Sarney Filho não se manifesta sobre o fim do ministério do Meio Ambiente

O futuro ministro da Casa Civil, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), informou ontem que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) irá mesmo fundir os ministérios da Agricultura e Meio Ambiente. Na prática, o Ministério do Meio ambiente some subjugado aos interesses do agronegócio.

Uma das maiores defensoras da causa ambiental, a candidata a presidência derrotada, Marina Silva, fez duras críticas à medida. Marina afirmou que é um retrocesso incalculável e que o próprio agronegócio será prejudicado pois passará aos consumidores internacionais a ideia de que o setor sobrevive apenas em função do desmatamento das florestas.

Enquanto isto, o deputado federal Sarney Filho, que ocupava o cargo de ministro o Meio Ambiente até abril e sempre teve a pauta ambiental como sua bandeira não se manifestou.

Ativo nas redes sociais durante a campanha eleitoral quando concorreu ao cargo de senador, Sarney Filho fez poucas postagens após as eleições. Apenas uma para agradecer os votos e uma para comemorar que o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses concorre a Sitio do Patrimônio Natural da Humanidade.

No dia 22 de outubro, Zequinha assinou artigo junto com outros ex-ministros de Meio Ambiente publicado na Folha de São Paulo no qual solicitavam que o ministério permanecesse e o que Brasil continuasse no Acordo de Paris, mantendo os esforços a favor de uma economia de baixo carbono e no combate ao desmatamento ilegal.

Porém, ainda não fez nenhuma manifestação sobre a medida de Bolsonaro contra estas premissas.

A família Sarney apoiou Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais e segue de olho em espaços de poder no novo governo.

Janot revela que nomeação de Sarney Filho faz parte do plano para acabar com a Lava Jato

sarneyfilhoO procurador Geral da República, Rodrigo Janot, apontou uma grave acusação contra ex-presidente José Sarney e o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho. Segundo Janot, no pedido de prisão encaminhado ao ministro Teori Zavascki, quando ele relata a “solução Michel”, que seria a posse de Michel Temer como presidente da República para “solucionar” a Operação Lava Jato.

Segundo apurou Janot dos áudios gravados entre Sérgio Machado, José Sarney, Romero Jucá e Renan Calheiros, parte da “solução Michel”.

“ROMERO JUCÁ também explicita em uma das suas conversas com Sérgio Machado que na solução via MICHEL TEMER haveria espaço para uma ampla negociação prévia em torno do novo governo, vejamos:

[…]

Pode-se inferir destes áudios que certamente fez parte dessa negociação a nomeação de ROMERO JUCÁ para pasta do Ministério do Planejamento, além da nomeação do filho de JOSÉ SARNEY, para o Ministério do Meio Ambiente, e de Fabiano Silveira, ligado a RENAN CALHEIROS, para o Ministério que substituiu a Controladoria-Geral da União, além dos cargos já mencionados para o PSDB”, afirmou Janot.

Com esta base de apoio político, a organização criminosa (segundo o procurador geral da República), iria aprovar medidas no Congresso Nacional para barrar a Lava Jato. Entre elas, proibir acordos de colaboração premiada com investigados ou réus presos; proibir execução provisória da sentença penal condenatória mesmo após rejeição dos recursos defensivos ordinários, o que redunda em reverter pela via legislativa o recente julgado do STF que consolidou esse entendimento, e a alteração do regramento dos acordos de leniência.

Época: Sarney Filho definido como Ministro do Meio Ambiente de Temer

sarneyfilhoÉpoca – O vice-presidente Michel Temer definiu seu ministro do Meio Ambiente, caso o Senado confirme o afastamento, nesta semana, da presidente Dilma Rousseff do cargo. Em conversa por telefone anteontem com o deputado federal Sarney Filho, líder do PV na Câmara, ele praticamente fechou a indicação do parlamentar para o posto.

O deputado, filho do ex-presidente José Sarney, já havia conversado com Temer sobre o tema, no final de abril, conforme mostrou a EXPRESSO.

Processo no Maranhão e Lava Jato tiraram ministério de Roseana

roseanamichelA principal herdeira política de José Sarney pode ficar na chuva um pleno governo do PMDB. É a terceira vez que o PMDB vai governar o Brasil, em nenhuma delas, por votação direta. Na década de 80, Sarney chegou ao Palácio do Planalto obra do destino que levou Tancredo Neves. Em 1992, o impeachment tirou Collor e colocou Itamar (PMDB) na Presidência.

Nas duas ocasiões, a família Sarney contou com destaque de ponta em Brasília. Roseana, que chegou a ser para alguns a musa do impeachment de Collor – talvez pensasse reeditar isso agora apoiando a cassação de Dilma -, pode ficar sem uma boquinha no governo Temer.

A causa é a ação na Justiça maranhense em que Roseana é acusada de desviar R$ 1,95 bilhão da área da saúde para abastecer sua campanha e a de seu seu partido. O dinheiro teria sido desviado na construção de 64 hospitais do programa Saúde é Vida, “com a finalidade de enriquecimento às custas das verbas da saúde pública, bem como financiamento de campanhas eleitorais, quais sejam, as campanhas da ex-governadora e do ex-secretário de saúde Ricardo Murad”.

A Justiça do Maranhão acatou a denúncia na semana passada. Era a gota que faltava para Temer tirar uma indesejada pretendente da lista de ministeriáveis. O Clã ainda busca emplacar Sarney Filho (PV), cotado para o Ministério do Meio Ambiente.

Sarney quer Roseana como ministra de um eventual governo Temer

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Blog Marrapá – No que depender de José Sarney (PMDB), a filha Roseana Sarney (PMDB) será ministra de um eventual governo Michel Temer (PMDB).

Nos bastidores de Brasília, peemedebistas mais empolgados como os ex-deputados Chiquinho Escórcio e Sétimo Waquim até arriscam quais pastas a ex-governadora poderá comandar: Infraestrutura ou Integração Nacional.

Presidente de “honra” do PMDB, o “ingrato” Sarney é um dos mais empenhados em “impeachmar” Dilma Rousseff (PT) e varrer o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) da política.

Com Temer no Palácio do Planalto, Sarney planeja boicotar o governo Flávio Dino (PCdoB) da mesma forma como sabotou a gestão do finado Jackson Lago (com o apoio de Lula e do PT, diga-se de passagem), vislumbrando o retorno do seu grupo político ao poder já em 2018.

Dilma reduz o próprio salário, corta 3 mil cargos e acaba com 8 ministérios

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Informações de Agência Brasil e UOL

Diante das crises política e fiscal vigentes, Dilma Rousseff (PT) anunciou nesta sexta-feira (2) a reforma ministerial. A presidente confirmou o corte de oito pastas e anunciou a redução de 10% no seu próprio salário, além do salário do vice-presidente Michel Temer e dos ministros.

A reforma ampliou o espaço do PMDB, de seis para sete ministérios, e contemplou ainda o PDT com o Ministério das Comunicações.

Foram cortadas dez pastas e criadas outras duas, a partir da fusão de pastas e secretarias com status de ministério. Assim, o Brasil terá agora 31 pastas com status de ministério. Antes eram 39.

A redução de ministérios sinaliza o esforço do governo em reduzir gastos, embora especialistas apontem que a economia conseguida não será significativa. O cálculo do governo é que a reestruturação das pastas vai gerar uma economia de R$ 200 milhões por ano. O ajuste proposto para 2016 envolve um esforço fiscal de R$ 64,9 bilhões, entre corte de gastos e aumento de arrecadação. Ontem, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou que o principal impacto da reforma será a melhoria da gestão.

“O Estado brasileiro, em especial o Executivo, deve estar preparado para assumir uma dupla função. De um lado, ser o parceiro da iniciativa privada. E de outro assegurar igualdade de oportunidades a todos os cidadãos e cidadãs brasileiros. Por isso, melhorar a gestão pública federal é um desafio constante”, disse Dilma ao anunciar as mudanças.

“A fusão de alguns ministérios tem um objetivo claro: fortalecer e dar maior eficiência e maior foco às políticas públicas”, declarou.

Confira a seguir o que mudou:

MINISTÉRIOS

— Ministérios da Previdência Social será fundido ao Ministério do Trabalho

— Ministério da Pesca e Aquicultura será extinto e absorvido pela Agricultura

— Secretaria de Política para as Mulheres, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e Secretaria de Direitos Humanos foram extintas e fundidas para criar o Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos

— Secretaria Geral da Presidência e a Secretaria de Relações Institucionais: fundidas na Secretaria de Governo

— Gabinete de Segurança Institucional, responsável pela segurança da presidente, perderá o status de ministério e será transformado em gabinete militar

— Secretaria de Assuntos Estratégicos foi extinta. Ela era comandada pelo ministro Mangabeira Unger e formulou o programa Pátria Educadora, mote da atual gestão

— Secretaria da Micro e Pequena Empresa será absorvida pela Secretaria de Governo

MEDIDAS DE REDUÇÃO

— Criação da comissão permanente de reforma do Estado

— Corte de 30 secretarias nacionais em ministérios

— Redução em 20% com gastos de custeio e contratação de serviços

— Limite de gastos com telefone, passagens e diária

— Metas de eficiência no uso de energia elétrica e água

— Corte de 10% na remuneração dos ministros

— Revisão de todos os contratos de aluguel, segurança e administrativos

— Venda de imóveis da União não utilizados para políticas públicas

— Corte de 3.000 cargos em comissão

MUDANÇAS DE COMANDO

— Ministério da Saúde: sai Arthur Chioro (PT-SP), entra o deputado federal Marcelo Castro (PMBD-PI)

— Ministério da Ciência e Tecnologia: sai Aldo Rebelo (PC do B-SP) e entra o deputado federal Celso Pansera (PMDB-RJ)

–Secretaria de Portos: sai Edinho Araújo (PMDB-SP) e entra Helder Barbalho (PMDB-PA). Barbalho era titular da Pesca, que será extinta

— Ministério da Defesa: sai Jaques Wagner (PT-BA) e entra Aldo Rebelo (PCdoB-SP)

— Ministério da Educação: sai Renato Janine e entra Aloizio Mercadante (PT-SP), atualmente na Casa Civil

Lobão também vai entregar o cargo à presidente Dilma

O Globo

edisonlobaoBRASÍLIA – O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também entregará uma carta de demissão à presidente Dilma Rousseff nos próximos dias, como alguns colegas. Aliados da presidente veem a saída de Lobão do ministério como certa.

— Não entreguei ainda, vou entregá-la, até porque é uma recomendação para todos fazerem. Não entreguei ainda. Entregarei amanhã, ou na segunda-feira, ou terça — disse Lobão ao GLOBO nesta quinta-feira.

Em discurso a agentes do setor elétrico em Brasília, Lobão disse ter orgulho do corpo técnico e das instituições integrantes do ministério, do qual está à frente, de maneira intermitente, há seis anos.

— Eu, amanhã, posso sair daqui, outro virá, outro pode sair, e o sistema prosseguirá, porque está estruturado em bases realistas e responsáveis — disse ele no evento de lançamento do Plano Nacional de Energia 2050, que visa a expansão do setor até aquele ano.

Em tom de despedida, Lobão ressaltou que, a despeito de visões pessimistas e da situação hidrológica de poucas chuvas, não houve racionamento de energia elétrica em 2014.

Ele disse ainda que sentia como uma “agressão” as críticas de que não havia planejamento no setor elétrico, uma vez que o governo estava apresentando um plano para daqui a 36 anos.

— Temos aperfeiçoado esse modelo (energético). Oxalá os próximos também o façam — disse Lobão.

Lobão sai de cena do Ministério de Minas e Energia

lobao

Júlia Borba, de Brasília

Folha de São Paulo

O Ministério de Minas e Energia está praticamente sem comando. Nos últimos dois meses, o titular da pasta, Edison Lobão, tem ocupado seu posto apenas ocasionalmente, mas sem assumir compromissos públicos.

Durante sua ausência, cada vez mais comum, quem o representa na maioria dos eventos é o secretário-executivo Márcio Zimmermann.

Esse arranjo tem vigorado desde o início de setembro, quando Lobão foi citado na denúncia do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como um dos beneficiados por esquema de desvio de recursos da empresa.

Desde então, Lobão saiu de férias quatro vezes, sempre por períodos curtos, de três a cinco dias. Compromissos de trabalho em sua agenda oficial foram apenas cinco.

Quatro deles mencionavam sua participação em reuniões -uma delas nem sequer foi presencial. O quinto compromisso foi uma visita a empresas de energia no Maranhão, sua terra natal.

Fora essas situações, Lobão teve apenas “despachos internos” no período. Em uma sexta-feira de setembro (19), sua ausência de Brasília foi justificada por “compromissos familiares”.

A saída de Lobão do ministério é dada como certa. Segundo a Folha apurou, a tendência é que ele seja substituído em janeiro. O nome do novo ministro ainda está em discussão no governo.

Enquanto isso, agentes do setor elétrico, como empresários, associações e especialistas, acumulam pendências para tratar com a pasta. As questões em aberto se espalham por todos os segmentos e incluem de indenizações às empresas de transmissão à falta de regras para renovação dos contratos de concessão das distribuidoras.

Até mesmo a presença do ministro em eventos do setor se tornou rara. No último mês, o ministério convocou a imprensa para explicar o esquema de segurança que seria montado para garantir abastecimento nas eleições. Mas o ministro, segundo assessores, estava em viagem.

Anteontem, quando o governo elevou o risco de desabastecimento de energia nas regiões Sudeste/Centro-Oeste para 2015, Lobão também se negou a dar explicações.

O ministério afirma que “como todo servidor público, o ministro tem direito a férias anuais de 30 dias e que sua opção foi por tirá-las no segundo semestre” para poder dedicar-se à campanha eleitoral de seu filho, o senador Lobão Filho, candidato ao governo do Maranhão.

O ministério afirma ainda que é “uma ilação equivocada” relacionar as férias do ministro com a menção de seu nome “ao lado de dezenas de outros em reportagem sobre denúncias envolvendo a Petrobras, sem que nada de concreto tenha sido contra ele apresentado”.

Lobão já admite que está fora do ministério a partir de 2015

edisonlobaoEdison Lobão não tem a menor dúvida de onde despachará a partir de 2015: do seu gabinete no Senado. Aos mais próximos, assume que não integrará o ministério do segundo governo Dilma. Voltará ao Senado, onde tem mais quatro anos de mandato pela frente.

Por Lauro Jardim