TJ acaba com Órgão que restringia decisões do Pleno a 15 desembargadores

tjDurou menos de dois anos o tal Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Maranhão. O Órgão era, na prática, uma redução do número de desembargadores que participavam da sessão do pleno para tomar as decisões – em nome do Pleno – na Justiça do Estado. Ou seja, dos 25 magistrados, apenas 15 eram convidados para a festa. E claro, desagrado para quem ficava de fora.

Quando o Órgão foi criado em novembro de 2013, a desculpa é que ele agilizaria os julgamentos. Mas os 10 que ficavam de fora não estavam gostando da perda de espaço. A proposta de extinção foi feita por um grupo de desembargadores e aclamada na sessão, sob os argumentos de garantir a participação de todos nas decisões administrativas e jurisdicionais de interesse da sociedade e “do próprio Tribunal de Justiça”.

O Projeto de Lei segue para apreciação da Assembleia Legislativa e posterior sanção do governador. Até lá, as sessões do “Pleno” continuam com apenas 15 desembargadores.

Apenas 15 desembargadores tomarão as decisões pelo pleno do TJMA

Cleonice Freire estreou na presidência do TJ comandando a formação do Pleno reduzido

Cleonice Freire estreou na presidência do TJ comandando a formação do Pleno reduzido

As decisões do Pleno do Tribunal de Justiça do Maranhão agora serão tomadas por um grupo reduzido de desembargadores. O judiciário maranhense criou o Órgão especial para julgamentos de processos do segundo grau com 15 membros titulares e seis suplentes. Assim, as decisões do pleno agora ficarão apenas nas mãos de 15 dos 27 desembargadores do TJMA. O novo modelo começa a funcionar a partir da próxima sessão do Pleno dia 29 de janeiro. Uma decisão para agilizar o trâmite, mas que também restringe a discussão das matérias a um pequeno grupo de favorecidos.

Há algum tempo, alguns desembargadores já vinham defendendo a ideia de reduzir a composição de tomada de decisões do Pleno. A composição completa dos 27 desembargadores só deverá se reunir agora para eleição de membros da mesa diretora do Tribunal, diretoria da escola da magistratura, do próprio Órgão Especial, de desembargadores, de juízes e do TRE; de Ação Direta de inconstitucionalidade e outras especificidades.

Ontem, mesmo foram eleitos os membros que farão parte da composição atual. Na suplência ficaram os desembargadores e pelos suplentes eleitos, desembargadores Paulo Velten, José Bernardo Rodrigues, Marcelino Ewerton, Raimundo Melo, Graças Duarte e José Luiz Oliveira. Com isso, todos os processos que deverão ser apreciados pelo Pleno, serão redistribuídos para os desembargadores que compõem o Órgão especial.

Na abertura dos trabalhos em 2014, os desembargadores apenas formaram o órgão especial. A sessão jurisdicional de ontem foi adiada para o dia 5 de fevereiro, já que na próxima quarta é dia de sessão administrativa. Cleonice Freire preferiu o adiamento pela demora já na formação do Órgão especial.

Os escolhidos para tomar as decisões do Pleno:

Cleonice Freire (presidente)

Anildes Cruz (vice-presidente)

Nelma Sarney (corregedora geral da Justiça)

Titulares por antiguidade

Antonio Bayma

Jorge Rachid

Jamil Gedeon

Guerreiro Júnior

Cleones Cunha

Benedito Belo

Titulares eleitos

Joaquim Figueiredo

Kleber Carvalho

Raimundo Barros

Ângela Salazar

Lourival Serejo

Ricardo Duailibe