Comissão de Saúde visita local do Hospital de Rosário e constata: “houve desvio de recursos”

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Comissão também visitou Unidade Mista de Rosário

“O que nós vimos foi que não tem, sequer, um tijolo colocado pra construir as paredes. Porém, o governo do estado já determinou que a sua equipe providenciasse encaminhamento à  justiça, haja vista que  houve desvio de recurso da saúde. É somente através da justiça que se pode cancelar a licitação da construtora que não deu conta de construir o hospital para que possa fazer uma nova e torcer para que uma construtora competente e honesta possa ganhar e fazer esse hospital tão desejado e sonhado”, enfatizou o deputado Stênio Rezende durante a visita da Comissão de Saúde da Assembleia ao local onde seria construído o Hospital Regional de Rosário, no padrão de 50 leitos, orçado no valor de 18.281.164,49, que está em situação de abandono.

No local onde deveria ter sido construído o hospital, R$ 4 milhões apenas em terraplanagem

No local onde deveria ter sido construído o hospital, R$ 4 milhões apenas em terraplanagem

Os deputados encontraram apenas um enorme terreno que foi feito a etapa de terraplanagem e que abriga máquinas retroescavadeiras deterioradas. Cerca de R$ 4 milhões, já teriam sido liberados desde 2014 pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) para dar início a construção do hospital, porém, apenas a terraplanagem foi feita.

O deputado Levi Pontes anunciou que o governador Flávio Dino (PC do B), juntamente com o secretário estadual de Saúde, Marcos Pacheco, garantiram a conclusão do hospital. Levi explicou que o processo apesar de garantido, será finalizado a longo prazo por questões burocráticas.

comissaosauderosario3“Foi uma alegria poder trazer a mensagem do governador de que o hospital de 50 leitos está dentro do seu programa de governo. A entrega do hospital levará um tempo, porque o executivo vem revisando e corrigindo as distorções contratuais iniciadas na gestão passada, que não deixam de respingar de forma negativa atual. Mas que, enquanto isso não se constrói, vamos tentar ajudar a Unidade Mista, que é muito carente e precisa de ajuda para melhorar a qualidade”, contou o parlamentar.

PAM Diamante sete meses após a reforma que durou cinco anos

Foto 1 Hospital Pam Diamante foto Geraldo Furtado

Grande festa de inauguração do Pam Diamante contrasta com realidade

Uma reforma que durou quase cinco anos, contou com inúmeros aditivos ao contrato e custou R$ 13,7 milhões aos cofres do Estado do Maranhão. Com esta longa reforma, era esperado um hospital “Padrão Fifa” para os maranhenses. Mas com apenas sete meses após a entrega, o que os auditores constataram no local foram as péssimas condições com relação à estrutura física.O banheiro interditado porque o sistema hidráulico foi mal dimensionado e causou refluxo. Barra de ferro assentada com ferrugem, indicando que não foi trocada durante a reforma. Danos no forro em vários pontos, causados por infiltrações no telhado, que não foi trocado. A visita da auditoria foi realizada em abril deste ano e a entrega feita com pompa por Roseana Sarney foi no final de setembro (relembre).

A auditoria revelou desvio de pelo menos R$ 2 milhões na reforma.

Barra com base  totalmente enferrujada. Não foi trocada na reforma.

Barra com base totalmente enferrujada. Não foi trocada na reforma.

Banheiro interditado. Por causa da má instalação hidráulica, está tendo refluxo.

Banheiro interditado. Por causa da má instalação hidráulica, está tendo refluxo.

Falhas no telhado que não foi trocado na reforma causaram danos no forro em diversos pontos do Hospital.

Falhas no telhado que não foi trocado na reforma causaram danos no forro em diversos pontos do Hospital.

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Política maranhense em notas

Aluísio reage às denúncias de Portela

aluisiomendesO ex-secretário de segurança e hoje deputado federal Aluísio Mendes (PSDC), reagiu à acusação do secretário Jefferson Portela feitas em entrevista ao Blog de que R$300 milhões dos recursos do BNDES para a segurança praticamente sumiram. Aluísio enviou nota à imprensa afirmando que irá interpelar o secretário na Justiça para provar as acusações. “Ele terá que provar todas as falácias e mentiras que disse contra mim à imprensa. Já oficiei ao BNDES para que informe todos os empenhos e pagamentos feitos sob minha gestão. Todas as obras ficaram em andamento, com o acompanhamento técnico do banco, e nunca houve aditivo de prazo por 35 vezes”, disse.

Provas a caminho

O Blog está levantando as obras que deveriam ter sido executadas pelo ex-secretário com os recursos do BNDES. Segundo Jefferson Portela, se tivessem sido aplicados corretamente, a segurança do Maranhão estaria em outro patamar hoje. Contratos e estágio atual das obras e de como deveriam estar, estão sendo analisados.

Rogério critica motivação política

Rogerio Cafeteira - crédito agência ALEMAO líder do governo na Assembleia Legislativa, Rogério Cafeteira (PSC), criticou a motivação política que Adriano Sarney tem mostrado no caso da segurança. Rogério exemplificou alguns crimes bárbaros que têm acontecido em todo o país para contextualizar uma situação generalizada de insegurança. O parlamentar falou que diante desse cenário, a Força Nacional não teria condições de atender tantos problemas espalhados de norte a sul do Brasil. Ele disse ainda que é louvável a preocupação demonstrada por Adriano, mas que lamenta a forma como o assunto vem sendo distorcido e alimentado para virar manchete de jornal, prevalecendo, dessa forma o interesse político pelo tema. “Não é desgastando e desestabilizando o Governo que vamos melhorar a segurança”, lembrou. 

PDT ainda na base de Dilma?

Deputado WevertonApesar das últimas votações contrárias aos interesses do governo Dilma, o deputado Weverton Rocha afirmou que o partido segue na base do governo, embora vote de acordo com a ideologia do partido nas questões trabalhistas. Embora deixou uma ressalva: “somos da base. Até quando ela quiser”. Os pedetistas votaram contra as Medidas Provisórias 664 e 665 do ajuste fiscal do Governo Dilma e causaram um abalo nas relações com o Planalto.   

Zé Inácio elogia parceria Brasil-China

DSC_2046 (Medium) (2)O deputado Zé Inácio (PT) elogiou o acordo celebrado entre Brasil e China, ocorrido há duas semanas entre Brasil e China, que prevê investimentos em vários estados, inclusive no Maranhão. No Estado, o investimento no Complexo Siderúrgico (Açailândia e cidades entorno), é na ordem de mais de sete bilhões de dólares. “Essa parceria é importante para retomada do setor siderúrgico no Estado do Maranhão, não só para manter os empregos já existentes, mas também para geração de novos empregos”, diz o parlamentar.

Furtado destaca conferência nacional do PCdoB

fernandofurtadoFernando Furtado falou sobre o processo de sucessão da presidência do PC do B onde Renato Rabelo, que presidiu o partido durante os últimos 13 anos, transmitiu a presidência à Luciana Santos, que ocupava o cargo de vice-presidente do PCdoB. “Esta conferência, vem no momento ideal, no momento mais importante do Partido Comunista do Brasil, para discutir não só a questão nacional como também discutir a questão da sucessão em nosso partido,” disse o deputado.

Política maranhense em notas

Operação Cayenne

Foto1_Divulgação - Operação CayenneCarros de luxo; joias, estimadas em mais de meio milhão de reais; e relógios de luxo, alguns deles superando R$ 20 mil, foram algumas das apreensões na Operação Cayenne. A quadrilha acusada de desviar R$ 33,78 milhões na Universidade Virtual do Maranhão (Univima), entre 2010 e 2013. Os ordenadores de despesa do órgão realizavam pagamentos normais aos credores do órgão, que tinham contratos em vigor e que apresentaram faturas a serem pagas. Depois da emissão das ordens bancárias e de confirmar o pagamento pelo banco, o responsável pelo setor financeiro cancelava o pagamento no sistema Siafem e lançava novo pagamento, dessa vez, para empresas fantasmas, usadas apenas para desviar os recursos públicos. A fraude foi realizada durante três anos.

Participação de secretários

olgasimaoNo período da fraude, os órgãos foram comandados pelos ex-secretários de Ciência e Tecnologia Olga Simão e José Costa. Ainda não é possível afirmar o envolvimento de servidores de alto escalão, mas a Corregedoria Geral do Estado, vinculada à Secretaria de Transparência, aprofundará as investigações. O  delegado-geral da Polícia Civil, Augusto Barros, destaca que a operação deflagrada nesta manhã é o cartão de apresentação da nova superintendência de combate à corrupção.

Secretaria de Transparência

rodrigolagoAs investigações que resultaram na operação ocorreram graças às auditorias realizadas pela Secretaria de Estado de Transparência e Controle (STC). O resultado das auditorias levou o serviço de Inteligência da Polícia à quadrilha. Mais uma mostra de que a secretaria têm papel fundamental no combate à corrupção e desvio de dinheiro público. Os auditores desvendaram o esquema de desvio de recursos públicos do órgão através de fraude no sistema financeiro do Estado, o Siafem.

Cemar terá muito que explicar

CemarQuem terá muito que explicar a respeito do Viva Luz é a Companhia Energética do Maranhão. Os R$ 25 milhões que eram pagos pelo governo, deveriam corresponder a 35% da conta de luz dos beneficiados. Os outros 65% eram pagos pelo governo federal. Ora, se existiam 30 mil famílias beneficiadas, a média do que o governo pagava era de R$ 834 por família. E se isso corresponde a apenas 35% da conta de luz, a conta dessas famílias seria em média R$ 2.382. Como pode famílias de baixa renda terem consumo de energia neste patamar?

O discurso fácil do “bandido bom”

Foram 117 vítimas nos 108 casos de homicídio registrados no mês passadoA chacina ocorrida na praia de Panaquatira deveria servir para uma reflexão do velho discurso fácil do senso comum: “bandido bom, é bandido morto”. A população em geral acha que este é o caminho: olho por olho; dente por dente. O episódio de Panaquatira mostra o quanto a reação violenta gera violência em cadeia. Extermínio de bandidos gera reação de outros bandidos contra a sociedade. O problema da violência não se resolve com a uma ” limpeza” matando os “maus” para que apenas os “bons” vivam. O problema a curto prazo é amenizado com mais polícia ostensiva nas ruas coibindo práticas violentas e não exterminando quem as comete. Quem sofre a reação do extermínio é quem não tem como se defender.

Melhor fala de Jefferson

jeffersonportelaO secretário Jefferson Portela fez sua melhor fala como secretário esta semana quando disse que os agentes públicos de segurança devem evitar o confronto onde não existe garantia de domínio da situação. “Nós devemos sempre, como agentes públicos de segurança, evitar o confronto onde a gente não possa ter uma garantia de supremacia da força estatal sobre a força marginal. A orientação é essa, a reação da gente deve ser pautada na possibilidade de domínio e não numa possibilidade de risco”. Quando o policial fora do horário de trabalho e em locais públicos entra em confronto com bandidos armados, coloca em risco a vida de inocentes. Mas é claro, o senso comum, diz que o secretário está “a favor da bandidagem” pedindo a não reação dos policiais. Lamentável.

Parceria para atendimento a pacientes psiquiátricos

Foto 1 Divulgação - Parceria entre Governo e Prefeitura oferecerá mais assistência no atendimento a pacientes psiquiátricosOs serviços de atendimento, transporte e assistência a pacientes em situação de transtorno psiquiátrico terão mais agilidade, graças à parceria formalizada, nesta terça-feira (26), entre o Governo do Maranhão e a Prefeitura de São Luís. A assinatura do termo de Cooperação Técnica garante o dinamismo para atender as ocorrências de atendimento pré-hospitalar e transporte em toda capital maranhense. O trabalho das equipes será feito de forma unificada, adotando um padrão de atuação dos procedimentos nas ocorrências geradas pelo Centro Ciops e pelo Samu. Em alguns casos, como por exemplo, se o paciente apresentar um quadro agressivo ou portar algum tipo de arma, haverá também a solicitação da Polícia Militar para fazer à pronta-intervenção. O trabalho funcionará 24 horas de domingo a domingo, nas instalações do 1º Batalhão de Bombeiros Militar e contará com médicos, enfermeiros, bombeiros socorristas e técnicos especializados em atendimentos desta natureza.

 

Auditoria confirma desvio de dinheiro no caso Constran

Do Jornal Pequeno

roseanajoaoabreuBastou pouco mais de quatro meses para que a comissão responsável em apurar a regularidade do pagamento do precatório à Constran, uma das empresas investigadas na operação Lava-Jato, pudesse contatar indicio de desvio de dinheiro público. A comissão, instituída pelo governador Flávio Dino, através de decreto logo no primeiro dia de gestão, apresentou relatório conclusivo sobre o pagamento do precatório. As investigações revelam com clareza a prática de improbidade administrativa na gestão comandada pela ex-governadora Roseana Sarney.

O relatório revela o que as investigações da operação Lava-Jato já indicavam: o governo do Maranhão recebeu propina milionária para furar a fila de pagamento de precatórios, e antecipar um pagamento de R$ 113.366.859,81 a empresa CONSTRAN S/A Construção e Comércio.

Foi a recém criada Secretaria de Controle e Transparência que comandou os trabalhos da comissão, com informações e documentos cedidos pela Justiça. “A comissão se debruçou sobre documentos, cópias de processos e provas coletadas pela Policia Federal na Operação Lava Jato, concluindo pela ilegalidade e falta de vantajosidade do acordo milionário. Mais grave ainda são os indícios fortes de corrupção, com fotografias da mala de dinheiro saindo do Hotel e não retornando”, destacou o secretário estadual de Controle e Transparência, Rodrigo Lago.

Os documentos apontam que o precatório nº 14267/2010, que tem como credor a Constran, já havia sido impugnado com ação rescisória pelo Ministério Público do Maranhão (MP-MA), alegando que o total do débito não alcançaria sequer a metade do valor que serviu à formação do precatório. Mesmo com o pagamento suspenso judicialmente, o Governo do Estado realizou acordo extra judicial com a empresa e induziu o Ministério Público ao erro, sob a justificativa de que o pagamento seria vantajoso ao Estado, que acatou o novo pagamento.

O relatório da Comissão é claro: “o pagamento do Precatório n.º 14267/2010 foi extremamente danoso ao interesse público, pois, além de não exprimir nenhuma vantagem concreta, impôs aos combalidos cofres públicos do Maranhão o desembolso de vultosa quantia”.

O caso de corrupção fica ainda mais evidente quando considerado todos os fatos ligados ao Operação Lava-Jato. Deflagrada no final de 2014 pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal e pela Justiça Federal do Paraná, a Operação descobriu indícios de que o acordo para pagamento do Precatório à Constran foi maculado por atos de corrupção envolvendo agentes públicos do Maranhão e a empresa, intermediados pelo doleiro Alberto Yousseff.

O doleiro estava em São Luís, quando foi preso em um hotel pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, em 17 de março de 2014. De acordo com o depoimento a que a Comissão de investigação teve acesso, Youssef confessou que estava na capital maranhense para levar R$ 1,4 milhão ao então secretário da Casa Civil de Roseana Sarney, João Abreu, que já teria recebido outras duas parcelas de R$ 800 mil, por meio de emissários. As provas revelam que esta é propina concedida ao Governo do Estado do Maranhão para liberar o pagamento das precatórias.

Mesmo diante das provas, em agosto do ano passado, a gestão da ex-governador Roseana Sarney negou tudo e em nota que alegou que “não houve favorecimento no pagamento da ação de indenização proposta pela Constran, há mais de 25 anos”. “Foi realizado acordo judicial, com acompanhamento do Ministério Público, para negociação dessa ação, que trouxe uma economia de R$ 28,9 milhões aos cofres públicos”, afirmou.

O relatório entregue pelo secretário Rodrigo Lado é recheado de documentos, fotografias e informações, oriundas Procuradoria Geral da República, do Supremo Tribunal Federal, da 13ª Vara Federal da Seção Judiciária do Paraná, do Superior Tribunal de Justiça, da Superintendência Regional da Polícia Federal no Paraná e da Procuradoria Geral do Estado do Maranhão. Os dados são claros e apontam a prática de crimes contra a Administração Pública, tais como Peculato, Corrupção Ativa e Corrupção Passiva, que precisam ser responsabilizados.

Em posse do relatório, o governador Flávio Dino determinou que sejam encaminhadas cópias das peças do relatório ao Ministério Público do Estado do Maranhão e à Procuradoria Geral do Estado, de forma que possam atuar em conjunto para anular o acordo com a Cosntran. A fim de individualizar as responsabilidades, o governador ainda determinou que a instauração de procedimento na SCT para apurar a prática de atos de improbidade administrativa, identificando todos os responsáveis. E por fim, Flávio indicou que o relatório fosse repassado a Polícia Judiciária do Estado para servir à instrução do inquérito policial baixado do Superior Tribunal de Justiça, e que tem como indiciados a ex-governadora Roseana Sarney e outros suspeitos.

“Com as constatações feitas pela comissão, evitaremos o pagamento de milhões de reais indevidos, que ajudarão a pagar credores verdadeiros do Estado, dos precatórios que o governo anterior deu calote há três anos”, concluiu o secretário Rodrigo Lago.

Ex-prefeito de Penalva é condenado por desvio de R$ 4,5 milhões

Nauro Mendes condenado por corrupção

Nauro Mendes condenado por corrupção

A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) manteve sentença da Justiça de 1º Grau que condenou o ex-prefeito de Penalva, Nauro Sérgio Muniz Mendes, por desviar R$ 4.504.922,56 do Fundo Municipal de Saúde. O ex-prefeito deixou também de prestar contas anuais da administração financeira do município à Câmara de Vereadores.

A materialidade e autoria do crime estão devidamente comprovadas através do depoimento das testemunhas de acusação e provas anexadas aos autos. As irregularidades foram constadas durante vistoria in loco realizada por servidores do Tribunal de Contas do Estado (TCE), quando foi verificada a ausência de documentos que atestassem a aplicação do dinheiro público recebido em sua finalidade.

Para o desembargador Joaquim Figueiredo, relator do processo, ficou suficientemente provado que o ex-prefeito, como gestor municipal e, via de consequência, ordenador das despesas daquela localidade, deixou de prestar as contas devidas, sendo comprovada a prática do que crime que lhe foi imputado.

“É de ser mantida a condenação, vista plenamente comprovado o agir em tela, não restando dúvidas, de igual sorte, quanto à materialidade do crime”, entendeu o desembargador.

Em seu voto, o relator destacou jurisprudência pacificada em súmula do Superior Tribunal de Justiça (verbete nº. 209), quando sustenta que “compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal”.

Nauro Mendes foi condenado à pena de 3 anos e 3 meses de reclusão, em regime aberto, substituída por restritiva de direitos na modalidade prestação de serviços à comunidade, além de não poder exercer cargo ou função pública, eletiva ou de nomeação, por 5 anos, por infração do artigo 1º, I, do Decreto-lei nº 201/67:  “apropriar-se de bens ou rendas públicas, ou desviá-los em proveito próprio ou alheio”.

PMDB tinha rede de operadores para desvios da Petrobrás

De O Estado de São Paulo

Delator Paulo Roberto em uma das sessões da CPMI da Petrobrás

Delator Paulo Roberto em uma das sessões da CPMI da Petrobrás

O PMDB tinha uma rede de operadores na Petrobrás para desviar recursos de contratos com empreiteiras, segundo as investigações da Operação Lava Jato.

Ao contrário do que ocorria com o PP e o PT, no PMDB havia várias frentes que se
beneficiavam do esquema, cada uma com seu interlocutor nas diretorias da estatal.
As investigações indicam que o modelo peemedebista na Petrobrás reproduzia a organização descentralizada do partido, loteado por diversos caciques, e principal
aliado do governo. Cada operador atuava para um padrinho, reportando­-se a uma pessoa ou grupo de poder, e não à legenda como um todo.

Em depoimento à Justiça, o ex-­diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa admitiu que além de operar para o PP, que o indicou ao cargo, também passou num determinado momento a atender o PMDB. O ex­-diretor disse que começou a repassar dinheiro a peemedebistas após acordo para permanecer no cargo. A barganha foi a saída encontrada por ele para conter investida de uma ala da legenda, que se articulou para derrubá-­lo da cúpula da companhia petrolífera.

A negociação com o PMDB ocorreu quando Costa se afastou por meses do cargo para tratar uma doença adquirida em viagem à Índia. Segundo interlocutores, após voltar ao Brasil, o então diretor teve uma infecção generalizada e chegou a ser desenganado pelos médicos. Aproveitando­se da vacância, uma ala do partido teria se articulado para substituí­lo pelo ex­gerente executivo Alan Kardec.

No depoimento, Costa contou que, depois de recuperado, esteve em Brasília e
costurou o apoio à sua manutenção no cargo com um político do PMDB.

Baiano. Segundo as investigações, paralelamente, outro grupo do PMDB também se beneficiava do esquema por meio do consultor Fernando Soares, o Fernando Baiano ­ que está preso na superintendência da Polícia Federal no Paraná e teve R$ 8,5 milhões bloqueados nas contas de duas de suas empresas. A defesa nega que ele tenha participado de esquema de corrupção na estatal.

A força­tarefa da Lava Jato, porém, concluiu que Baiano tinha influência na Diretoria Internacional, comandada até 2008 por Néstor Cerveró.

No PP e no PT o esquema tinha operadores únicos, que atuavam para atender aos
partidos como um todo, conforme os investigadores. No caso do PP, o operador
era o doleiro Alberto Youssef, um dos delatores do esquema de corrupção na

Interventor da SMTT responde por supostos desvios na Coliseu

Do Blog Marrapá

Interventor da SMTT, Anthony Boden

Interventor da SMTT, Anthony Boden

À pedido da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, o juiz Cícero Dias de Sousa Filho, titular da 4ª Vara da Fazenda Pública de São Luís, autorizou a intervenção na Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT).

Na decisão, o magistrado determina que o prefeito Edivaldo Holanda Junior (PTC) nomeie o advogado Anthony Boden para substituir o atual presidente da comissão de licitação da SMTT, Canindé Barros, e coordenar todo o processo licitatório das concessões de linhas de transportes urbanos da capital.

Boden foi liquidante da Companhia de Limpeza e Serviços Urbanos de São Luís (Coliseu) por determinação do ex-prefeito João Castelo (PSDB). Uma auditoria realizada nas contas de sua gestão à frente da empresa de limpeza pública constatou irregularidade de milhões dos recursos municipais.

De acordo com a auditoria, o advogado estaria sacando cheques administrativos para fazer depósitos do INSS e pagamentos patronais. Ele, no entanto, não quitaria as respectivas despesas. Há, também, indícios de fraudes milionárias no recolhimento de Guias da Previdência Social não reconhecidas pela Receita Federal.

Diante dos avanços da atual administração nas licitações do setor do transporte – atualmente com estudos técnicos em fase de conclusão – a escolha de Boden poderá ser um retrocesso, atrasando ainda mais o processo e colocando este sob sérias suspeitas de corrupção.

Socorro Waquin condenada por desvio de finalidade dos recursos do Fundef

Socorro Waquim condenada a multa de de R$ 11.448,16

Socorro Waquim condenada a multa de de R$ 11.448,16

A ex-prefeita do município de Timon, Socorro Waquim, foi condenada por improbidade administrativa. A ex-gestora aplicou recursos destinados ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério (Fundef) de forma irregular segundo a acusação da Procuradoria da República no Município de Caxias.

 

O Juiz da Subseção Judiciária da Justiça Federal em Caxias (MA), que proferiu a sentença, acolheu o pedido do Ministério Público Federal, pois reconheceu que houve irregularidades na destinação dos recursos provenientes do Fundef, para outra finalidade, o que é proibido por lei.
A ex-gestora foi condenada ao pagamento de multa civil de R$ 11.448,16 por usar parte do recurso para pagamento de funcionários administrativos, razão pela qual não foi cumprida a utilização obrigatória de 60% dos recursos para a remuneração dos profissionais do magistério em exercício nas atividades no ensino fundamental público.
A Procuradoria da República no Município de Caxias recorreu da sentença para aumentar o valor da multa, considerada insuficiente em relação à gravidade dos fatos.