Com aumento de até 38%, Polícia Civil do Maranhão teve maior reajuste do país

policiacivilEm um momento de grave crise econômica no país, a Polícia Civil do Maranhão ainda conseguiu reajuste de 20% a 38% em maio deste ano. Foram beneficiados mais de três mil servidores ativos e inativos dos Subgrupos Atividades de Polícia Civil (APC) e Processamento Judiciário (APJ) da Polícia Civil.

Como já foi dado aumento no ano, logicamente, um novo reajuste só deverá ser dado à categoria no ano que vem. O reajuste para a Polícia Civil de 20% foi destinado para os 950 servidores que recebiam a Gratificação Técnica. Já o de 38% foi concedido para outros 1.981 servidores. “Já fizemos o máximo possível neste ano. Não posso e não vou ‘quebrar’ o Estado. Vamos fazer novas negociações no próximo ano”, afirmou o governador Flávio Dino, através do Twitter.

O reajuste da Polícia Civil gerou, inclusive, insatisfação da Polícia Militar. O titular deste Blog ouviu de vários amigos policiais que Jefferson Portela estaria beneficiando a Civil por ser sua categoria. Embora considere injusta as críticas dos PMs uma vez que o reajuste destes foi  de 23,8% a 88% no acumulado até 2018 e o Maranhão passará a pagar um dos maiores salários do país.

O que está posto é que toda categoria sempre quer receber mais, uma reivindicação justa, já que naturalmente todos querem melhorar seu padrão de vida. Mas é necessário razoabilidade para perceber que diante da grave crise econômica que tem feito a presidente da República ser “linchada” diariamente, o governo do Maranhão tem sim priorizado reajustes para os servidores em maior percentual do que a maioria dos estados.

Polícia Civil também fará paralisação de advertência

Assembleia geral dos policiais civis

Assembleia geral dos policiais civis

Primeiro foram os agentes penitenciários. Agora é a Polícia Civil. O Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão (Sinpol) e a Associação dos Servidores da Policia Civil do Estado do Maranhão (Aspcema) reuniram a categoria para a realização de uma Assembleia Geral nesta sexta-feira (12) em frente à REFFSA, na Beira Mar. Durante a Assembleia foi deliberado que os Policiais Civis do Maranhão farão uma paralisação de advertência de 48h, nos dias 18 e 19 de setembro, quinta e sexta-feira.

Logo em seguida, já está agendada nova data de paralisação, a ser realizada nos dias 24, 25 e 26 de setembro. Após as eleições, os Policiais Civis irão parar as atividades novamente, dessa vez com uma semana, de 13 a 17 de outubro. Caso nenhuma das reivindicações sejam atendidas, já está convocada nova Assembleia Geral para o dia 17 de outubro, onde será deliberada greve geral por tempo indeterminado.

Entre as principais pautas de reivindicação está o não cumprimento do Estado da implantação da Gratificação de Dedicação Exclusiva, cuja sentença transita em julgado. Além disso, são várias as dificuldades enfrentadas pela categoria na capital e no interior do Estado, principalmente a falta de estrutura das delegacias. O efetivo reduzido também tem se tornado um problema cada vez mais evidente, contribuindo para a instauração do caos na Segurança Pública do Estado.

Segundo o presidente do Sinpol, Heleudo Moreira, na segunda-feira, dia 15, será enviada uma comunicação para o Governo do Estado, através da Secretaria de Segurança, informando a definição da Assembleia Geral.  O presidente da Aspcema, Amon Jessen, declarou que a Polícia Civil do Maranhão encontra-se muito debilitada pela falta de investimentos do Governo do Estado na Segurança Pública.