New York Times destaca queda de Sarney como marco para mudança política no Brasil

Publicação do New York Times

Publicação do New York Times

A derrota do Clã Sarney foi destaque no mais importante jornal do mundo: New  York Times. A publicação do periódico fala da queda da dinastia como um marco para a mudança política do Brasil.

A publicação trata Sarney como “chefe da dinastia política que mantive o domínio sobre o Maranhão para cinco décadas”, com destaque para a idolatria da imagem de Sarney no Convento das Mercês, tratando ainda da vasta representatividade do sobrenome em São Luís: maternidade Marly Sarney, Ponte José Sarney e Fórum desembargador Sarney Costa.

Mas segundo o NYT, “toda a celebração visível do Sr. Sarney agora está em nítido contraste com a forma como o patriarca de 84 anos e sua prole são amplamente percebidos tanto no Maranhão (um dos estados mais pobres do Brasil) quanto no resto do Brasil”. É a abertura de um caminho de grande mudança política para a Nação.

Retrospectiva 2014: janeiro e fevereiro

retro

O Blog inicia hoje a Retrospectiva 2014 com uma síntese do que de mais importante ocorreu na política do Maranhão e em alguns assuntos gerais de maior relevância. Nos próximos seis dias, haverá posts retratando os acontecimentos de dois em dois meses. Confira:

Janeiro

roseanaarnaldoluisfernandoO ano começou com clima quente pela possibilidade de Roseana Sarney deixar o governo do Maranhão para se candidatara a Senadora. A disputa entre Arnaldo Melo e Luís Fernando Silva pelo mandato de governador a partir de abril começava a causar rusgas dentro do grupo Sarney.

anaA crise no sistema penitenciário do Maranhão com as primeiras mortes dentro de Pedrinhas logo no início do ano. A crise começou a aumentar até sair do controle e tomar conta das ruas com a guerra das facções. O estopim da crise foi a morte da menina Ana Clara, queimada em um ataque de facção a um ônibus em São Luís no dia 6 de janeiro. O Maranhão entrou no foco da imprensa nacional.

roseanacardozoNo dia seguinte, a governadora fez o pronunciamento conhecido como “estou revoltada”. Mas o clima de pânico continuou com paralisação do transporte público e decapitações no presídio. Em meio ao caos, Roseana Sarney promoveu a licitação para 80kg de lagosta, depois de descoberta pela imprensa, cancelada.

Movimentos sociais protestaram pedindo paz e a saída de Roseana. Entidades solicitaram a intervenção federal no Maranhão. Um grupo de advogados pediu o impeachment da peemedebista. Arnaldo Melo arquivou o pedido.

edinhoEm meio a crise, eis que surge Edinho Lobão dizendo que Pedrinhas deveria ser implodida. Foi montada uma Comissão Estratégica que muito prometeu e pouquíssimo fez.

No âmbito municipal, a vereadora Bárbara Soeiro (PMN) foi absolvida de um processo de cassação. A vereadora Helena Duailibe deixou o parlamento para assumir a secretaria municipal de Saúde. A prefeitura, se destacou pelas obras de canais na cidade no início do ano.

Fevereiro

FlavioDinoO pré-candidato ao governo do Maranhão, Flávio Dino, retomou o movimento Diálogos pelo Maranhão no final de janeiro em Codó. Em Urbano Santos e Coelho Neto, a receptividade também foi calorosa dos movimentos sociais.

A governadora Roseana pressionava desde o início do mês para que os seus secretários que seriam candidatos nas eleições de outubro adiantassem a desincompatibilização e entregassem os cargos. Ninguém deu bola e os secretários-candidatos aproveitaram o cargo até o limite.

assembleiaA Assembleia Legislativa, agitada pela possibilidade de eleição indireta para governador, reformulou os blocos da casa com a divisão de Blocos governistas que queriam ter mais líderes e mais vozes para as discussões com a Casa e o Palácio dos Leões.

Como era esperado, Raimundo Monteiro foi oficializado presidente estadual do PT pela Executiva nacional com o aval do então vice-governador Washington Oliveira. A eleição realizada em 2013 estava sendo questionada pela chapa de Henrique Souza.

Nas primeiras pesquisas para o governo do estado naquela época em São Luís, Flávio Dino e Roberto Rocha já lideravam para o governo e o senado respectivamente.

pmprotestoPoliciais Militares e Bombeiros reduziram as atividades em operação Tartaruga e fizeram protesto em frente ao Palácio dos Leões. Os militares pediam reajuste de 18%.

Arnaldo Melo reforçou a arregimentação de um grupo de deputados para “bater o pé” e não abrir mão de ser governador tampão. A oposição naturalmente já o apoiava de graça para não ter Luís Fernando eleito.

 

PMDB discute herança de espaços políticos deixados com a saída de Sarney

De O Globo

sarneyBRASÍLIA – O ano legislativo sequer terminou, e a bancada do PMDB no Senado já discute a herança dos espaços políticos que na última década foram ocupados por indicados do senador José Sarney (PMDB-AP). A lista de cargos é encabeçada pelo setor elétrico, com o Ministério de Minas e Energia, suas ramificações e diretorias da Eletrobras e subsidiárias. Mas a influência do ex-presidente da República se estende por áreas as mais diversas, como Saúde, com diretorias na Funasa no plano nacional e estadual; e Transportes, com cargos em superintendências regionais.

Pela capilaridade do universo de seu domínio, aliados de Sarney apostam que suas digitais devem permanecer vivas por muito tempo na esfera pública. Mas, apesar de rumores de que Sarney deseja indicar sua filha, a governadora do MA, Roseana Sarney, para um ministério do governo Dilma como forma de dar continuidade ao seu espólio na máquina federal, caciques peemedebistas veem como remota a possibilidade de o clã se manter no poder formalmente a partir do próximo ano.

Os motivos são vários. O primeiro, e mais óbvio, é a aposentadoria de Sarney, que decidiu não disputar mais eleições e, a partir de 2015, ficará sem mandato. O vice-presidente da República, Michel Temer, fez gestos ao aliado em encontros recentes, chamando Sarney a continuar participando das reuniões, almoços e jantares da cúpula do partido, mas senadores do PMDB apostam que a presença do ex-presidente será menos efetiva e mais “honorária”, e que sua atuação deverá funcionar nos moldes de uma consultoria informal para a legenda.

A segunda razão para o afastamento do senador do poder nacional é a derrota nas urnas de todo o grupo ligado a Sarney no Maranhão. No governo do estado, Lobão Filho (PMDB) perdeu a disputa para o adversário Flávio Dino (PCdoB); na eleição para o Senado, os sarneysistas também foram derrotados, com Gastão Vieira (PMDB) perdendo a vaga para Roberto Rocha (PSB).

No plano federal, a queda de um dos principais representantes dos interesses de Sarney no governo, o ministro Edison Lobão (PMDB), de Minas e Energia, é dada como certa. Lobão é um dos políticos citados na delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa como um dos políticos envolvidos no esquema de corrupção na estatal. O ministro já sinalizou a interlocutores que deverá deixar a cadeira e reassumir seu mandato no Senado. O nome para substituí-lo não foi definido, e o PMDB teme que a pasta não permaneça com o partido.

— Sem Lobão, Sarney perde muito da influência no governo. Sarney vai continuar sendo ouvido no partido, mas sabe que política tem hora para entrar e para sair. Vai escrever o livro dele e cuidar da saúde — diz um peemedebista próximo a Sarney.

Lobão como principal representante?

Mesmo fora do ministério, a tendência é que Edison Lobão siga sendo o principal representante dos interesses da família Sarney em Brasília, a partir de 2015 no Senado. Existe a expectativa de que, mesmo enfraquecido, ele dispute as indicações para os cargos que pertenciam a afilhados do ex-presidente. Sua influência dependerá do tamanho do estrago que poderá causar o conteúdo da delação premiada sobre os escândalos na Petrobras, que pode chegar às mãos dos parlamentares em breve.

Isso porque os herdeiros familiares de Sarney, os filhos Roseana e o deputado Sarney Filho (PV-MA), podem não ter condições de dar continuidade ao trabalho do pai na política. Sarney Filho é visto pelos mais próximos como herdeiro de sangue, mas não de projetos. E políticos que participaram do encontro da cúpula peemedebista semana passada contam que Roseana — preparada por Sarney para sucedê-lo politicamente —, depois de desistir de disputar qualquer cargo nesta eleição, tem demonstrado pouca disposição para pleitear uma vaga no governo Dilma.

— Todo sinal que Roseana dá é de que quer ficar fora da política. Pode não ser algo definitivo, porque política está no sangue — conta um cacique do PMDB.

Voto em Aécio

Integrantes do setor elétrico lembram que Sarney foi sendo desidratado desde que Dilma Rousseff assumiu seu 1º mandato. Feudos desde o início do governo Lula ocupados por indicados do senador do Amapá, como a presidência da Eletrobras e a da Eletronorte, foram aos poucos mudando de mãos desde que Dilma assumiu. Mas cargos estratégicos pelo fluxo de verbas, como diretorias de consórcios de usinas hidrelétricas como Belo Monte, devem permanecer com aliados de Sarney, sob o pretexto de manter a continuidade de suas obras.

Outro episódio mais recente que conta contra a perpetuação da influência de Sarney no governo é o fato de ter votado em Aécio Neves nestas eleições. O senador foi flagrado por uma rede de TV de Macapá no momento em que digitava o número 45 na urna eletrônica. Apesar de não confirmar a escolha, aliados contam que o gesto deve contar negativamente nas pretensões de Sarney de manter sua esfera de poder no governo Dilma.

— Ele votou no Aécio e vai querer continuar participando do governo? — brinca um peemedebista.

Roseana diz que não aceitará cargo no governo Dilma em 2015

roseanasarney“Não aceitarei nenhum cargo federal nesse primeiro ano. Tenho um compromisso com a minha família e também quero descansar um pouco, ver minha saúde, enfim… Mas não vou deixar, claro. Quem é político não vai deixar de ser político”, disse a governadora Roseana Sarney durante a visita a Imperatriz.

Roseana falou que continua fazendo política, esteve em Brasília, visitou Michel Temer e Renan Calheiros e que “continuará ajudando o Brasil”.

A antecipação de Roseana em afirmar que não aceitará nenhum cargo pode ser lida já como uma resposta de sua reunião com os caciques do PMDB, que previram a pouca possibilidade de Roseana assumir algum ministério, principalmente após seu grupo ser derrotado no Maranhão e o senador José Sarney ser flagrado votando em Aécio Neves (PSDB).

Mas o tom da entrevista da governadora também demonstra a certeza da continuidade do Clã e de Roseana na política maranhense.

Votação expressiva de Bira mostra que ainda é possível vitória pelo voto de opinião

birasanta inesEsta eleição do Maranhão foi marcante por vários. A derrota do Clã Sarney findou 50 anos de um grupo que deixou o estado nas últimas posições do Índice de Desenvolvimento Humano. Mas também é possível depreender desta eleição com vitórias de gigantes financeiros, um fio de esperança na política com voto de opinião.

O deputado estadual Bira do Pindaré (PSB) foi o segundo mais votado dos deputados aliados de Flávio Dino. Bira, com uma estrutura muito menor do que muitos marajás da política, teve impressionantes 38.829 votos. São votos de opinião, de quem realmente acredita na política feita por bons políticos. O parlamentar foi reeleito deputado estadual sendo o 19º melhor classificado no quadro geral de candidatos.

Bira ressaltou a dificuldade de se fazer uma campanha vencendo as perseguições da oligarquia e os problemas partidários. O socialista também destacou a simplicidade de sua campanha, uma campanha limpa, caminhado pelas ruas das cidades do Maranhão e dos bairros de São Luís.

Cabo Campos

Líder em movimentos de policiais, Cabo Campos é eleito deputado

Líder em movimentos de policiais, Cabo Campos é eleito deputado

Outro deputado eleito que contrariou todos os prognósticos foi Cabo Campos (PP). Absolutamente ignorado nas listas de todos os analistas políticos, o carisma do ex-candidato a vice-prefeito de São Luís, cativou parcela significativa do eleito, principalmente na classe policial, que ele defendeu em vários movimentos.

Mais um exemplo de que a política com voto de opinião dá resultado.

Flávio Dino promete que Maranhão sairá dos últimos índices do IDH

flaviocoletivaO governador eleito, Flávio Dino (PCdoB) concedeu entrevista coletiva na noite deste domingo (5) após a confirmação de sua vitória no primeiro turno no Maranhão. Flávio enalteceu o fim de um ciclo na Maranhão com a derrota do Clã e prometeu que os péssimos índices do estado serão revertidos.

“Vamos fazer um pacote especial de providências para as cidades com os menores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano). Quando eu terminar o governo não vai haver nenhuma cidade do Maranhão nesse ranking vexatório. Para nós, o IDH não é uma ficção, mas um desafio”.

Flávio se emocionou ao lembrar de seu filho, Marcelo, falecido em 2012. “Eu fico muito feliz ao abraçar todos. Foram muitos abraços. Mas falta um abraço. Quando eu abraço cada criança no Maranhão, é como se eu estivesse o abraçando”, disse às lágrimas.

 

Eleição de Roberto Rocha é a garantia de Flávio Dino ter voz no Senado

Do Blog da Silvia Tereza

robertorochaflavioNo pleito que ocorre no próximo dia 5 de outubro, o cidadão escolherá, dentre os vários cargos, os senadores que representarão o país no Congresso Nacional. No Maranhão, com o intuito de mudar a política que é exercida há décadas pelo mesmo grupo, foi formada a coligação “Todos pelo Maranhão”, que de maneira unificada buscam eleger o candidato ao governo do Estado, Flávio Dino, e o candidato ao Senado, Roberto Rocha.

A unificação da oposição em prol da candidatura não somente ao governo do Estado, mas também ao Senado, demonstra a maturidade política dos partidos que integram a coligação, que compreendem a necessidade que um novo governo terá, em Brasília, por um senador que seja de sua base aliada, uma vez que atualmente, dos três senadores que representam o estado, todos compõem a base do atual governo.

Flávio Dino, que tem percorrido todas as regiões do Maranhão acompanhado do candidato Roberto Rocha, por onde passa ressalta em seu discurso a importância da mudança, também, no Congresso Nacional, colocando no poder o senador que representa a mudança. “O Maranhão precisa voltar a ter senadores que lutem pelo povo maranhense e não apenas que acatem os interesses de um grupo político. Nós queremos mudar a história do governo deste estado”, disse.

Roberto Rocha em suas visitas aos municípios maranhenses, deixa claro que existem dois projetos em disputa. “Nessa eleição só tem dois lados: o que está aí há cinco décadas e mergulhou o estado no atraso, com promessas que nunca são cumpridas e o outro é o que propõe uma mudança, um governo mais justo, um governo para os maranhenses”. Rocha acrescenta. “Eu serei, no Senado, o apoio para essa mudança, na busca de recursos para o Maranhão, para que Flávio Dino traga mais oportunidades para o nosso povo”.

Eleger Roberto Rocha vai muito além do que eleger o candidato da oposição, mas representa a confirmação real do desejo de mudança para o estado, atualmente representado apenas pelo mesmo grupo político, que há décadas impõe aos maranhenses um estado com os piores índices de desenvolvimento, apesar de ser possuidor de inúmeras riquezas.

Luís Fernando diz não ter nenhum interesse em política no momento

Luís Fernando Silva não se empolgou com a ideia do novo grupo e permanece afastado da política

Luís Fernando Silva não se empolgou com a ideia do novo grupo e permanece afastado da política

Via assessoria, o ex-prefeito de São José de Ribamar, Luís Fernando Silva, informou ao blog que não tem interesse em política neste momento e que se dedica exclusivamente ao trabalho de consultoria em gestão pública fora do estado.

Questionado sobre as ligações com o candidato a deputado federal Washington Rio Branco para a formação de um novo grupo, Luís Fernando afirmou que teve apenas uma ligação com Washington Rio Branco, mas nada de formação de grupo. “Desconheço o convite. Neste momento, tenho me dedicado exclusivamente ao trabalho de consultoria em gestão pública fora do estado. Nada de política agora”, sentenciou.

Washington Rio Branco idealizou a formação de um novo grupo e teve o convite aceito pelo ex-prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo. Depois contactou Luís Fernando e acreditava que o grupo estaria bem encaminhado.

Mas, com o recuo do ex-prefeito de Ribamar, a ideia fica inviabilizada.

Osmar Filho: “diretoria do sindicato usa professores em ação política”

Camara_Saude_Osmar_Foto_PauloCarua (1)O vereador Osmar Filho (PSB) utilizou a tribuna da Câmara Municipal de São Luís para falar sobre o movimento realizado pela diretoria do sindicato dos professores de São Luís, que acampou em frente à sede da prefeitura de São Luís. O socialista pediu o retorno das aulas, destacando a continuidade do diálogo, os avanços já obtidos nesta gestão e a impossibilidade do município oferecer um reajuste salarial maior. Osmar também criticou a diretoria do sindicato por estar, segundo ele, usando a categoria para ganhos políticos, uma vez que já foi demonstrada a participação ativa de políticos no financiamento e manutenção dos grevistas na porta da prefeitura.

“Não posso dizer que o movimento é dos professores, mas sim, da diretoria do sindicato dos professores, que tenta a todo tempo utilizar os professores em uma ação política. Nós sabemos que a ilegalidade da greve já foi decretada pela Justiça do Maranhão e pelo Supremo Tribunal Federal. A cidade precisa saber que esta é uma ação isolada da diretoria do sindicato, compartilhada com alguns políticos. É preciso ter responsabilidade com a população e com as famílias. O sindicato não pode se deixar influenciar pelo momento eleitoral”, afirmou.

Carro da assessora de Fábio Câmara dá assistência ao sindicato

Carro da assessora de Fábio Câmara dá assistência ao sindicato

Osmar lembrou que o Ministério Público, por diversas vezes intermediou a negociação para a volta das aulas para não prejudicar os alunos. A Justiça determinou a volta das aulas sob pena de aplicação de multa, processo administrativo e aplicação de faltas para que estas sejam descontadas dos salários.

O líder do governo na Câmara Municipal também afirmou que é pequeno o percentual de professore que aderiram ao movimento e lembrou das ações truculentas já efetuadas durante a greve. “Os professores, em sua maioria, não estão aderindo à greve. A maioria está na sala de aula, exercendo seu papel. Uma parcela mínima de professores está ocasionando tudo isto. Bloquearam a avenida dos Holandeses, bloqueando, inclusive ambulâncias. Bloquearam prédio público e impediram os funcionários da prefeitura de trabalhar”.

Para o parlamentar, foi demonstrado que o prefeito nunca se negou ao diálogo. O executivo já demonstrou que não tem condições de dar um aumento maior. A questão estrutural, também está sendo resolvida. “Várias escolas reformadas foram entregues. A escola da Cidade Olímpica foi entregue. É preciso ter paciência. São Luís paga acima do piso nacional. É uma das capitais com o maior salário. Paga inclusive mais do que o Estado. O prefeito não tem varinha de condão pra resolver de imediato todos os problemas, mas tem avançado. O prefeito valoriza a educação e as estruturas físicas. Fica o meu apelo, para que os poucos professores que ainda não retornaram às salas de aula, possam retornar”, finalizou.

Elizabeth mostra que a greve do Sindicato dos professores é política

Elizabeth Castelo Branco em sintonia com a TV Difusora

Elizabeth Castelo Branco em sintonia com a TV Difusora

Está mais do que provado que a greve do sindicato dos professores de São Luís é política. E quem acusou o golpe foi a própria presidente do Sindicato, Elizabeth Castelo Branco, em discurso na manhã desta quinta-feira (14).

Ao falar na porta da prefeitura sobre o caso, a presidente do Sindicato enfatizou: “se está desse jeito aqui na prefeitura, imagina no governo com Flávio Dino!”. Qual a relação de Flávio Dino e da eleição estadual com o “pleito” do Sindicato dos professores?

A manutenção do pequeno grupo está sendo amparada pela alta cúpula do PMDB. Em especial pelo senador João Alberto e pelo vereador Fábio Câmara. Carro da assessora de Câmara, plotado com a propaganda do candidato estava dando assistência no momento da invasão na noite de ontem (13).

A TV Difusora, de propriedade do candidato ao governo, Edinho Lobão (PMDB), foi a primeira a chegar ao local (aparentemente já tinham conhecimento de que a invasão iria ocorrer). O blog apurou que a ordem da emissora é que todos os veículos do sistema permaneçam em vigilância no local.

Carro da assessora de Fábio Câmara dá assistência ao sindicato

Carro da assessora de Fábio Câmara dá assistência ao sindicato

A ideia de invasão da prefeitura é para que Edinho usasse o fato no debate da TV Guará, que foi adiado, e aproveitasse imagens e depoimentos para o horário eleitoral, que começa na próxima semana. A coordenação de campanha do candidato do grupo Sarney espera que com o evento, tenha substância para um impacto na candidatura de Dino já nos primeiros programas da TV.

Vale lembrar que a Justiça já decretou a greve ilegal e determinou o retorno imediato das aulas.