex-prefeito em um gesto de respeito, já que deu sustentação a ele quando prefeito. Mas que de forma nenhuma iria contra sua legenda.

Outros vereadores que participaram do café da manhã também falam, que estiveram ali como amigos e não declarando apoio como foi divulgado. O ex-prefeito convidou pessoalmente os vereadores para um café e eles cordialmente foram ao encontro em solidariedade ao ex-prefeito. No mesmo dia, Castelo disparou para a imprensa que o grupo todo ali havia declarado apoio à sua pré-candidatura ao Senado. 

Sem quadros competitivos, PMDB quer Castelo candidato sarneysta ao Senado

Foto: Paulo Caruá

Foto: Paulo Caruá

O assédio do grupo Sarney ao PSDB é grande desde que o prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira (PSDB), se assumiu sarneysta e foi destacado para tentar convencer o tucanato a montar o ninho no Palácio. Mas com o PT praticamente acertado na chapa e a aproximação grande dos tucanos com Flávio Dino (PCdoB), as negociações haviam esfriado. O assédio voltou nos últimos dias, com a desistência de Roseana Sarney da candidatura ao Senado, que já já tinha tomado a decisão há algum tempo.

O principal gancho do novo assédio é a proposta de candidatura de João Castelo (PSDB) ao Senado pelo grupo da governadora. E a proposta tem fundamento, afinal, o tucano é de longe, mais competitivo do que os dois principais pré-candidatos do grupo Sarney, Edinho Lobão (PMDB) e Gastão Vieira (PMDB). Além de fisgar o partido com o terceiro maior tempo de televisão, Roseana teria um candidato com reais chances de disputar o Senado com Roberto Rocha (PSB), líder nas pesquisas divulgadas até o momento.

 

A jogada do governo é eleitoralmente interessante, embora, possa causar problemas com a família Lobão, desprestigiada em virtude de um candidato ao Senado que estaria chegando agora no ônibus e já sentaria na janela.

 

Mas e para Castelo? O ex-prefeito de São Luís é dos poucos políticos do Maranhão com um eleitorado fiel e uma margem segura de votação cristalizada assim como são também Epitácio Cafeteira e Edison Lobão. O posicionamento de Castelo em mais de 30 anos como adversário do grupo Sarney pesam. O fiel eleitor de Castelo ficaria meio tonto vendo o tucano no mesmo palanque do grupo que hoje desmorona politicamente e eleitoralmente.

Castelo é competitivo, mas se entrar em uma disputa ao lado do grupo que ele combateu e que o combateu com fervor por mais três décadas, poderá encerrar de maneira melancólica sua trajetória política, com uma derrota caindo de vez junto com o grupo que está encerrando seu ciclo. Nem a péssima administração de São Luís seria um final tão deprimente para sua história política, já que deve ser reconhecido que mesmo apanhando da mídia sarneysta todos os dias na prefeitura, Castelo não cedeu aos encantos do Palácio dos Leões para uma parceira institucional-política (a única que o grupo Sarney aceita fazer), o que lhe garantiria convênios melhoraria sua imagem junto á população.

É esperar para ver…