Política maranhense em notas

Edinho vetado na Executiva do PMDB

edinhonotreO candidato a governador do Maranhão nas últimas eleições pelo PMDB, Edinho Lobão, está com o prestigio em baixa na legenda. Edinho foi vetado para ser membro tanto da Executiva estadual quanto da municipal do partido pela própria Roseana Sarney. O presidente do partido, senador João Alberto, obedeceu ao pedido da governadora para não deixar o empresário na cúpula. Questionado por um interlocutor da possibilidade de Edinho na Executiva, João Alberto citou um comportamento pessoal inadequado e disse que o ex-candidato a governador não tinha estatura moral para tanto.

PMDB prepara golpe em Dilma

Cúpula do PMDB já começa a discutir partilha dos cargos  federais que ainda pertencem a SarneyJá no âmbito nacional, o partido do vice-presidente se prepara para dar um “chapéu” na presidente Dilma e lançar candidatura própria a presidente da República. O congresso nacional da legenda será em agosto e, segundo o líder do partido na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), um entendimento é pacífico: o PMDB precisa – até por razões de manter o partido unido, grande – ter um projeto próprio depois de 24 anos.  Entre os nomes mais cotados pela cúpula partidária estão o do vice-presidente da República Michel Temer, o do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ).

Wellington na contramão de todos sobre Pedrinhas

O deputado Wellington do Curso (PPS) ficou sozinho em seu discurso de “superlotação” e “clima de horror”, “rebeliões” na penitenciária de Pedrinhas, contrariando o parecer do presidente da CPI do sistema carcerário na Câmara Federal, Alberto Fraga (DEM-DF) que elogiou a evolução do cenário no Maranhão. “O Maranhão tem sofrido com superlotação, mortes, rebeliões, fugas  e precariedades na estrutura das unidades”. Todos estes números reduziram e não houve rebelião este ano. A deputada Eliziane Gama (PPS-MA), com autoridade de quem conhecia de perto a penitenciária na gestão anterior, reconheceu a melhoria da superlotação. Quem conhecia o “Inferno na Terra” de Pedrinhas e esteve na visita, percebeu a enorme diferença.

Pesquisas das eleições municipais

Estamos a um ano da realização das convenções partidárias. Por isso, a movimentação é grande para saber como o eleitorado está e o ainda pré-pré-candidato decidir se entra ou não na disputa. O instituo Exata, por exemplo, está realizando pesquisas em quase todos os municípios. Para os contratantes que tiverem resultados positivos, deve haver divulgação. Mas estando ainda tão longe da eleição, as pesquisas servem para apontar caminhos neste momento, que pode ser até não disputar.

Um deles estará na corte do TRE para 2016

240615 Ângela Salazar e Ricardo DuailibeA corte do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão elegeu dois novos membros substitutos na categoria desembargador. Ângela Salazar e Ricardo Duailibe foram eleitos. A princípio, a eleição não parece ter tanta importância, já que as decisões do TRE são tomadas pelos membros titulares e os suplentes só assumem em eventualidade. Mas o mandato de Guerreiro Júnior termina em dezembro de 2015. Assim, um dos dois irá assumir vaga na Corte Eleitoral para atuar nas eleições de 2016, já que em geral, a eleição só endossa a vaga do suplente. Lourival Serejo, que era suplente, assumiu a titularidade até fevereiro de 2017.

Rose e a bandeira da educação?

rosesalesA vereadora professora Rose Sales (PP) no intuito de prejudicar a gestão do prefeito Edivaldo tentou prejudicar toda a educação de São Luís. A progressista tentou de todos os modos barrar a votação do Plano Municipal de Educação de São Luís, sendo que nesta quarta-feira (24) era o último dia do prazo. Pode-se argumentar que chegou muito próximo do prazo final. Mas praticamente todos os municípios estão votaram esta semana. Até o início desta quarta, 51% dos municípios brasileiros. Vale ressaltar que se não fosse aprovado no prazo, São Luís receberia sanções e a educação ficaria prejudicada. A disputa política não pode interferir nos interesses da população. Principalmente na bandeira de um político.

Flávio recebe propostas de prefeitos do Leste

Foto4_NaelReis - Governador recebe prefeitos do ConlesteO governador Flávio Dino recebeu, na tarde desta terça-feira (23) os prefeitos que fazem parte do Consórcio Público Intermunicipal das Mesorregiões Norte e Leste Maranhense – Conleste. O encontro foi marcado pelo apoio do Estado no fortalecimento dos municípios e do desenvolvimento regional, bem como ações de cooperação entre os governos estadual e municipais. O Conleste entregou ao governador um acordo de cooperação e desenvolvimento que ratifica o “sentimento de profunda confiança e solidariedade institucional com os projetos e propostas emanados do novo governador e do novo Governo do Maranhão”. O pacto prevê a participação do Consórcio na concepção de políticas públicas, no diálogo permanente e na colaboração com ações do Estado.

Política maranhense em notas

O valor da lealdade

7504_convenio_prefeitura_governo_160415_foto_mauricioalexandre11Um leitor questionou em post do Blog sobre a parceria prefeitura – governo do estado no Facebook “o que Flávio tanto deve a Holandinha?” O tema é interessante e merece uma reflexão sobre o valor político da lealdade e a justiça na distribuição dos serviços públicos. Primeiro, cidades grandes como São Luís, Caxias e Timon foram discriminadas e não tiveram convênios nos dois primeiros anos justamente por suas posições políticas. Depois, a Edivaldo não faltou assédio do grupo Sarney para se jogar nos braços do governo e ter mais recursos e menos críticas na mídia do Clã. Mas o petecista foi leal ao projeto da oposição e além de não ter convênio foi alvo de uma campanha ferrenha contra sua administração. Teria vida muito mais fácil se cedesse ao “canto da sereia”. O projeto da oposição e o governador reconhecem agora a lealdade e em nome da equidade deve ter atenção aos municípios com maior população que foram discriminados na gestão passada.

Debate sobre refinaria

debaterefinariaA Assembleia Legislativa sediou na manhã desta sexta-feira (17), no Plenárinho, o “Debate Sobre os Motivos que Levaram ao Cancelamento da Construção da Refinaria Premium I e os Efeitos Socioeconômicos”. O evento, que contou com a participação dos deputados estaduais, autoridades e representantes da sociedade civil, fez parte da agenda da Comissão Externa da Câmara Federal, formada pelas bancadas do Maranhão e do Ceará, que apura o cancelamento das Refinarias da Petrobras Premium I e II, no Maranhão e Ceará, respectivamente.

Edinho 9h

edinhoComo de costume, o suplente de senador Edinho Lobão, quando no exercício do mandato, está entre os mais faltosos do Senado. E no levantamento de toda legislatura passada, entre 2011 e 2014, ele foi o campeão. Das 400 sessões de que deveria participar em seu mandato, o primeiro suplente se ausentou em 164. Dessas faltas, 53 estão sem justificativa. Em maio de 2011, Lobão Filho sofreu um acidente automobilístico, o que contribuiu para a soma de ausências na Casa (foram 26 licenças médicas naquele ano). Mas, ainda assim, o peemedebista aparece como o senador que teve mais faltas não justificadas em 2013 e 2014. O levantamento é do Congresso em Foco.

Edivaldo entrega 250 cadeiras de rodas

7509_prefeito_entrega_cadeiras_rodas_170415_fotobaeta2O prefeito Edivaldo entregou na manhã desta sexta-feira (17) 250 cadeiras de rodas a pacientes do Programa de Órtese e Prótese. Desse total, 40 cadeiras são especiais para banho. A ação contempla pacientes e seus familiares, que há anos esperam pelo beneficio. A entrega representa um dos avanços conquistados pela gestão municipal na área da saúde e do atendimento humanizado. Esta é apenas a primeira parte de um total de 1050 cadeiras que ainda estão sendo aguardadas. O Programa de Órtese e Prótese, coordenado pela Semus, tem ampliado os serviços destinados a pessoas com deficiência.

Marco Aurélio pede vale-livro

marcoaurelioCom o objetivo de oportunizar o acesso literário a crianças da rede municipal de imperatriz, o deputado Marco Aurélio (PCdoB) tem buscado junto à Secretaria Estadual de Educação a liberação de recurso na ordem de R$ 100 mil para a criação do Vale-Livro. O convênio servirá para a criação de cinco mil vales, no valor de R$ 20 reais, distribuídos para crianças da rede municipal, os quais poderão ser trocados por livros durante a 13° Edição do Salão de Livros de Imperatriz – Salimp.

Feriadão

A Prefeitura de São Luís decretou ponto facultativo nos órgãos da administração direta, indireta, autárquica e funcional do poder executivo municipal no dia 20 de abril. O expediente volta à regularidade a partir desta quarta-feira (22), tendo em vista o feriado nacional de Tiradentes nesta terça-feira (21). Durante feriados municipais e pontos facultativos, os serviços públicos considerados essenciais – como saúde, limpeza pública, guarda municipal, fiscalização de trânsito e terminais de integração de passageiros – devem garantir o atendimento por escalas de serviço ou plantão.

Prefeitura de São Luís é hoje o alvo principal do que sobrou do grupo Sarney

Ricardo Murad e Edinho Lobão: com este tipo de político que o grupo Sarney quer chegar à prefeitura de São Luís

Ricardo Murad e Edinho Lobão: com este tipo de político que o grupo Sarney quer chegar à prefeitura de São Luís

Na imprensa maranhense, o que se discute nos últimos dias para além dos integrantes da lista de corruptos apresentada por Janot, está a sucessão da prefeitura de São Luís. Preocupados após a derrota para o Governo do Estado e eufóricos para tentar reavivar seu poder através da conquista de prefeituras importantes.

A mais cobiçada é a de São Luís e, por isto, a mídia ligada ao grupo Sarney aposta forte no desgaste do prefeito Edivaldo Holanda Júnior – apoiado por Flávio Dino – para trazer um de seus líderes para o comando de São Luís.

As opções que estão sendo colocadas pelo grupo Sarney são Ricardo Murad e Edinho Lobão – os herdeiros (no sentido amplo da palavra) do espólio político e patrimonial das famílias que por 50 anos comandaram o Maranhão.

A contar pela ficha corrida de ambos e pela péssima imagem pública que possuem (exemplo foi a desgastante campanha de Edinho no ano passado), é certo que o grupo Sarney precisa de um novo gás para se revigorar e tentar se colocar novamente como opção viável eleitoralmente no estado.

Triste fim pro grupo político que dominou um estado por 50 anos, mas que não soube se reciclar e hoje paga o preço pelos anos de sufocamento de lideranças que surgiam em prol de nomes das grandes famílias.

Recordar é viver: “Lobão não brinca com R$ 1 bilhão”, disse Edinho

Edinho disse que o pai não brincava com R$ 1 bi e a refinaria iria sair

Edinho disse que o pai não brincava com R$ 1 bi e a refinaria iria sair

“Tirar emprego de 100 mil brasileiros e maranhenses não poderíamos aceitar. Meu pai está negociando, buscando investidores. Ele é o responsável quase que exclusivo e não brinca com R$ 1 bilhão”. Isto foi o que disse o então senador Edinho Lobão ao editor do Blog exatamente dia 9 de março de 2013, em relação à refinaria de Bacabeira. Quase dois anos depois, o prejuízo da desilusão da refinaria é de mais de R$ 2 bilhões. Ou seja, Lobão “brincou” com R$ 2 bilhões e não com R$ 1 bilhão.

A matéria da época pode ser conferida aqui

Ainda na entrevista ao editor do Blog, Edinho tentou explicar o que emperrava a refinaria. O problema, segundo o filho do ex-ministro de Minas e Energia seria que o governo segurava o preço da gasolina e do diesel por decisão política. “Se a Petrobras não tem lucro não tem capacidade de investimento. Assim, com duas refinarias adiantadas [Rio e Pernambuco] e duas começando [Maranhão e Ceará], teve que tomar a decisão de terminar logo as que estão adiantadas para produzirem e até ajudarem a levantar receita para as outras duas. Então foi alongado o prazo do MA e CE. Ainda assim, meu pai foi buscar alternativa de investidor que deseja investir e a Petrobrás pagar em produtos. Os chineses propuseram equipamentos chineses e mais 100 mil chineses para trabalhar na obra”.

Edinho disse que esta negociação poderia durar somente mais alguns meses. O então senador em exercício disse que a refinaria não era engodo eleitoral porque o programa “Luz para Todos” teria dado muito mais votos ao seu pai do que a refinaria.

Durante a campanha eleitoral de 2014, Edinho repetiu várias vezes que a refinaria sairia do papel e não era engodo eleitoral. O resultado, todos sabem.

STF recebe queixa-crime contra Lobão Filho por injúria e calúnia

edinhonodebateNa sessão desta terça-feira (16), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu, por maioria de votos, queixa-crime (Inquérito 3855) apresentada pelo governador eleito do Maranhão, Flávio Dino, contra o senador Lobão Filho (PMDB-MA) por crimes de injúria e calúnia, supostamente cometidos em entrevista concedida pelo parlamentar à TV Globo no Maranhão. Ambos disputaram o governo estadual nas últimas eleições, com vitória de Flávio Dino.

Dino se insurgiu contra trechos da entrevista em que, ao se referir a ele como presidente da Embratur, Lobão falou em podridão e crimes de má gestão, roubo e furto. Para os advogados de Dino, Lobão não teria concedido a entrevista na condição de senador, mas de pré-candidato ao governo do Maranhão, e fora do recinto do Senado Federal, não estando protegido, portanto, pela imunidade parlamentar. Já a defesa de Lobão afirmou que, ao fiscalizar a gestão na Embratur e apontar as irregularidades, seu cliente estaria desenvolvendo sua atividade parlamentar.

O relator do caso, ministro Marco Aurélio, frisou em seu voto que o mandato parlamentar não implica, por si só, imunidade. “Há de apreciar nexo do que veiculado e o desempenho das atribuições próprias à representação do povo brasileiro”. Para o ministro, não se pode sair “enxovalhando” a imagem de cidadão.

No caso, lembrou o ministro, Dino e Lobão encontravam-se em campanha eleitoral, quando Lobão concedeu entrevista à imprensa imputando a Dino, entre outras acusações, a prática de roubo e furto durante a gestão do adversário na Embratur. Além das injúrias do início da entrevista, frisou o relator, Lobão teria caluniado seu adversário.
A ministra Rosa Weber acompanhou o relator. Já o ministro Dias Toffoli divergiu ao entender que, no caso, se trata de palavras ditas no âmbito da política, que não levam à necessidade de abrir um processo-crime. O ministro Roberto Barroso, que havia se declarado impedido, não participou do julgamento.

Com informações do STF.

Sarney diz que improvisação com Edinho causou derrota do grupo

Do Jornal Pequeno

sarneyedinhoEm entrevista à TV Amapá, levada ao ar na segunda-feira (27), o senador José Sarney (PMDB-AP) comemorou a vitória do candidato do PDT ao Governo do Amapá,Waldez Góes, e fez uma rápida análise sobre as eleições no Maranhão. Ele admite, na entrevista concedida ao jornalista Evandro Luiz, que “tivemos um problema sério”, nas eleições deste ano no Maranhão.

“O nosso candidato (Luis Fernando) retirou a candidatura 90 dias antes da eleição. Ele vinha fazendo campanha há cinco anos etivemos de improvisar um candidato e, dentro de 90 dias, não se faz um candidato a governador. Foi isto que aconteceu. Este problema, evidentemente, determinou que nós não obtivéssemos o êxito que desejavamos ter”, declarou Sarney, na entrevista à TV Amapá.

Pouco antes da entrevista, a emissora de televisão mostra imagens do senador José Sarney comparecendo ao local de votação, na manhã de domingo (26), no Colégio Antônio Cordeiro Pontes, no centro de Macapá. Ele estava acompanhado do candidato ao governo do estado no segundo turno das Eleições 2014, Waldez Góes, do candidato a vice-governador na chapa pedetista Papaléo Paes (PP), do presidente do diretório estadual do PMDB Gilvam Borges e de correligionários do partido.

Aos jornalistas, no local de votação, Sarney disse que o fato de não concorrer a um cargo eletivo no Estado não vai limitar a atuação dele no Amapá. “Pretendo permanentemente ajudar o Amapá. Deixo de exercer o mandato legislativo, mas tenho a felicidade de ter feito grandes obras estruturantes no estado”, declarou.Sarney abdicou de concorrer ao Senado pelo Amapá depois de ocupar a cadeira no Congresso Nacional por três mandatos.

Edinho atribui derrota a caso Petrobrás, falta de convênios e desejo de mudança

edinhoEm entrevista ao jornal O Imparcial, o suplente de senador Edinho Lobão (PMDB) falou de sua trajetória na campanha eleitoral de 2014. Após a derrota, admitiu que o escândalo da Petrobrás, a falta de convênios eleitoreiros para motivar os prefeitos e o forte desejo de mudança foram os principais fatores que determinaram sua derrota. Edinho também fala do seu futuro.

Confira a entrevista na íntegra:

O senhor acredita que a crise da Petrobras lhe atrapalhou, mas por qual motivo não acabou interferindo na votação da Dilma Rousseff?

Boa pergunta. Nós vínhamos numa crescente na campanha. Monitorávamos os números, principalmente em São Luís e em Imperatriz. Quando a saiu a pesquisa Ibope, no sábado estávamos a 10 pontos do nosso adversário, no mesmo dia eclodiram as denúncias em relação a Petrobras. Nos quatro dias seguintes, eu caí mais de 20 pontos em São Luís e em Imperatriz mais de 20, a diferença na capital chegou a ser de 4 pontos, antes da denúncia. Então aqui impactou demais minha eleição, principalmente nesses dois centros. O fato de ter sido o meu pai citado naquela delação e não a Dilma, impactou diretamente a minha candidatura e não a dela.

Existiram outros motivos para a sua derrota?

Depois disso vieram várias ocorrências, ônibus pegando fogo, o problema de Pedrinhas. Mas acredito que o que mais me atrapalhou foi a expectativa dos convênios que foram firmados com o governo e não foram cumpridas este ano. Tanto que surgiu o discurso de que não podia se empenhar na minha campanha, pois os recursos para as obras não estavam chegando e assim não teriam como defender o governo e a minha candidatura que estava vinculada. Aí você soma tudo isso, ao desejo de mudança e chega ao resultado que foi apontado pelas urnas. Eu fiz uma campanha leonina, sem dinheiro, corajosa, em um estado que tinha um sentimento pró-Flávio Dino e eu andei cerca de 40 municípios por mês, totalizando 160.

O senhor poderia então afirmar que faltou empenho da governadora na sua candidatura? Faltou ajuda dela?

Não posso dizer isso. O que posso dizer é que ela enfrentou problemas muito grandes em seu governo, o que lhe impediu de estar comigo na campanha. Ela foi comigo em três comícios. Eu fiz uma campanha sozinho.

E mesmo fazendo sozinho, o senhor acredita que saiu derrotado?

Eu não saí derrotado, eu tive quase 1 milhão de votos. Dentro dessas condições que já lhe apresentei, acredito que esses votos são meus e não do governo, que foram depositados em minha confiança, por conta do meu trabalho. Agora ninguém mais pode dizer que eu sou um senador sem votos.

Esses quase um milhão de votos lhe credenciam para ser a liderança desse grupo. O senhor deseja ocupar esse posto?

Eu agora tenho que voltar pra minha casa. Eu agora vou refazer a minha vida. Eu não quero pensar em política agora. É claro que não posso abandonar as amizades e compromissos que fiz. Vou permanecer como cidadão, mantendo acesa essa chama da amizade construída ao longo desse caminho. Mas eu não tenho mais nem vontade de permanecer no Senado. Por mim, quero que meu pai volte a ocupar sua vaga e eu retome meus negócios. Então não tem essa visão de permanecer como oposição no Senado. Então deixa o quadro político se estabilizar para eu pensar melhor.

Daqui dois anos teremos eleição para prefeito. Sua votação dentro de São Luís foi expressiva. O senhor se considera credenciado para entrar nessa disputa?

Jamais.

Qual o motivo do desinteresse nesse cargo?

Deixa eu lhe explicar. Eu não escolhi esse caminho para mim. Do fundo da minha alma lhe digo com toda sinceridade, se eu não tivesse naquele hospital, naquele quarto, naquele estado de saúde, se não tivesse um conjunto de coisas, eu jamais teria sido candidato. Não é por conta da dificuldade, mas é por não entender que isso era pra mim. Aceitei, pois entendi como um chamado de Deus. Aí você pode me perguntar, se eu me arrependo, eu digo com toda clareza, não me arrependo. Agora também não posso negar a você, que ter andado pelo interior do meu estado como candidato majoritário, mexeu comigo. Ver as pessoas, as crianças, abraçando e chorando. Mulheres e homens. Essa experiência muda a gente e me mudou. Eu tinha um propósito de mudar o Maranhão de verdade. Mas essa não foi a vontade do povo e nem de Deus. Então vou fazer o que eu puder para ajudar. Agora eu me candidatar a prefeito não há menor hipótese.

O senhor acha que se tivesse descolado da família Sarney, teria uma votação melhor?

Só teria uma forma disso acontecer, se eu brigasse com Roseana. E eu não iria brigar com a governadora para me favorecer, afinal seria uma falta de caráter enorme. Existiam limites que eu não avançaria para me tornar governador. Me acusaram de forjar aquele vídeo. Eu jamais faria aquilo. Sobre hipótese nenhuma eu faria aquilo. Mesmo se prometessem a vitória, eu não faria. Eu saio dessa eleição com a consciência tranquila. Sai limpo dessa eleição. Não me comprometi com ninguém. A minha campanha foi pobre financeiramente, de apoios políticos dúbios e de 217 prefeitos, eu só tive de 10 a 15 me apoiando firmemente. Eu tive que sobreviver a isso tudo, mas foi meu destino e me rendo a ele.

O que o senhor tem a dizer aos seus aliados que lhe abandonaram na reta final?

Eu vou dizer: o povo há de julgar. Não me sinto no papel de juiz para avaliar o comportamento desses políticos. Eu fiquei chateado, mas cada um é livre para fazer suas escolhas. Ninguém tinha contrato comigo, o que existia era um sentimento de amizade e lealdade, se eles não foram assim comigo, paciência.

Analisando hoje a sua campanha. O senhor teria feito algo diferente, que poderia lhe levar a vitória?

Nesses últimos quatro meses, se não existissem esses fatos exógenos a campanha, o resultado poderia ser diferente. Mas os fatos ocorreram. Eu acho que o governo não me ajudou em nada. Historicamente o governo foi um parceiro do seu candidato, eu não tive essa parceria, pelo contrário, tive de vencer resistências. Tiver que vencer adversidades como convênios que não foram assinados, desgastes internos do governo, tudo acabou ficando nas minhas costas. Eu tive que andar com esse fardo e esse fardo se demonstrou pesado demais para alcançar a vitória.

E fica uma mágoa em relação à Roseana?

Não.

E em relação ao seu vice? Ele lhe abandonou também?

Negativo. Meu vice ocupou uma função extremamente estratégia. Eu lhe dei uma missão importante. Ele precisava manter o contato com a classe político em todo momento. Arnaldo Melo ficava aqui em São Luís, ligando para nossos aliados, segurando eles aqui. Ele foi responsável por segurar muitos aliados no nosso campo. Tanto que publicamente somente Hélio Soares, Marcos Caldas, Léo Cunha e Dr Pádua, declararam apoio ao Flávio Dino. Sei que os outros cruzaram os braços, mas Arnaldo foi o responsável por segurar muitos aliados.

Alguma coisa lhe deixou chateado nessa campanha?

Eu tive surpresas. Mas o que mais surpreendeu foi à postura do Edmar Cutrim. Eu jamais poderia imaginar que ele teria uma postura como ele teve. Logo por conta da relação que o Edmar tinha com a minha família. Aí podem dizer que a política é podre, mas não entendo dessa forma. A política é linda, mas ela tem seu lado ruim. Não é possível tirar o lado ruim. A postura do Edmar Cutrim não foi absurda, mas me chatou, foi uma grande decepção, fiquei pasmo.

Em relação ao PT. Houve a gravação do Lula, faltou a gravação da Dilma e a presença dos dois aqui no Maranhão. Fica uma mágoa com a Dilma?

A Dilma não gravou, não veio e também distribuiu material com o Flávio Dino. Eu acho que ela foi injusta comigo, mas também não guardo mágoas. O Lula foi fantástico comigo.

E qual vai ser a tua postura no segundo turno?

Eu costumo ter uma palavra só. Eu disse que apoiaria a Dilma até o fim e assim eu vou.

O Flávio era candidato a 4 anos e o senhor a 4 meses. Se o senhor tivesse tido o mesmo tempo, o senhor acredita que teria sido vitorioso?

Se eu tivesse mais controle sobre as ações do governo e se eu tivesse tido o tempo que o Luis Fernando teve, certamente o resultado teria sido diferente. O governo não me ajudou, pois tinha seus problemas, não por má vontade, mas por conta dos seus problemas. Eu não estou dizendo que o governo foi o culpado pela minha derrota. Mas se tivesse agido de forma diferente, o governo poderia ter me levado a vitória. Outro problema era a questão do tempo de governo, era antigo e mesmo assim não era ruim, mas o sentimento de mudança era muito grande.

Quais são seus planos para o futuro?

Cuidar da minha família. Agora quero nem pensar em política. Em 2016, tenho uma dívida de gratidão com alguns amigos e eu vou procurar ajuda-los. Eu penso organizar a minha vida, que está largada a muito tempo por conta do Senado e eu quero cuidar um pouco de mim. Já disse ao meu pai que nem quero ficar no Senado, quero voltar pra casa. Saio sem segundas palavras, saio como se tivesse tirado um fardo das minhas costas. Agora estou leve. Não sei qual tipo de perseguição vou sofrer. O que o governo adversário vai fazer comigo.

Edinho Lobão vota e afirma que confia em segundo turno

votoedinhoEdinho Lobão votou acompanhado da esposa, Paulinha. O candidato votou pouco depois das 9h e tentou passar confiança de que ainda poderia chegar a um segundo turno.

“Eu acredito que podemos chegar em um segundo turno.  As eleições que meu pai participou, as pesquisas diziam que ele perderia. E sempre ganhou”.

A governadora Roseana Sarney, que vota na mesma escola, não acompanhou o candidato governista.

A esta hora, Edinho já teve seu primeiro voto na vida

Edinho ganha seus primeiros votos na vida

Edinho ganha seus primeiros votos na vida

Com a eleição iniciada há cerca de meia hora, o candidato ao governo do Maranhão, Edinho Lobão (PMDB), já deve ter experimentado a sensação de ter seu número digitado na urna. o candidato concorre pela primeira vez como titular de um cargo eletivo.

O empresário que chegou ao cargo de Senador por ser suplente do próprio pai se tornou candidato ao governo por conta da desistência de Luís Fernando Silva.

Apesar de ganhar seus primeiros votos na vida, Edinho deverá sair da eleição menor do que entrou. Por ser candidato do grupo governista, deveria ter a histórica votação expressiva do Clã Sarney. O que, pelas pesquisas, não deverá acontecer.

Movimentação estranha no aeroporto de Paço do Lumiar

aeroporto (1)Ao longo deste sábado, a movimentação é intensa no aeroporto do município de Paço do Lumiar, arrendado pelo candidato ao governo do estado, Edinho Lobão. Helicópteros e aviões estão em movimentação intensa.

Um helicóptero da campanha do candidato a deputado federal Aluísio Mendes. O responsável pelo local falou que teriam R$ 10 milhões no aeroporto e, por isso, estaria com medo da circulação de jornalistas pela redondeza e chamou a polícia.

Cada vez é mais estranha a movimentação no aeroporto.

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