Prefeitura e parceiros iniciam ciclo de debates sobre o Plano de Educação‏

APR_8186A Prefeitura de São Luís iniciou nesta quinta-feira (21) o Ciclo de Debates sobre o Plano Nacional de Educação (PNE). O evento realizado no auditório da Creche Maria de Jesus Carvalho, na Camboa, teve como objetivo alinhar as ações dos gestores escolares na garantia e fortalecimento da educação no estado. A atividade reuniu gestores de escolas da Educação Infantil da rede municipal de ensino.

O secretário municipal de Educação, Geraldo Castro Sobrinho, destacou a importância das discussões sobre o PNE e lembrou que está em curso a consulta pública do Plano Municipal de Educação (PME). Ele esclareceu que a elaboração do PME foi priorizada na gestão do prefeito Edivaldo e propiciará aumento da qualidade do ensino oferecido na rede pública. O secretário ressaltou o empenho do município para concretização do plano.

“Graças ao empenho da equipe da Semed, concluímos e disponibilizamos para consulta pública o PME. É um desenho do que queremos para a nossa cidade na área da educação. São discussões como essa, que hoje se realizam também com o empenho de grandes parceiros, que possibilitam que nos mantenhamos engajados na tarefa de oferecer educação de qualidade a todas as crianças e adolescentes”, declarou Geraldo Castro.

Para Edileusa Lima, a gestora da Unidade de Educação Básica (UEB) Residencial Paraíso, na área Itaqui-Bacanga, o momento foi muito enriquecedor. “Aqui trocamos experiências, tiramos dúvidas, enfim, discutimos temas muito importantes para a Educação Infantil do nosso Estado”, enfatizou. Jeanne Oliveira, da UEB Joaquim Pinto, na área do Distrito Industrial, diz que as reuniões e encontros têm sido de extrema importância para ela, que tem pouco tempo como gestora. “Tenho aprendido muito e quero aproveitar todos os momentos para me integrar com as gestoras mais experientes e qualificar cada dia mais o meu trabalho”, assinalou.

O evento desta quinta-feira foi desenvolvido pela Prefeitura de São Luís, através da Semed, em parceria com o Instituto Formação e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). As discussões tiveram como tema “Diretrizes da Educação Infantil em Ação no Maranhão” e foram conduzidas por técnicos do Instituto Formação, a partir de textos sobre o PNE com base nas diretrizes da Educação Infantil.

ENCONTROS

A diretora administrativa do Instituto Formação, Regina Cabral, esclareceu que este é apenas o primeiro debate de uma série de cinco ciclos, cada um com quatro reuniões. “Queremos reunir a maior quantidade de gestores possível, para fortalecermos o debate da Educação em nossa cidade e estado, valorizando a troca de experiências e trabalhando pela melhoria do ensino”, ressalta Regina Cabral.

Os próximos debates, para fechar o Ciclo da Educação Infantil, serão realizados nos dias 28 deste mês e nos dias 18 e 25 de setembro. Os outros Ciclos de Debates serão: Alfabetismo; Educação de Jovens e Adultos; A Juventude e a Formação Profissional; e Formação de Professores. A previsão é fechar todos os ciclos até o final de 2015.

“Esses debates vêm para fortalecer os conhecimentos e troca de experiências, bem como alinhar o trabalho dos gestores escolares no que diz respeito às diretrizes da Educação Infantil”, comentou a superintendente da Área da Educação Infantil da Semed, Josie Descovi.

Estadão dá destaque à liderança de Dino no Maranhão

“Supremacia ameaçada”. Assim o colunista João Bosco Rabelo, do Estado de São Paulo, destacou a liderança do presidente da Embratur, Flávio Dino(PCdoB) na corrida governamental no Maranhão.

O articulista fala em caos que permeia o fim de um ciclo histórico do grupo Sarney no Estado.

Veja a matéria:

Supremacia ameaçada – JOÃO BOSCO RABELLO
O ESTADO DE S. PAULO – 01/09
Em meio ao caos que precede e permeia todo fim de ciclo histórico, de que é cenário hoje a política nacional, uma placa teutônica se desloca longe dos olhos da maioria, mantendo distante o que parece o fim do mais longevo feudo patrimonialista brasileiro – o clã Samey no Maranhão, não por acaso, onde se registram os piores índices de vida do País há décadas.
Os ventos de mudança que impõem a transformação dos costumes políticos decadentes, herdados do colonialismo português , parecem ter alcançado a ilha de resistência mais notória desse processo, segundo as pesquisas à sucessão da governadora Roseana Sarney.

Pela primeira vez, a oposição larga na frente na disputa eleitoral no Estado – e com uma vantagem até recentemente impensável de 45% sobre o segundo colocado. O presidente da Embratur, Flávio Dino (PC do B), lidera a corrida em todos os cenários, sendo o mais expressivo o que o coloca com 60% da preferência contra 15% de Luis Fernando (PMDB), apoiado pelo clã Sarney.

Cenário que se mantém quando Fernando é substituído pelo aliado histórico de Sarney, o ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, dono do maior índice de rejeição (39%).

A pesquisa indica também a vitória da oposição na disputa pelo Senado contra qualquer um dos pré-candidato da família Sarney. Na disputa com Roseana, o vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB), tem 43,69% contra 35,38% da governadora.

Com mandatos ininterruptos desde 1955 (salvo breves sete meses entre a saída da Presidência e março de 1990), o senador José Sarney está diretamente ligado aos índices negativos do Estado. O mais baixo índice de Desenvolvimento Humano (IDH), refletido na maior taxa de mortalidade infantil do País (28 por mil habitantes), na maior pobreza extrema e no menor número de médicos por habitante.

Significa dizer que no Estado comam dado hoje por Roseana e os irmãos Murad – Jorge e Ricardo (este, secretário de Saúde, pasta com 50% do orçamento), 22% da população sobrevivem com R$ 2,20 por dia e só metade mora em casas com água e banheiro. Em contraste com a riqueza natural materializada no gás, petróleo, soja e indústrias e com o poder político nacional que fez do chefe do clã presidente da República e quatro vezes do Senado Federal.

Por vezes, essa supremacia estadual de Sarney foi ameaçada, mas jamais abalada. Porém, foi seguramente a aliança com o PT que lhe garantiu fôlego na última década, em que se impôs regionalmente, como demonstra a censura do presidente Rui Falcão à propaganda regional do partido, com críticas ao IDH do Estado, a pedido de Sarney.