Bira do Pindaré se posiciona contra o golpe e em favor da democracia

biradopindareNa manhã desta quarta-feira (23), o deputado estadual Bira do Pindaré (PSB) afirmou que é preciso respeitar a Constituição. Para o socialista, é isso que garante a estabilidade institucional no Brasil.

“Eu me alinho ao governador Flávio Dino, que tem sido coerente, corajoso e transparente nas suas colocações. Ele poderia simplesmente fazer coro com aquilo que parece ser a vontade de uma maioria – ele poderia cair nesse oportunismo, que é muito fácil para muitos políticos nessas horas dizer que está do lado de A ou do lado de B. Mas o governador está tendo coragem de preservar a sua coerência, a sua altivez”, destacou o socialista.

Lembrando o golpe de 64, Bira disse está preocupado com o atual cenário brasileiro e defendeu a necessidade de chamar atenção para os perigos de implantar vontades sem respeitar a Constituição Brasileira.

“Nós conhecemos tempo de outrora e sabemos o que aconteceu no Brasil quando rasgaram a Constituição para supostamente fazer aquilo que era vontade do povo. Lembro, pelos registros históricos, o golpe de 64, todas as vozes se levantaram a favor, não foi só a OAB não, a Igreja também foi a favor – é bom lembrar as marchas da família com Deus, também foi a favor, todas as vozes eram a favor e depois nós vivemos um longo período de escuridão e ditadura”, destacou Bira ao esclarecer que o impeachment é uma medida constitucional, mas que exige um crime de responsabilidade.

“A constituição é clara! E, até agora, não há sequer inquérito aberto para apurar qualquer tipo de conduta criminosa por parte da Presidência”, sublinhou, explicando que, diferente do atual contexto, o impeachment de Collor havia uma CPI e foi comprovado o envolvimento direto do presidente em práticas ilegais. No caso de Dilma, não se configurou nada que possa ensejar essa interpretação.

Em relação aos grampos, o deputado Bira citou o artigo 5°, também da Constituição Federal, para defender a privacidade. Segundo o parlamentar, um artigo que protege não apenas a presidente Dilma, mas cada cidadão brasileiro. “Temos direito à preservação dos direitos individuais, ninguém pode violar. Mas dizem ‘não, mas tinha ordem judicial’. A lei prevê isso. É uma lei de 1996 que prevê a quebra desses sigilos, de interceptações; mas, se acontecer, é para fins investigatórios”, frisou ao criticar a divulgação dos áudios.

Bira ressaltou ainda que não que ver o Brasil em uma situação de guerra, voltou a defender o respeito à Constituição e disse que o governador Flávio Dino com autoridade de quem foi Presidente da Associação Nacional dos Juízes Federais e de quem deixou a magistratura para fazer política, ‘sem a toga’. “Não quero ver o meu país enfiado numa situação de guerra, de conflitos, de falta de instabilidade institucional, para que a gente possa enfrentar os problemas reais, que afetam a população, como a questão econômica, a questão social que atinge a todos aí de maneira avassaladora”, concluiu.

Quem tem posição não se acovarda na hora difícil

flaviodinoesquerdaO governador Flávio Dino mostra a cada dia que suas convicções não são de acordo com as conveniências. Liderança mais emergente no país, poderia “surfar” na onda dos protestos contra a presidente Dilma e se projetar a nível nacional. Mas se mantém firme em defesa do legítimo mandato da presidente. E ter posição firme de acordo com suas convicções é que difere quem tem princípios e lado dos covardes e oportunistas – vide Sarney.

Flávio sempre foi um militante de esquerda, contra desigualdades e a favor da maioria mais pobre dos brasileiros. No momento em que os meios de comunicação tradicionais massacram o governo Dilma, a coisa mais cômoda a fazer seria se calar para não “pegar a catinga” do petismo. Ou até mesmo aderir à modinha “Fora PT” que lhe projetaria muito, uma vez que as maiores lideranças nacionais estão todas sujas com a lama da Lava Jato – Lula, Michel Temer, Renan Calheiros, Sarney, Eduardo Cunha, Aécio Neves, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso.

O governador não se omitiu e tomou partido em defesa do que acredita – democracia e legalidade – indiferente às críticas dos manifestantes da moda. E diante da pressão de políticos o governador foi categórico: “Tenho absoluta convicção do que faço. Não ficarei na história desses dias difíceis como oportunista, omisso, traidor. Tenho princípios”.

E quem tem princípios não pode ser camaleão para mudar de cor de acordo com a conveniência política de momento. Com atitudes como esta que se faz uma outra política e um outro país.

Em reunião de senadores, Roberto Rocha defende independência do PSB no Congresso

_ROQ2050AO senador eleito Roberto Rocha participou de reunião com o presidente do PSB, Carlos Siqueira, e os outros cinco senadores do partido, na manhã desta terça-feira, 4, em Brasília. O encontro ocorreu na sede da legenda com o objetivo de discutir os rumos que os socialistas irão seguir ao longo dos próximos quatro anos.

Desde o fim do segundo turno, o PSB tem mantido diálogo com governadores eleitos, deputados e senadores, além dos presidentes estaduais do partido, para definir qual será o posicionamento da legenda no contexto político até 2018.

Para Roberto Rocha, essa união em torno de uma opinião comum é importante para uma posição democrática. “O PSB segue discutindo com seus governadores, prefeitos, senadores, deputados, vereadores e dirigentes estaduais e municipais”, explicou o senador eleito.

Segundo ele, a tendência é que o partido seja independente, adotando uma postura que seja positiva e propositiva para o Brasil. “A decisão final será na reunião da executiva, que deverá acontecer na próxima quinzena. Contudo, penso que a posição de independência será majoritária”, destacou Roberto Rocha.

Além do senador eleito pelo Maranhão e do presidente do PSB participaram da reunião os senadores Romário Faria, João Capiberibe, Antônio Carlos Valadares, Fernando Bezerra Coelho e Lídice da Mata, o governador eleito do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e o vice-presidente de Relações Governamentais e líder do partido na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque.

Zé Inácio diz que será um defensor do prefeito Edivaldo na Assembleia

zeinacioDurante ato realizado no American Flat na manhã desta quarta-feira (29) dos partidos aliados da presidente Dilma, o deputado estadual eleito Zé Inácio (PT) afirmou que será um defensor do prefeito Edivaldo Holanda Júnior na Assembleia Legislativa.

“O prefeito foi fundamental na campanha da presidenta. Ele apoiou a Dilma em momento onde o Aécio liderava as pesquisas. Eu reconheço a sua lealdade e estarei na Assembleia sendo uma voz pra ajudar e defender sua administração”, afirmou o petista.

Francisca Primo também disse que estará à disposição do prefeito no parlamento estadual.

Sobre o posicionamento em relação ao governo Flávio Dino, Inácio diz que não vai fazer uma oposição ferrenha, mas ainda espera a decisão conjunta do partido para definir posição. “O partido ainda vai se reunir e decidir a posição. Não é um momento para decisões isoladas. Acredito que o PT irá ter momento de união e dentro do partido vamos decidir a posição. Muita coisa ainda será decisiva, como o secretariado, por exemplo. Indicar o Neto Evangelista para uma secretaria que cuida dos programas sociais foi complicado. Nada contra ele, o Neto poderia ter sido indicado para outra pasta. Mas colocar o PSDB justamente na administração dos programas sociais, que têm a cara do PT”.