PF faz Operação na Maranhão e mais cinco estados

policiafederalUOL – A Polícia Federal deflagrou mais uma operação nesta sexta-feira (26/02), em seis Estados e no Distrito Federal, onde cumpre 44 mandados de busca e apreensão e sete mandados de condução coercitiva.

O foco são contratos de construção de ferrovias e os indícios de irregularidades foram colhidos em acordos de delação premiada e de leniência firmados na operação Lava Jato.

A ação da PF, no entanto, não foi classificada como uma nova fase da investigação que corre em Curitiba e apura prejuízos causados por um cartel de empreiteiras contra a Petrobras e a Eletronuclear. Segundo investigadores, trata-se de um desdobramento da Lava Jato.

A operação recebeu o nome de “recebedor”.

Há ações na sede da Odebrecht do Rio de Janeiro, além das construtoras Serveng, Queiroz Galvão e Mendes Junior. As diligências ocorrem no DF,  São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Paraná e Maranhão.

Cartel em ferrovias

As buscas têm como objetivo recolher provas sobre possível pagamento de propinas para a construção das Ferrovias Norte e Sul e Integração Leste-Oeste. Há suspeita de formação de cartel e lavagem de dinheiro a partir de superfaturamento das obras.

A Operação surgiu a partir de acordo de leniência e delação premiada de um dos investigados na Lava Jato, que forneceu documentos. Depois disso, a PF colheu depoimentos de pessoas relacionadas ao caso. No ano passado, o presidente da Camargo Correa, Dalton Avancini, contou à força-tarefa que pagou propina de R$ 100 milhões na construção da Norte Sul – obra emblemática do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O primeiro desdobramento da Lava Jato ocorreu com a Operação Cratons, que investigou crimes ambientais e comércio ilegal de diamantes em terras indígenas em Roraima (RO) no fim do ano passado.

Sarney é citado em mensagens de executivos da Andrade Gutierrez

sarneyEm reportagem desta segunda-feira (22) da Folha de São Paulo, o ex-senador José Sarney (PMDB-AP) é citado na troca de mensagens sobre a articulação para a saída de Emília Ribeiro, conselheira da Anatel, que era contra uma tentativa de acerto da Oi para a compra da Brasil Telecom em 2012. Na época, a Oi tinha como uma de suas controladoras a empreiteira Andrade Gutierrez. As mensagens estão sendo investigadas na operação Lava Jato.

Os torpedos sobre a articulação para afastar a conselheira da Anatel foram encontrados no celular de Otávio Marques de Azevedo, entre setembro de 2012 e janeiro de 2013. Otávio Marques de Azevedo é o principal executivo da Andrade Gutierrez. Ele ficou preso por oito meses a partir das investigações da Lava Jato e está respondendo a acusações de crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.

Em uma das mensagens reveladas pela Folha de São Paulo, João de Deus Pinheiro Macedo, diretor de planejamento da Oi, avisa Azevedo que recebeu uma mensagem de “caipirinha” – que seria João Rezende, presidente da Anatel. “Aperte a blitz [contra a conselheira]. O ministro reclamou dela para o Renan [Calheiros]. E ficaram de conversar semana que vem junto com o Sarney. É importante desmobilizar ela (sic)”, dizia a mensagem de “caipirinha”.

Outra mensagem de João de Deus para Azevedo se refere a José Sarney como “Bigode” e a Emilia Ribeiro como “Bigoduda”. “Bigoduda procurou Bigode e (ilegível) sobre recondução. Bigode falou com as 2 mulheres. Alagoas designado para tratar”.

A reportagem da Folha afirmou que a Oi não quis comentar o teor das mensagens encontradas pela Lava Jato e que o advogado que cuida do caso de Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez, não enviou resposta. A reportagem também tentou falar com João de Deus Pinheiro Macedo, mas não obteve contato.

Do site Maranhão da Gente.

Delações que tiram o sono de Lobão começam nos próximos dias

lobaoLauro Jardim – Começam a ser tomados nos próximos dias em Brasília os depoimentos dos onze executivos da Andrade Gutierrez que fizeram acordo de delação premiada.

No máximo em 30 dias, estarão homologadas por Teori Zavascki. Em suas tratativas para a delação, no cardápio que fizeram sobre o que contariam, 121 nomes foram citados.

A delação dos executivos da Andrade Gutierrez acabou de vez com o sono do senadorEdison Lobão (foto) e do seu entorno.

Cerveró relata ‘ordem de Lobão’ para atender Banco BVA na Petros

Blog do Fausto Macedo – Estadão

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O ex-diretor da área Internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró, um dos delatores da Operação Lava Jato, afirmou que ‘entre 2009/2010’ houve uma ordem do então ministro de Minas e Energia Edison Lobão (PMDB-MA) para atender o Banco BVA na participação da Petros, fundos de pensão da Petrobrás. Segundo Cerveró, o dono do banco, José Augusto Ferreira dos Santos, é amigo de Lobão. O delator relatou que o negócio foi feito e, alguns anos depois, o banco faliu e a Petros perdeu o dinheiro investido.


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As declarações estão em um resumo entregue por Cerveró à Procuradoria, antes de o ex-diretor fechar acordo de delação premiada. Cerveró foi diretor da área Internacional da Petrobrás entre 2003 e 2008. Após ser exonerado do cargo, o executivo assumiu a diretoria financeira da BR Distribuidora.

“Nestor Cerveró, enquanto diretor Financeiro da BR Distribuidora tinha um assento no comitê de investimento, sendo que o restante era composto por um representante de cada empresa do Grupo de Petrobrás. Diante disso, Nestor Cerveró indicava para participar dessas reuniões seu gerente financeiro, especialista em investimentos, Fernando Mattos”, afirmou o ex-diretor no documento.

Delator: R$ 4 milhões em propina para José Sarney

O Antagonista

sarneyNo trecho em que fala da propina para Sérgio Guerra, o delator Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, menciona também um suposto repasse de R$ 4 milhões para José Sarney ou a alguém ligado a ele.

Youssef havia proposto a Ceará que fizesse o transporte do valor de carro até o Maranhão. O entregador disse ao MPF que recusou o serviço, mas perguntou ao doleiro quem seria o beneficiário. “Você acha que, no Maranhão, esse dinheiro é pra quem?”, respondeu Youssef, segundo o delator.

A dedução é óbvia.

Época: delação premiada envolve nome de Lobão

Da Revista Época

Em meio aos milhares de páginas de procedimentos da Operação Lava Jato acumulados no gabinete do ministro Teori Zavascki, no Supremo Tribunal Federal (STF), há um documento de 62 páginas, enviado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Seu conteúdo é grave. Um dos trechos versa sobre o envolvimento de políticos do PMDB em negócios suspeitos com empresas estatais. “Dessa forma, dentre os políticos do PMDB que obtiveram vantagens indevidas advindas da Eletronuclear e Petrobras, com o aprofundamento das investigações, é possível apontar o ex-ministro de Minas e Energia (e senador) Edison Lobão como um dos vários pontos comuns (ápice da pirâmide no âmbito do Ministério das Minas e Energia) que formam uma área de intersecção crescente das duas investigações em andamento que revelam, quando avaliadas em conjunto, uma única estrutura criminosa”, diz o texto (leia abaixo).

O senador Edison Lobão e um trecho da investigação (abaixo). Ele é considerado a ligação entre o petrolão e o eletrolão

ÉPOCA teve acesso exclusivo ao documento, no qual os procuradores do grupo de trabalho afirmam, portanto, que Edison Lobão, senador da República pelo PMDB do Maranhão, ex-ministro do governo Dilma Rousseff, é o personagem que unia o esquema de corrupção instalado na Petrobras e replicado na Eletronuclear, sob a regência de seu partido – e com as vantagens financeiras inerentes a isso. De acordo com a Procuradoria, não importava se era petróleo ou energia nuclear: se o assunto envolvia propina para o PMDB, era com Edison Lobão que se tratava.

Para chegar a essa conclusão, a Procuradoria baseou-se, entre outras provas, em trechos de depoimentos do representante da Camargo Corrêa Luiz Carlos Martins, dados sob um acordo de delação premiada – os trechos em que Martins cita pessoas investigadas no âmbito do Supremo ainda estão mantidos sob sigilo. Além de Martins, o dono da UTC, Ricardo Pessôa, outro delator do petrolão, já havia falado sobre o pagamento de R$ 1 milhão a Lobão em um esquema envolvendo contratos de Angra 3, como detalhou uma reportagem de ÉPOCA de setembro. Na ocasião, Pessôa disse que o valor era o adiantamento de uma propina maior, de R$ 30 milhões, pedida por Lobão no ano passado porque seu partido estava com pressa e precisava de “contribuições de campanha”.

No depoimento prestado em junho aos investigadores, Martins fala em dois valores que teriam sido repassados a Lobão: ele confirma o repasse de R$ 1 milhão, mas não sabe precisar se o total pago atingiu R$ 1,5 milhão. O delator relatou também ao menos duas reuniões das quais participou, para tratar do pagamento de propina a políticos. Martins diz que, em um desses encontros, Antônio Carlos Miranda, da UTC Engenharia, chamava a atenção dos presentes para um “assunto sensível”, que posteriormente é descrito como pagamento de propina a Lobão e a outros agentes públicos. Martins narra uma cena do encontro, na qual Miranda pediu que representantes de seis empreiteiras envolvidas no esquema dividissem com a UTC o pagamento de R$ 1 milhão que foi feito a Lobão para atender o PMDB.

 

Cunha coloca Roseana no fogo e irrita Sarney

Sarney se queixa de Cunha querer puxar peemedebistas para centro da Lava-JatoAs declarações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, sobre uma suposta demora em processos da Lava-Jato que não o seu têm irritado não só deputados e senadores que tentam se desviar dos holofotes.

Uma das figuras que tem reclamado desse “abraço de afogado” é o ex-presidente José Sarney.

Com a filha, Roseana, sendo investigada no esquema, o cacique aposentado acredita que a estratégia só afasta Cunha de os setores mais tradicionais do PMDB.

Da Coluna Radar Online, da Revista Veja.

Em liberdade, João Abreu terá que usar tornozeleira eletrônica

joaoabreuO desembargador, José Luiz Almeida, relator do pedido de habeas corpus do ex-secretário chefe da Casa Civil, João Abreu, decidiu que o acusado de receber propina a mando da ex-governadora Roseana Sarney ficará em liberdade, mas terá que usar tornozeleira eletrônica e não manter contato com os outros investigados da Lava Jato. entre eles, Roseana Sarney. Caso Abreu descumpra uma das determinação judiciais, será preso imediatamente.

O desembargador alegou que não seriam necessárias as informações antes solicitadas por Aníldes Cruz. Para José Luiz, a inicial é suficiente para decisão, tendo em vista a urgência do pedido. O magistrado se basou na reforma da Lei nº 12.403/11, que determinou que a prisão preventiva deve ser efetuada apenas quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar.

Assim determinou as seguintes medidas contra João Abreu:

I – comparecimento mensal em juízo, para informar e justificar atividades, com proibição de mudar de endereço e de se ausentar da comarca sem prévia autorização judicial;
II – proibição de manter contato com os demais investigados, indiciados e réus na operação “Lava-jato”, por qualquer meio;
III – proibição de deixar o país, devendo entregar seu passaporte em juízo, em até 48 horas;
IV – proibição de ocupar cargo público em todo o território nacional, na estrutura dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, em âmbito Federal, Estadual e municipal; e
V – monitoração por meio da utilização de tornozeleira eletrônica, para viabilizar a fiscalização do cumprimento das medidas ora impostas, de forma mais fidedigna.

Fim da impunidade: veja o momento da prisão de João Abreu

 

A prisão de João Abreu, ex-chefe da Casa Civil do governo Roseana, foi bem diferente da forma como o grupo Sarney sempre utilizou de prisões forçadas para expor seus adversário políticos.

No vídeo, pode-se observar como foi tranquila a prisão de João Abreu que se entregou à Polícia e foi conduzido com respeito e dignidade. Ele deixou o avião direto para a viatura da polícia.

Agora, para os aliados do Clã, é difícil admitir o fim da Era da impunidade para afilhados de Sarney. Por isso, a estranheza do início de um tempo de punições para os maus feitos com o dinheiro do povo do Maranhão tem causado estranheza a eles. Ou fingem estranhar…

Lobão na lista dos senadores com pendências criminais

lobAOO site Congresso em Foco revelou que 40% dos Senadores do país respondem  a inquéritos ou ações penais no Supremo Tribunal Federal. As suspeitas vão de crimes de corrupção, contra a Lei de Licitações e eleitorais até delitos de menor gravidade, como os chamados crimes de opinião. E o Maranhão tem representante na lista suja. Edison Lobão (PMDB-MA) aparece ao lado de Renan Calheiros (PMDB-AL), Fernando Collor (PTB-AL) e outros figurões na esfera criminal.

Atual presidente da Comissão de Assuntos Sociais do Senado, o ex-ministro de Minas e Energia é investigado nos inquéritos 3986, 3977 e 3989, todos da Lava Jato. O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou que mandou entregar R$ 2 milhões à ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney para campanha de 2010, a pedido de Lobão. De acordo com o ex-diretor, o dinheiro foi entregue pelo doleiro Youssef.

Segundo a defesa do senador, a acusação, feita por Paulo Roberto, foi posteriormente desmentida por Youssef. “Não se pode abrir uma investigação contraditada,” disse a defesa.