A falta de segurança da UFMA

Colocar a culpa nas vítimas ou no comportamento de convício dos estudantes é a forma mais fácil e covarde de fingir que o problema da Universidade Federal do Maranhão não é a gestão da segurança no local. Foram registrados dois casos de estupro na Universidade em menos de quatro dias. E existe uma corrente que insiste em criminalizar as festas que sempre existiram como convivência universitária sem nenhuma ocorrência.

O segundo caso de estupro ocorrido na parada de ônibus do Centro Pedagógico Paulo Freire derruba a tese de que o problema da UFMA é festa e álcool. O problema é falta de segurança mesmo!

Imaginar que acabar com calouradas vai acabar com a violência é uma tolice. A UFMA tem muitos cursos à noite e os estudantes estão a mercê de saídas em grupos menores ou sozinhos e o perigo é muito maior.

A reitora Nair Portela precisa tomar uma atitude urgente para garantir a segurança dos estudantes e não mascarar a vulnerabilidade da UFMA proibindo festas, por exemplo.

Nair é irmã do secretário estadual de Segurança, Jefferson Portela. Isso facilita a celebração de uma parceria para que a Polícia Militar esteja na universidade e medidas de proteção nos acessos laterais possam ser adotadas.

Roseana deixou escolas interditadas por não cumprirem Código de segurança

Do Jornal Pequeno

DSC_0793Dados levantados pela Secretaria de Estado da Educação mostram que mais de 1.000 escolas da Rede Estadual de Ensino não cumpriam o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Maranhão. Algumas chegaram a ser interditadas no ano passado pelo CREA e Corpo de Bombeiros. Mesmo as que foram parcialmente reformadas, não solucionaram o problema.

Fios soltos, desencapados, gambiarras elétricas, além de instalações elétricas inadequadas que resultaram vários casos de panes elétricas e incêndios. Além é claro da ausência de extintores de incêndio.

Estrutura de escola apresenta sério de desbamento

Estrutura de escola apresenta sério de desbamento

Atitude irresponsável do Governo que deveria ter zelado pela integridade dos mais de 300 mil alunos do Ensino Médio e Fundamental e os mais de 20 mil servidores públicos lotados nas escolas.

Descaso – Em 2013, quando o professor Josué Pinheiro Cunha assumiu a direção da Unidade Escolar Dr. Antonio Jorge Dino, no Bairro de Fátima tratou de entregar um relatório pessoalmente na Secretaria de Estado de Educação com os vários problemas estruturais, pedagógicos e administrativos que encontrou.

Entre eles, o Caixa Escolar inoperante e a falta de água, o que segundo ele deixou mais de 300 alunos sem merenda escolar durante todo o primeiro semestre daquele ano letivo.

Sistema elétrico deficitário fez lâmpada estourar

Sistema elétrico deficitário fez lâmpada estourar

No ano passado, Josué aflito com as precárias condições da escola que dirigia e mediante o risco de uma tragédia anunciada com um de seus alunos, na faixa de 7 a 15 anos, entregou a SEDUC um novo relatório.

Nele, infelizmente reiterava os mesmo problemas estruturais encontrados, além de outro muito grave: a escola havia sido interditada pelo CREA e pelo Corpo de Bombeiros.

Segundo o Laudo de Vistoria Técnica do Conselho de Engenharia e Agronomia e Conselho de Engenharia e Agronomia do Maranhão de 17 de julho de 2014, a UE Sálvio Dino foi interditada por problemas na cobertura, forros, instalações hidro-sanitárias, esquadrias, caixa d´água, cisterna, piso, drenagem pluvial e muro de fechamento. Além disso, instalações elétricas precárias com fios antigos e expostos e comandos elétricos danificados.

Já o Relatório de Vistoria do Corpo de Bombeiros Militar interditou a escola em 25 de julho de 2014 por falta de condições de segurança para funcionamento. Entre outras coisas, pela ausência de projeto de combate a incêndio e pânico, com base na Lei Estadual n.6.546, de 29 de dezembro de 1995.

Desde então, a combinação entre risco de incêndios e falta de equipamentos de segurança, como extintores e luminárias de emergência viraram uma bomba relógio dentro da escola que em 2014 já tinha mais de 700 alunos matriculados.

Josué relata que no ano passado as panes elétricas foram constantes, inclusive com queima de equipamentos elétricos e eletrônicos.

Infelizmente, a UE Sálvio Dino não está sozinha, já que segundo levantamento recente da SEDUC, pelo menos 91 escolas com condições precárias precisam de intervenções emergenciais, principalmente na parte elétrica.

Na U.I. João Paulo II, no bairro Turu, onde estudam cerca de 800 alunos do Ensino Fundamental e a Unidade Integrada Raimundo N. Ferro do Lago em Bacabal, laudos do Corpo de Bombeiros, também apontaram a interdição do prédio.

Para solucionar esses e outros problemas, uma reforma foi iniciada em junho do ano passado, os alunos transferidos para um prédio alugado e a obra que mesmo inacabada foi entregue pelo governo anterior não contou com um extintor de incêndio sequer.

A UI Barjonas Lobão no Jardim América, enfrentou um incêndio de grandes proporções ano passado por conta de problemas elétricos.

Em 2014, a manutenção das escolas precárias foi realizada apenas em algumas unidades da capital maranhense. Nas demais Unidades Regionais, houve licitação, mas sem contratação.

Insegurança no Maranhão atenta até exercício da liberdade de imprensa

Profissional querido no meio, Sérgio Fernandes ficou sob a mira de bandidos enquanto trabalhava.

Profissional querido no meio, Sérgio Fernandes ficou sob a mira de bandidos enquanto trabalhava.

A falta de segurança no está inclusive chegando ao exercício da profissão dos jornalistas e radialistas da capital. O site Maranhão da Gente trouxe à tona do debate do risco dos profissionais que estão nas ruas cobrindo os acontecimentos da capital diante da falta de segurança proporcionada pelo Estado.

O repórter Sergio Fernandes, da TV Cidade, emissora afiliada a Rede Record, sofreu um assalto quando estava em pleno exercício da profissão, o que deixou um clima de preocupação entre os profissionais da imprensa.

Nas redes sociais, a repercussão da notícia provocou comentários de inúmeros jornalistas. O site Maranhão da Gente divulgou que o repórter foi vitima de assalto e teve os pertences pessoais levados. Ele ficou sob a mira de uma arma.

Isto deve motivar manifestações por parte do sindicato dos jornalistas, afinal a garantia ao exercício da profissão é um direito constitucional. Nas redes sociais a preocupação dos jornalistas é de que fatos como este não se tornem frequência e os profissionais de imprensa passem a conviver com um risco maior de assaltos quando estiveram trabalhando.