Vítimas de chuvas se mudam para novos endereços pelo Aluguel Social

Mudança dos desabrigados da Vila Apaco

Mudança dos desabrigados da Vila Apaco

Desde a última sexta-feira (16), a Prefeitura de São Luís trabalha na mudança das vítimas das chuvas para novas casas, a partir do benefício do Aluguel Social, executado pela Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas). Neste domingo (18), mais 14 famílias residentes da Área 4 da Vila Apaco, que estavam abrigadas na Unidade de Educação Básica (U.E.B.) Santa Clara, foram para os novos endereços. A ação integra o Plano de Contingência, determinado pelo prefeito Edivaldo para prestar suporte às vítimas das chuvas e minimizar os danos causados pelo fenômeno natural.

“O prefeito Edivaldo garantiu os recursos para que as famílias tenham acesso ao programa de aluguel social e, até o final da próxima semana, devemos realizar a mudança de todas elas”, destacou a superintendente de Proteção Social Básica da Semcas, Francimélia Marques.As famílias cadastradas no Aluguel Social já integram o grupo prioritário do Programa “Minha Casa, Minha Vida”, do governo federal.

As famílias que estão em abrigos comunitários têm precedência para a mudança. Atualmente, São Luís tem 71 famílias desabrigadas ou desalojadas. Destas, 62 já foram incluídas no Aluguel Social e receberam todas as instruções da Semcas sobre o funcionamento do programa.

Moradora da área 4 da Vila Apaco, Érica Vanessa tem três filhos e é dona de casa. Ela destacou a assistência prestada pela Prefeitura às famílias que estavam no abrigo e apresentou esperança diante da mudança. “Agora estamos mais tranquilos, porque fomos beneficiados pelo Aluguel Social e vamos para um local seguro. Apesar de todas as dificuldades, nesses dias que passamos aqui, fomos bem cuidados. Tivemos assistência e orientação constante do CRAS [Centro de Referência de Assistência Social], da Defesa Civil e recebemos atendimento médico, consulta e remédios”, destaca Érica.

A família de Raimunda Nonata, moradora da Vila Apaco, também estava abrigada na U.E.B. Santa Clara e esperava pela mudança. Dona Raimunda teve a casa onde morava com o esposo e os dois filhos destruída pelo temporal do dia 10 de maio. “Estamos felizes em estar indo para um local mais confortável”, comenta, aliviada, a dona de casa.

O auxílio às famílias atingidas foi iniciado ainda no sábado (10), com a ação conjunta de várias secretarias municipais. Ao longo da semana passada, as vítimas das chuvas receberam colchonetes, cestas básicas, lençóis, água mineral, fraldas, atendimento médico, remédios e orientação através do CRAS da Cidade Operária.

Todo trabalho integra o plano emergencial da Prefeitura por meio de mobilização de uma força tarefa de resposta aos desastres. A ação do domingo foi realizada pelas secretarias municipais de Segurança com Cidadania (Semusc), Obras e Serviços Públicos (Semosp), Criança e Assistência Social (Semcas) e Urbanismo e Habitação (Semurh), através da Blitz Urbana.

Também compuseram a mobilização durante a semana a Secretaria de Saúde (Semus) e a Secretaria de Segurança Alimentar (Semsa), com consultas e distribuição de medicamentos e entrega de cestas básicas, respectivamente. A Secretaria de Obras e Serviços Públicos intensificou os serviços de drenagem, limpeza e retirada de material assoreado nas áreas afetadas pelas chuvas.

A Semusc, por meio da Defesa Civil, mantém o trabalho de monitoramento das 66 áreas de risco na capital e já desenvolvia preventivamente ações de sensibilização das comunidades que habitam as regiões.

Prefeitura segue recuperação de áreas atingidas e ajuda aos desabrigados

Canal_Cohatrac_Desobstrucao_120514_Foto_FabricioCunha_ (7)O prefeito Edivaldo pediu atuação intensiva de todos os órgãos municipais na mobilização em apoio às famílias atingidas pelas fortes chuvas que atingiram a capital durante o fim de semana. Entre as ações prioritárias orientadas pelo chefe do executivo está a realização de serviços emergenciais de infraestrutura visando amenizar os transtornos provocados pelos alagamentos.

As equipes da Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Semosp) intensificaram ainda no domingo (11) os trabalhos de limpeza e desobstrução de galerias pluviais. A ação foi iniciada pelo bairro do Cohafuma, onde foram registrados vários pontos críticos de inundação. O trabalho foi estendido à Avenida São Marçal e Rua Frei Caneca, no João Paulo, que tinham recebido o serviço na semana passada para facilitar o escoamento de águas da chuva.

Nesta segunda-feira (12), as equipes estiveram no Canal Cohab/Cohatrac para realizar intervenções que facilitam o escoamento da água represada. Os serviços também foram realizados no Canal do Coroadinho com o uso de maquinário para limpeza e retirada do material assoreado. As vias do Coroadinho também receberam serviços de limpeza em virtude da sujeira provocada com as enxurradas.

O secretário de Obras e Serviços Públicos, Antônio Araújo, ressaltou o empenho do prefeito em mobilizar todas as secretarias competentes para uma resposta rápida aos transtornos. Ele lembrou que a Semosp começou o ano com um trabalho preventivo para desobstrução das galerias, mas o volume das chuvas de sábado foi muito intenso e o sistema não suportou.

“Por determinação do prefeito Edivaldo, nós estamos desde janeiro fazendo o trabalho de manutenção destas galerias antigas. Mas a chuva de sábado teve um volume enorme, que arrastou troncos de árvores, galhos e obstruiu as passagens”, esclareceu Antônio Araújo.

Entre os locais que receberam os serviços preventivos e que são considerados pontos críticos estão os bairros do Vinhais, Areinha, Rio Anil, Rio da Bicas, Fumacê, Cohafuma e Santa Rosa. O superintendente do Setor de Drenagem da Semosp, Carlos Alberto, explicou que a drenagem poderia ter funcionado melhor após os serviços, mesmo com o volume atípico das chuvas, caso não houvesse o descarte irregular de lixo nos locais.

“Mesmo com os serviços de desobstrução realizados pela Semosp, os alagamentos ocorreram devido ao lixo jogado irregularmente nas ruas da capital e arrastado para as galerias durante a enxurrada. É preciso que exista a consciência de não jogar lixo na rua ou continuaremos tendo inundações”, afirmou o superintendente.

RELATÓRIO PARCIAL

Na manhã desta segunda-feira (12), a Secretaria de Segurança com Cidadania (Semusc), através da Defesa Civil Municipal, apresentou relatório atualizado da situação com as ocorrências e providências adotadas. Conforme o documento, 34 ocorrências foram recebidas pela Defesa Civil neste domingo (11).

Segundo o titular da Semusc, Breno Galdino, em atendimento a essas ocorrências, a Defesa Civil foi dividida em três equipes, ficando uma responsável por colocação de lonas em pontos críticos, outra pela vistoria e uma terceira visitando os abrigos, juntamente com técnicos da Secretaria da Criança e Assistência Social (Semcas).

“Encaminhamos, imediatamente, equipes para todas essas áreas que apresentam risco de deslizamento. Já intensificamos o trabalho de orientação e sensibilização aos moradores sobre o perigo de permanecerem no local, porém, as famílias se recusam a deixar a área, mesmo com todo o esforço de nossas equipes em demonstrar a gravidade da situação”, observou Breno Galdino.

Ele destacou a preocupação do prefeito com a situação das famílias que vivem nas áreas de risco, com o empenho imediato da Força Tarefa de Resposta a Desastres da Prefeitura de São Luís. O secretário também informou que o mapa do tempo é acompanhado constantemente para monitoramento de 66 pontos de risco. Entre estes, existem os que não são da competência do município e, por isto, estão sendo encaminhados aos órgãos competentes.

“Estamos fazendo os laudos de outras áreas que apresentam risco moderado e, se necessário, serão feitas novas interdições e remoção das pessoas. Também aplicamos lonas em alguns locais da cidade para tentar conter parte do recebimento de água pelo solo”, detalhou Breno Galdino.

APOIO

A Prefeitura de São Luís mantém o atendimento às 14 famílias (cerca de 40 pessoas) da Vila Apaco, alojadas na Unidade de Educação Básica (U.E.B.) Santa Clara. Os desabrigados receberam visita da equipe de apoio da Unidade de Saúde do São Bernardo para avaliação do estado das famílias. Na área Salina/Sacavém, os desabrigados foram remanejados para associações locais, mas preferiram buscar alojamento na casa de parentes e amigos, e agora os locais estão sendo usados para depósito dos pertences das famílias. Com o alagamento nas adjacências do Residencial Maria Aragão, a Defesa Civil providenciou abrigo para seis famílias (cerca de 20 pessoas) em uma creche local.

Em todos os pontos de alojamentos de desabrigados estão sendo distribuídas água, colchonete e cestas básicas obtidas através de aquisição pela Secretaria de Segurança Alimentar (Semsa). A titular da Semcas, Andreia Lauande, explicou que está sendo feito o levantamento e encaminhamento das famílias para o aluguel social. De acordo com o último levantamento, 217 famílias estão em aluguel social em São Luís. A secretária lembrou que os aluguéis variam entre R$ 200 e R$ 300.

“Precisamos achar os locais na comunidade para alugar. Mas, a pessoa beneficiada também precisa abrir uma conta. Temos que mapear o perfil das pessoas e colocá-las no grupo prioritário do Programa Minha Casa Minha Vida”, explicou Andreia Lauande.

A Semcas também trabalha com assistência psicológica e social aos atingidos.

Chuva teve volume de 80% do esperado para todo o mês de maio

chuvaA forte chuva que caiu neste sábado em São Luís e causou grande transtorno foi dos maiores temporais dos últimos anos. A prefeitura de São Luís mobilizou força tarefa para auxiliar desabrigados e pessoas em áreas de risco.

As fortes chuvas que atingiram a capital durante a tarde e noite deste sábado (10) registraram precipitação média registrada foi de 125mm. Ou seja, choveu 80% do esperado para todo o mês de maio, segundo o Núcleo de Meteorologia da Uema.

Ainda segundo o Núcleo, ocorreu um fenômeno através da Zona de Convergência com ventos que se estabeleceram na costa leste do Nordeste, atingindo vários estados. O fenômeno já teria se dissipado, mas ainda se encontram algumas nuvens carregadas na região.

A força tarefa da prefeitura continuou agindo durante todo este domingo (11) e não tem hora nem dia para terminar. Pessoas ficaram desabrigadas e estão tendo atendimento na Vila Apaco, Vila Militar, Residencial Tiradentes e Residencial Maria Aragão. Problemas de alagamentos foram registrados em pelos 40 pontos da cidade. A prefeitura de São Luís está executando o plano de contingência para situações emergenciais.