Deputada dedica voto ao combate à corrupção e marido é preso por corrupção

Eduardo Bresciani – O Globo

Deputada votou contra corrupção "Sim, sim, sim". E o marido foi preso pela Polícia federal.

Deputada votou contra corrupção “Sim, sim, sim”. E o marido foi preso pela Polícia federal.

BRASÍLIA – O prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz (PSB), foi preso preventivamente pela Polícia Federal em Brasília na manhã desta segunda-feira. Ele é marido da deputada Raquel Muniz (PSD), que votou a favor do impeachment, e estava na capital justamente para acompanhar o processo contra a presidente Dilma Rousseff.

A investigação da Polícia Federal apura suspeitas de fraudes em licitação na área da saúde. A ação foi batizada de “Operação Mascara da Sanidade II – Sabotadores da Saúde”. Ocorreram ainda outras prisões em Montes Claros.

Ao proferir seu voto na sessão de ontem, a deputada fez questão de exaltar a gestão do marido:

– Meu voto é em homenagem às vítimas da BR-251. É para dizer que o Brasil tem jeito e o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão. Meu voto é por Tiago, David, Gabriel, Mateus, minha neta Julia, minha mae Elza. É pelo norte de Minas, é por Montes Claros, é por Minas Gerais, é pelo Brasil. Sim, sim, sim.

Ela já tinha antecipado sua posição na discussão do processo de impeachment na sexta-feira e a gestão do marido foi vendida por ela como exemplo no combate à corrupção.

– A corrupção que assola o nosso País é a ferrugem que impede o desenvolvimento. Não podemos mais permitir essa situação. Em Montes Claros, minha cidade natal, o Prefeito Ruy Muniz, senhoras e senhores, criou a Secretaria de Prevenção à Corrupção. E, lá, temos lutado para dar mais qualidade de vida aos montes-clarenses, para garantir dignidade à nossa gente – disse Raquel Muniz, na sexta-feira.

Herói de Aluísio Mendes é condenado pelo STJ por corrupção

Aluísio Mendes e Japonês da federal condenado por corrupção

Aluísio Mendes e “Japonês da federal” condenado por corrupção

O policial federal Newton Ishii, mais conhecido como “Japonês da federal” pelas aparições na escolta de presos da Operação Lava Jato, foi condenado junto com outros 18 policiais federais por corrupção. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um recurso de três réus da Operação Sucuri, deflagrada em 2003 e manteve a condenação ontem (15).

As investigações mostraram que os agentes facilitavam a entrada de contrabando no país, pela fronteira com o Paraguai, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. A decisão do ministro Félix Fischer acata em parte o recurso de três réus, entre eles Ishii, e reduz a pena de um deles. O “herói” responde a três processos, derivados da Operação Sucuri, sendo um na esfera criminal, outro administrativo e um terceiro por improbidade administrativa. Todos estão em andamento.

O deputado federal maranhense Aluísio Mendes (PTN) fez a maior festa para Ishii no mês passado o recebendo em seu gabinete e até convidou o policial federal para se filiar ao PTN. A amizade de Aluízio com o “Japonês da federal” foi amplamente repercutida na mídia sarneysta. O herói contra a corrupção que foi condenado justamente… por corrupção.

Castelo: a cara do protesto “contra corrupção” em São Luís

IMG-20160313-WA0039Manifestantes foram às ruas protestar contra o governo Dilma e contra o ex-presidente Lula na Avenida Litorânea. O protesto ocorreu com tranquilidade e os manifestantes preferiram não sair em passeata para evitar um possível confronto com petistas.

O único político presente no evento, até porque o PSDB maranhense está promovendo encontros no interior do estado, foi o ex-prefeito de São Luís, João Castelo, acompanhado da filha, Gardênia Castelo.

TCE rejeita contas de Castelo e deixa o ex-prefeito com a Ficha Suja

João Castelo condenado a prestar serviços comunitários por não pagar servidores

Justiça nega habeas corpus a João Castelo, acusado de improbidade

É sempre bom relembrar que João Castelo responde por uma série de irregularidades de sua gestão à frente da prefeitura de São Luís. Ele é acusado de improbidade administrativa por não ter pago os salários de dezembro de 2012 dos servidores de São Luís. O Tribunal de Contas do Estado rejeitou as contas do ex-prefeito de 2010. Ou seja, é Ficha Suja.

Nas redes sociais, a incoerente presença foi duramente criticada.

Aécio hostilizado

aecioEm São Paulo, os manifestante hostilizaram a presença do senador Aécio Neves e do governador Geraldo Alckmin. Aécio foi chamado de “vagabundo” por uma manifestante. Há pessoas com cartazes de “fora Aécio” e “fora Alckmin”. Um senhor disse: “Se Aécio acha que isso aqui vai cair no colo dele, está muito enganado”.

Após as vaias, deixaram o local com menos de meia hora. Aécio Neves foi delatado por cinco pessoas que já prestaram depoimentos na Operação Lava Jato.

Desvio da prefeitura de São Domingos do Azeitão passa de R$ 1 milhão

desvioO Imparcial – A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão apresentou na manhã desta quarta-feira, detalhes da prisão de prisão do ex-prefeito da cidade de São Domingos do Azeitão, José Cardoso da Silva Filho.

De acordo com o delegado Leonardo Fagundes, mais de R$ 1 milhão foram desviados dos cofres públicos do município. A Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (SECOR), realizou mais uma etapa da operação ‘Detonando’, ontem, com a prisão de José Cardoso e sua esposa.

O ex-prefeito é suspeito de integrar esquema de agiotagem implantado em várias cidades do estado, por quadrilhas especialistas em desvio de dinheiro público.

Foram realizadas busca e apreensão de documentos e computadores na casa de José Cardoso. No momento da operação, o ex-prefeito estava em casa junto com sua esposa Lêda Cardoso. Os dois foram encaminhados para a delegacia para prestar depoimento e cumprirão prisão temporária de cinco dias.

Na operação, o ex-prefeito Sebastião Fernandes Barros também foi procurado, porém não foi encontrado.

Corrupção envolvendo ações do operador da família Sarney cada vez mais clara

Blog do John Cutrim

roseanajoaoabreuO empréstimo irregular concedido pelo Banco Schahin à Florida Importação e Exportação, dirigida pelo operador da família Sarney, teve como avalista Arcenio Machado, filiado ao PMDB do Mato Grosso do Sul, terra de José Carlos Bumlai, que foi diretor da Constran, adquirida por Ricardo Pessoa, que pagou propina ao secretário de Roseana Sarney para conseguir a liberação de precatórios.

Como o Antagonista publicou com exclusividade, o empréstimo de R$ 12 milhões do Banco Schahin para o PT por meio de José Carlos Bumlai integra uma lista de 24 operações de crédito irregulares que estão sendo rastreadas pela Lava Jato.

Dois desses empréstimos foram concedidos à Florida Importação e Exportação, num total de R$ 21,2 milhões. A empresa foi presidida pelo corretor Marco Antônio de Campos Ziegert, que também ocupou os cargos de vice-presidente e diretor comercial.

Ziegert já foi pego na Lava Jato por outra operação.

Ele estava com Alberto Youssef no Maranhão no dia em que a PF prendeu o doleiro. Ambos foram indiciados pelo pagamento de R$ 3 milhões em propina ao então secretário da Casa Civil de Roseana Sarney, João de Abreu, para a liberação de um precatório de R$ 134 milhões da Constran-UTC, de Ricardo Pessoa.

Ziegert, que intermediou a operação, é considerado pela PF o elo entre Youssef e a família Sarney, com quem tem uma antiga relação. Fernando Sarney, filho de José Sarney, foi padrinho de casamento do corretor.

Está claro que o Banco Schahin serviu ao PT e ao PMDB.

Polícia Federal faz busca e apreensão na casa do senador Edison Lobão

lobaoA Polícia Federal deflagrou operação na na manhã desta terça-feira (15) e cumpre mandado de busca e apreensão na residência oficial do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em Brasília e do ex-ministro de Minas e Energia, senador maranhense Edison Lobão (PMDB-MA), também em Brasília, além de outras seis pessoas. A ação, batizada de Catilinárias, faz parte das investigações da Operação Lava Jato.

Edison Lobão ainda não se manifestou sobre a operação. A assessoria de imprensa solicitou à imprensa nacional que procurasse a defesa do senador, que ainda não deu sua versão.

De acordo com a Polícia Federal, foram expedidos 53 mandados de busca e apreensão, referentes a sete processos da Lava Jato. O principal objetivo da PF é evitar que investigados destruam provas e apreender bens que, segundo as investigações, podem ter sido adquiridos pela prática criminosa.

A PF também informou que, além das residências de investigados, são realizadas em sedes de empresas, escritórios de advocacia e órgãos públicos.

Os mandados foram cumpridos no Distrito Federal (9), em São Paulo (15), Rio de Janeiro (14), Pará (6), Pernambuco (4), Alagoas (2), Ceará (2) e Rio Grande do Norte (1).

Cunha já foi denunciado pela Procuradoria Geral da República ao STF por corrupção e lavagem de dinheiro, devido à suspeita de ter recebido pelo menos US$ 5 milhões por contratos de aluguel de navios-sonda pela Petrobras. O Supremo ainda não decidiu se aceita ou não a denúncia.

Cunha também é alvo de inquérito que apura suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro em razão de quatro contas na Suíça atribuídas ao parlamentar. Desde que surgiram as primeiras suspeitas contra Cunha, o parlamentar sempre negou participação no esquema de corrupção investigado pela Lava Jato. Sobre as contas no exterior, ele afirma não ser o titular, e sim “usufrutuário”, delas.

Auditores da CGU sofreram intimidação durante investigação de desvios da saúde

ricardomuradServidores da Controladoria Geral da União (CGU) dizem ter sofrido tentativas de intimidação durante investigação de irregularidades na Secretaria de Estado da Saúde durante a gestão de Ricardo Murad.

A denúncia está no Relatório preparado pela CGU a pedido da Polícia Federal para investigar os desvios de R$ 1,2 bilhão dos recursos do Fundo Nacional da Saúde, no governo Roseana Sarney.

Os servidores da CGU relataram casos de intimidação durante diligências realizadas em empresas prestadoras de serviço para a Secretaria de Saúde.

Durante visita feita à Construtora Minerva, os técnicos da Controladoria relatam os detalhes: “Em diligências efetuadas pela equipe de auditoria da CGU sofreu intimidações e forte restrição, conforme se passa a relatar. (…) Uma picape chegou ao local com três homens que também não quiseram se identificar. A partir daí a conversa foi tensa e em tom de intimidação, a ponto de provocar sensação de insegurança nos auditores’’, diz o relatório.

Em outra diligência, realizada na Oscip Bem Viver para esclarecer contratações e pagamentos o relatório cita tentativa de intimidação a uma servidora durante processo de “circularização, de preços praticados e detalhes dos serviços prestados”.

O relatório também cita uma segunda tentativa de intimidação na empresa Minerva Construções Ltda ocorrida em 10/07/2015, na cidade de Imperatriz.

Do site Maranhão da Gente.

Mesmo negando prisão, juiz ressalta gravidade das acusações contra Murad

Blog do Garrone

ricardomuradNão se pode confundir a decisão do juiz federal Roberto Veloso em não decretar a prisão preventiva de Ricardo Murad, como uma espécie de atestado de inocência e a negação do que foi investigado pela Polícia Federal, que aponta o desvio de cerca de R$ 1,2 bilhão dos recursos da Saúde.

Veloso fez questão de ressaltar que está demonstrada de forma efetiva a materialidade delitiva da organização criminosa voltada para desviar os recursos do Sistema Único de Saúde, e que Ricardo Murad teve participação ativa em todos os acontecimentos apurados pela Polícia Federal.

No entanto,  não viu necessidade de decretar a prisão preventiva – já negada por ele dia 16 de novembro – por entender que não está suficientemente provada a destruição de provas, como argumentou a PF nesse novo pedido.

O delegado Sandro Jansen, responsável pela Operação Sermão aos Peixes, requereu a preventiva por Ricardo    ter queimado vários documentos no fundo de sua residência, e a busca e apreensão na outra casa de sua família, para onde ele tinha transferido documentos comprometedores.

Roberto Veloso atendeu apenas o pedido de busca a apreensão, além de mandar recolher o passaporte e proibir o ex-secretário de se ausentar de São Luís, sem autorização judicial.

Respeito o entendimento do juiz para indeferir a preventiva, mas não posso deixar de registrar um certo descompasso da sua decisão em determinar busca e apreensão na outra casa dos Murad, que fica em frente à mansão do ex-secretário.

Ela só teria algum valor prático se fosse tomada ainda na quarta-feira quando ele foi conduzido coercitivamente para depor, e a Polícia denunciou a ocultação de documentos na casa vizinha.

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Folha: empresa acusada doou R$ 200 mil à campanha de Andrea Murad

RUBENS VALENTE
DE BRASÍLIA (Folha de S.Paulo)

andrearicardoDeflagrada nesta terça-feira (17), a Operação Sermão aos Peixes apontou que um grupo de empresas beneficiadas com recursos públicos supostamente desviados da Saúde irrigou pelo menos 61 campanhas eleitorais no Maranhão. Alguns dos candidatos, segundo a investigação, são parentes do então secretário de Estado de Saúde, Ricardo Murad, cunhado da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB-MA).

Levantamento feito pela Folha aponta que uma das empresas investigadas também destinou R$ 1 milhão, em 2010, para a campanha que reelegeu a governadora Roseana, em doação registrada para a direção estadual do PMDB do Maranhão –e outros R$ 730 mil para a direção da sigla no Tocantins.

Relatórios produzidos pela Polícia Federal que integram a decisão tomada pelo juiz da 1ª Vara Federal de São Luís (MA) responsável pelo processo, Roberto Carvalho Veloso, afirmam que o esquema funcionou durante a gestão de Ricardo Murad, entre 2010 e 2014, contra quem a PF pediu uma prisão preventiva sob suspeita de destruição de provas –o pedido estava sob análise do Judiciário até a publicação desta reportagem.

Segundo a PF, duas entidades não governamentais contratadas pela Secretaria de Saúde do Maranhão para gerir unidades hospitalares do Estado, o ICN (Instituto Cidadania e Natureza) e a Bem Viver, contrataram, sem licitação, inúmeras empresas para serviços terceirizados. Esse grupo de empresas recebeu um total de R$ 205,6 milhões em recursos públicos. Na mesma época, essas empresas, de acordo com a PF, beneficiaram campanhas eleitorais com doações registradas na Justiça Eleitoral em um total estimado em R$ 4,9 milhões.

Uma das principais contribuintes de campanha foi a Litucera Limpeza e Engenharia, sediada em Vinhedo (SP). A Litucera recebeu R$ 15,8 milhões da Bem Viver e outros R$ 28,2 milhões do ICN. Desse montante, segundo o relatório da PF, a Litucera destinou pelo menos R$ 1,9 milhão para candidatos nas eleições de 2010, 2012 e 2014.

O juiz federal escreveu: “A autoridade policial logrou demonstrar que além da prefeita eleita [de Coroatá] Maria Teresa Trovão Murad, esposa de Ricardo Murad, a Litucera financiou a campanha de mais 60 candidatos a vereador, sendo que foram eleitos sete vereadores do total de 13 vereadores, que corresponde a 53% do total de vereadores da Câmara Municipal”.

Além de ajudar a mulher do então secretário de Saúde com R$ 186 mil, a Litucera também destinou R$ 200 mil à campanha da filha do casal, a deputada estadual Andrea Trovão Murad (PMDB) e outros R$ 22 mil ao irmão de Maria Teresa, Alexandre Cesar Trovão, hoje presidente da Câmara de Coroatá.

Diversas outras empresas também estão sob a mira da PF por terem recebidos recursos do ICN e da Bem Viver e, ao mesmo tempo, colaborado com campanhas eleitorais, como a Lavatec Lavanderia Técnica, a Tempo Engenharia e o Cobra (Centro Oncológico Brasileiro).

O delegado que atua na Operação Sermão aos Peixes, Sandro Jansen, disse à Folha que a investigação chegou às doações eleitorais ao rastrear o fluxo do dinheiro. Segundo ele, uma investigação sobre eventuais crimes eleitorais poderá ser um desdobramento da operação, desde que se tenha autorização da Justiça Eleitoral ou de outros tribunais, em caso de político com foro privilegiado.

“O dinheiro a gente já sabe para onde vai, agora não sei se esses políticos sabiam da origem desse dinheiro, então não posso incluí-los na organização criminosa. Para chegar a esse ponto, tem que ter autorização dos tribunais. A gente fez acompanhar o fluxo financeiro e ver até onde ele foi”, afirmou o delegado.

A destinação de recursos de empresas terceirizadas para campanhas eleitorais também já havia sido identificada por auditoria da CGU (Controladoria Geral da União), que participa da Operação Sermão aos Peixes. “Nesse emaranhado de irregularidades também releva destacar os casos das empresas duplamente beneficiadas com recursos públicos do Fundo Estadual de Saúde e que efetivaram doações oficias de campanha exclusivamente (no Estado do Maranhão) para familiares do Secretário de Saúde à época dos fatos ou a candidatos do reduto eleitoral desse dirigente”, concluiu a CGU, em auditoria.

Segundo a CGU, “empresas que receberam pagamentos superfaturados foram doadoras, no Estado do Maranhão, exclusivamente para familiares do ex-secretario de Saúde ou para candidatos do município que é o seu principal reduto eleitoral”.

OUTRO LADO

O presidente do diretório estadual do PMDB do Maranhão, Remi Ribeiro, afirmou à Folha que o partido aguarda o desenrolar das investigações para então se manifestar.

“O partido não quer se meter numa ação que ainda está em andamento”, disse Ribeiro, que foi senador em 2011. Ele disse que é preciso analisar as provas coletadas na operação. “Ainda tem muito ‘se disse’, ‘se fala’. Isso não é prova”, disse o político.

Segundo o presidente do PMDB, as doações eleitorais não configuram ilícito. “São empresas. É só o PMDB? O que se pode afirmar? Está na prestação de contas e isso será apurado na doação oficial. Pode ter um contrato [com serviço público] sem ter interferência do candidato ou do partido”, disse Ribeiro.

Ricardo Murad é procurado pela Folha desde a manhã desta terça-feira (17) para se manifestar sobre o assunto, mas não foi localizado. Foi deixado recado em sua residência na noite do mesmo dia, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem.

Folha entrou em contato por telefone com a sede da empresa Litucera. Uma atendente, que preferiu não se identificar, informou que a empresa “não se manifesta pela imprensa”.

No telefone registrado em nome do Cobra, uma atendente informou que a empresa mudou de endereço. No novo endereço, uma funcionária disse que não poderia dar quaisquer informações à imprensa. Foram deixados recados na Litucera e no Cobra. Representantes das empresas Tempo e Lavatec não foram localizados. No telefone da Prefeitura de Coroatá (MA), ninguém atendeu às chamadas.

Prefeita de Bom Jardim está foragida

O clima é tenso na cidade de Bom Jardim (275 km de São Luís). A Polícia Federal realiza operação na cidade e já prendeu os ex-secretários de Assuntos Políticos, Humberto Dantas dos Santos, o Beto Rocha, namorado da prefeita Lidiane Leite (PP) e o de Agricultura, Antônio Gomes da Silva, o Antônio Cesarino, também presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Bom Jardim (STTR). A prefeita está foragida.

Investigação do Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal apontam suspeitos por desvios de verbas de merenda escolar, de reforma de escolas, do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

As irregularidades e ostentação da prefeita nas redes sociais chamaram atenção inclusive da rede Globo que destacou o deboche de Lidiane Leite esta semana.