Afinal, quem ganhou a eleição: Flávio, Sarney ou Roberto?

sarneyflavioroberto

Tem gerado muito debate o resultado do processo eleitoral visando as eleições de 2018. Afinal, quem foi o vencedor do processo no Maranhão visando as próximas eleições. o grupo governador Flávio Dino, Roberto Rocha ou o grupo Sarney?

É uma análise um pouco subjetiva considerando o que vale mais: mais prefeituras, ou vitória nos maiores colégios. Ainda existem casos peculiares como a vitória de Luciano Genésio (PP) em Pinheiro. Roberto Rocha tentará capitalizar para ele a vitória, embora tenha feito acordos para ajudar e muito Filuca Mendes (PMDB). Afinal, foi graças a Roberto a determinação do PP nacional que impediu aliança entre PP e PCdoB em Pinheiro.

Mas com relação a Roberto, não tem jeito, foi o maior derrotado das eleições. Perdeu em grandes colégios e perdeu em “casa” (Balsas). Seus candidatos de maior peso foram humilhados. Ildon Marques tinha uma vitória certa em Imperatriz e Wellington do Curso era dado como o candidato a enfrentar Edivaldo no segundo turno em São Luís. Perdeu nos dois.

Mas a disputa entre Sarney e Flávio foi equilibrada, com vantagem para o governador. Vejamos.

O PCdoB foi o partido que mais elegeu prefeitos no Maranhão: 46. A principal base aliada de Flávio (PDT, PSDB e grande parte do PSB) também estão entre os com maior número de prefeitos eleitos. PSDB foi o segundo com maior número de prefeitos eleitos (29 prefeitos), seguido do PDT, com 28 prefeitos e em seguida vem o principal partido de Sarney, o PMDB, com 22 candidatos eleitos. Mesmo sem poder determinar ao certo a quem pertencem os prefeitos de partidos pequenos no momento, é fato que a base do governador, levando em conta os prefeitos de fato aliados, tem mais de 50%.

Nos 10 maiores colégios eleitorais, um foi para o segundo turno. Nos outros nove, seis ficaram com Flávio e três com Sarney. Embora, nos dois maiores, Sarney venceu. Caso vença em São Luís, poderá comemorar a vitória nas três maiores cidades. Flávio ainda venceu em redutos sarneystas importantes, como Coroatá, de Ricardo Murad, Vargem Grande, Paço do Lumiar e Raposa.

Assim, no contexto geral, a vitória foi de Flávio Dino, seja pelo número total de cidades, seja pelas vitórias nos maiores colégios eleitorais.

São Luís – Segundo turno

Imperatriz – Sarney

Caxias – Sarney

Timon – Flávio

Codó – Flávio

Açailândia – Flávio

Bacabal – Sarney

Santa Inês – Flávio

Balsas – Flávio

São José de Ribamar – Flávio.

Caso Carioca: mais um escândalo de interferência de Sarney no Judiciário

Mais um aliado beneficiado com interferência do oligarca no Judiciário

Mais um aliado beneficiado com interferência do oligarca no Judiciário

O vereador Paulo Roberto Pinto, o Carioca (PHS), fez declarações muito comprometedoras ao ex-presidente José Sarney uma conversa via Whatsapp. Carioca dá a entender que foi por dedo de Sarney que conseguiu a cassação do mandato de Beto Castro (PROS) no no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Carioca desafia o vereador Beto Castro, vereador que teve o mandato cassado, a reverter o processo no TSE. E diz que se Beto tiver a liminar, ele iria cassá-la no dia seguinte. Paulo Roberto diz que Beto e o patrão dele, se referindo ao conselheiro do Tribunal de Contas, Edmar Cutrim, não tem c* para mudar a decisão do TSE.

“Mostra essa liminar aí mim cassar ela. Apresenta ela pra a gente cassar amanhã. Mostra, que não tem liminar, mentiroso. Disse para os bestas ali: Beto, ele e o patrão dele, não tem c* para mudar decisão do TSE. Tudo quanto é coisa vocês acredita (sic). Muda car* nenhum. Muda a gente vai pra cima e toma”, afirmou.

O vereador do PHS diz que Beto deve respeitar Sarney e que ele iria fazer levantamento sobre a vida de Beto para persegui-lo. “Vou começar a te perseguir pra tu aprender (sic) a respeitar a família Sarney c*. Agora tu pegou em fio pelado. Tu vai ver”.

Ele ainda ameaça a candidatura da mulher de Castro e apoiar a candidatura do vereador Marlon Garcia (PTdoB), que faz política na mesma região de Castro. “Vou cassar a candidatura de tua mulher, que tu não é candidato. Tu tá ‘pôde’. Tu tá lascado. Eu vou comer teu fígado agora. Ainda vou pra cima da eleição do Marlon”.

Histórico de Sarney

Este é mais um dos muitos casos de interferência de Sarney no noticiário. Para os maranhenses, a mais marcante foi a cassação do ex-governador Jackson Lago, apontado como absurdo jurídico, tendo em vista as frágeis provas do possível abuso de poder político. A filha de Sarney ficou com o mandato.

Mais recentemente, o Brasil inteiro se chocou com a gravação do delator Sérgio Machado, onde Sarney deixa claro que iria ajudar a resolver a situação de Machado e teria que ser sem advogado.

Teori nega pedidos de prisão de Sarney, Renan e Jucá

Teori Zavascki reconheceu serem graves as conversas, mas diz que não justifica o encarceramento preventivo

Teori Zavascki reconheceu serem graves os ilícitos das conversas, mas diz que não justifica o encarceramento preventivo

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, negou nesta terça-feira (14/6) o pedido de prisão aos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR) e do ex-presidente José Sarney (PMDB). Ele também negou o pedido de diligência de busca e apreensão em endereços dos três e determinou a divulgação dos depoimentos do acordo de delação premiada do ex-presidente da BR Distribuidora Sérgio Machado.

Todos os pedidos de medidas restritivas foram feitos pela Procuradoria-Geral da República. Nos pedidos de prisão, ele afirma que Renan, Jucá e Sarney foram “flagrados” em conversas em que discutem formas de “embaraço à operação ‘lava jato’. Nos pedidos de busca e apreensão, diz que são para “colher documentos ou outras provas relacionadas com os fatos investigados”.

O ministro Teori julgou os dois pedidos ineptos. Quanto a Renan e Jucá, disse que são senadores em pleno mandato e, conforme prevê, o artigo 53, parágrafo 2º, da Constituição Federal, só podem ser presos depois do trânsito em julgado de condenação ou em flagrante de crime inafiançável. Segundo Teori, nenhuma das duas situações ficou demonstrada nos pedidos de prisão.

Sobre Sarney, Teori disse não ter visto qualquer argumento ou indício de prova que justificasse a concessão da prisão preventiva. “Por mais grave que seja o ilícito apurado e por mais robusta que seja a prova de autoria, esses pressupostos, por si sós, são insuficientes para justificar o encarceramento preventivo”, afirmou o ministro. “Decretar ou não decretar a prisão preventiva não deve antecipar juízo de culpa ou de inocência, nem, portanto, pode ser visto como antecipação da reprimenda ou como gesto de impunidade.”

Com informações do Consultor Jurídico.

Procurador da República diz que Sarney, Renan e Temer ameaçam a Lava Jato

Coordenador da Força-tarefa da Lava Jato

Deltan Dallgnol é Coordenador da Força-tarefa da Lava Jato

O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, disse ser “possível e até provável” que as investigações do maior escândalo de corrupção do País acabem. “Quem conspira contra ela são pessoas que estão dentre as mais poderosas e influentes da República”, afirmou.

Dallagnol disse que as conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado com o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o ex-presidente José Sarney (AP) e o senador e ex-ministro do Planejamento Romero Jucá (RR), todos da cúpula do PMDB, expuseram uma trama para “acabar com a Lava Jato”. “Esses planos seriam meras especulações se não tivessem sido tratados pelo presidente do Congresso Nacional”, disse o procurador.

Os áudios do delator Sérgio Machado tornados públicos pela imprensa mais uma vez revelam movimentos para tentar interferir nos andamentos da Operação Lava Jato. As investigações correm algum risco?

As investigações aproximaram-se de pessoas com poder econômico ou político acostumadas com a impunidade. É natural que elas reajam. Há evidências de diferentes tipos de contra-ataques do sistema corrupto: destruição de provas, criação de dossiês, agressão moral por meio de notas na imprensa ou de trechos de relatório de CPI, repetição insistente de um discurso que aponta supostos abusos jamais comprovados, tentativas de interferência no Judiciário e, mais recentemente, o oferecimento de propostas legislativas para barrar a investigação, como a MP da leniência (medida provisória que altera as regras para celebração de acordos entre empresas envolvidas em corrupção e o poder público). Tramas para abafar a Lava Jato apareceram inclusive nos áudios que vieram a público recentemente. A Lava Jato só sobreviveu até hoje porque a sociedade é seu escudo.

É possível um governo ou o Congresso pôr fim à Lava Jato?

É, sim, possível e até provável, pois quem conspira contra ela são pessoas que estão dentre as mais poderosas e influentes da República. À medida que as investigações avançam em direção a políticos importantes de diversos partidos, a tendência é de que os que têm culpa no cartório se unam para se proteger. É o que se percebe nos recentes áudios que vieram a público. Neles, os interlocutores dizem que alertaram diversos outros políticos quanto ao perigo do avanço da Lava Jato. É feita também a aposta num “pacto nacional” que, conforme também se extrai dos áudios, tinha como objetivo principal acabar com a Lava Jato. Não podemos compactuar com a generalização de que políticos são ladrões, porque ela pune os honestos pelos erros dos corruptos e desestimula pessoas de bem a entrarem na política. Contamos com a proteção de políticos comprometidos com o interesse público, mas não podemos menosprezar o poder das lideranças que estão sendo investigadas.

Curitiba foi comparada à “Torre de Londres” nas gravações. É justa a comparação?

A comparação é absolutamente infundada. A Torre de Londres foi usada para a prática de tortura. Na tortura, suprime-se o livre arbítrio da vítima e se extrai a verdade por meio de tratamento cruel. Na colaboração, respeita-se o livre arbítrio de quem, quando decide colaborar, recebe um prêmio. Mais de 70% dos colaboradores da Lava Jato jamais foram presos. Nos casos minoritários em que prisões antecederam as colaborações, eram estritamente necessárias e não tiveram por objetivo a colaboração, mas sim proteger a sociedade, que corria risco com a manutenção daquelas pessoas em liberdade.

O que o conteúdo dos áudios demonstra, na sua opinião?

Os áudios revelam um ajuste entre pessoas que ocupam posições-chave no cenário político nacional e, por isso, com condições reais de interferir na Lava Jato. Discutiram concretamente alterar a legislação e buscar reverter o entendimento recente do Supremo que permite prender réu após decisão de segunda instância. Eles chegam a cogitar romper a ordem jurídica com uma nova Constituinte, para a qual certamente apresentariam um bom pretexto, mas cujo objetivo principal e confesso seria diminuir os poderes do Ministério Público e do Judiciário. Esses planos seriam meras especulações se não tivessem sido tratados pelo presidente do Congresso Nacional, com amplos poderes para mandar na pauta do Senado; por um ex-presidente com influência política que dispensa maiores comentários; por um futuro ministro (do Planejamento) e na presença de outro futuro ministro, o da Transparência (Fabiano Silveira, também nomeado pelo presidente em exercício Michel Temer e já fora do governo). Quando a defesa jurídica não é viável, porque os fatos e provas são muito fortes, é comum que os investigados se valham de uma defesa política. Agora, a atuação igualmente firme contra pessoas vinculadas a novos partidos, igualmente relevantes no cenário nacional, reforça mais uma vez que a atuação do Ministério Público é técnica, imparcial e apartidária. Não vemos pessoas ou partidos como inimigos. Nosso inimigo é a corrupção, onde quer que esteja, e, nessa guerra, existe apenas um lado certo, o da honestidade e da justiça.

As informações são do Jornal O Estado de São Paulo.

Gesto: Roberto Rocha sai em defesa de Sarney

robertorochaO senador Roberto Rocha (PSB-MA), que espera contar com o apoio do Clã Sarney em uma candidatura a governador em 2018, saiu em defesa do oligarca na tribuna do Senado Federal. Rocha foi muito claro na defesa e afirmou que não haviam elementos para o pedido de prisão dos caciques do PMDB, gravados por Sérgio Machado.

“Eu sinceramente do que eu vi, do que eu ouvi, como todo brasileiro com relação aqueles áudios que envolve o senador Sarney, o senador Renan, até onde eu ouvi não vi nada que possa justificar medida tão drástica”, afirmou.

O senador ainda afirmou que não é cabível que em nome de uma higienização da política, se afronte valor da fidelidade, concentrando sua crítica na falta de fidelidade de Machado ao gravar e transformar em “espetáculo midiático” uma conversa privada. “Estamos criando um ambiente de desconfiança geral, que já vem atingindo o Judiciário”.

Público “homenageia” Sarney durante show da Legião Urbana

showlegiaoBlog da Silvia Tereza – Em intervalos do show  da banda Legião Urbana em São Luís,  na noite madrugada de sábado para este domingo (04), uma boa parte do público reagiu, em coro, com palavras de ordem que “mandavam” o ex-senador e ex-presidente da República,  José Sarney (PMDB),  “tomar naquele lugar” em meio às recentes repercussões da delação premiada do ex-presidente da Transpetro,  Sérgio Machado, que derrubou áudios e esquema de propina envolvendo o maranhense.

O público talvez tenha sido estimulado pelo atual cenário vergonhoso de desvio de recursos públicos ao relembrar músicas de Renato Russo, ex vocalista da Legião Urbana já falecido,  que falam de corrupção e escândalos e uma delas ainda perguntava: “que país é esse?”. Para a indagação, respondiam: ” É a porra do Brasil…” A composição de 1987, que republico abaixo, é atualíssima para a turbulência política por que passa hoje o Brasil.

E para completar a letra, que  fala de “corrupção e sujeira para todo lado”, o público dizia em coro: “Sarney, vai tomar no c…”

Janot cogita inquéritos para investigar Jucá, Renan, Sarney e Lobão

janot

Brasil 247 – Com a homologação do acordo de delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, a Procuradoria Geral da República avalia pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquéritos para investigar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR), o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e o senador Edison Lobão (PMDB-MA).

O pedido de abertura de inquéritos terá como base fatos narrados por Machado em depoimentos que prestou a investigadores da operação Lava Jato. Além da gravação de conversas com as lideranças peemedebistas, o ex-presidente da Transpetro detalhou nesses depoimentos como funcionou um esquema de corrupção na subsidiária da Petrobras destinado a suposto enriquecimento ilícito dos políticos.

As conversas com os procuradores, nas quais Machado mostrava a intenção de aderir ao instituto da delação premiada, começaram há um mês. As gravações já tinham sido realizadas e foram entregues por Machado durante esses depoimentos.

Sarney diz em gravação que Lula se arrependeu de escolher Dilma

sarneyluladilmaG1 – O ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) afirma em uma conversa gravada pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva  se arrependeu da escolha da presidente afastada Dilma Rousseff para sucedê-lo. A assessoria do Instituto Lula classificou a divulgação da conversa como “nojenta”.

A conversa foi gravada por Machado na casa do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). O ex-presidente da Transpetro, que gravou várias conversas com políticos do PMDB, teve acordo de delação premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

No diálogo com Sarney, inédito, Machado e o ex-presidente falavam sobre a Dilma Rousseff e sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O nome de Lula não é citado diretamente, mas, para os investigadores, fica claro que a conversa é sobre ele.

SÉRGIO MACHADO – Agora, tudo por omissão da dona Dilma.
JOSÉ SARNEY – Ele chorando. O que eu ia contar era isso. Ele me disse que o único arrependimento que ele tem é ter eleito a Dilma. Único erro que ele cometeu. Foi o mais grave de todos. 

Em gravação citada pelo jornal “Folha de S.Paulo” entre Machado e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) o assunto também é Lula. Mas a conversa é sobre o suposto envolvimento do ex-presidente no esquema do mensalão do PT.

Segundo o jornal, Renan Calheiros afirma que Lula havia saído, ou seja, não processado no mensalão porque os pagamentos ao marqueteiro Duda Mendonça no exterior não foram investigados a fundo quando vieram a público.

RENAN CALHEIROS – Por que que o Lula saiu [não foi acusado no processo do mensalão]? Porque o Duda [Mendonça, marqueteiro] fez a delação – na época nem tinha [a lei]. O Duda fez a delação e disse que recebeu o dinheiro fora. E ninguém nunca investigou quem pagou, né? Este é que foi o segredo.

Duda Mendonça foi o marqueteiro da campanha vitoriosa de Lula em 2002. Ele acabou absolvido no julgamento do mensalão.

Neste trecho, também publicado pela “Folha”, Renan e Machado se referem ao triplex e ao sítio que os investigadores afirmam que são de propriedade do ex-presidente. Lula nega ser o dono.

Os dois  citam uma quantia em dinheiro que Lula teria, sem mencionar a origem. Reportagem da revista “Veja” mostrou que a empresa de palestras de Lula teria faturamento semelhante à quantia citada por Machado.

MACHADO – …botou na real. Aí [inaudível] umas besteiras, como a Marisa diz, besteira. Ele tem 30 milhões em caixa. Como é que não comprou um apartamento, uma p*** [inaudível]. P***, umas m***, um sítio m***, um apartamento m***.

Além de fazer as gravações, Sérgio Machado já deu vários depoimentos aos investigadores da Operação Lava Jato, que estão agora analisando todas essas informações trazidas pelo ex-presidente da Transpetro.

A delação premiada dele foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e, a partir de agora, começa uma nova etapa da apuração. O ex-presidente José sarney e os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá podem ser chamados a dar explicações.

Política maranhense em notas

Ribamar Alves e Roberto contra Luciano

ribamarrobertoA retaliação ao presidente estadual do PSB, Luciano Leitoa, na destituição da comissão municipal do partido, não partiu exclusivamente do senador Roberto Rocha. Quem também esteve jogando duro contra Leitoa junto à direção nacional foi o prefeito de Santa Inês, Ribamar Alves. O problema deriva do mês de fevereiro deste ano, quando foi acusado de estupro. O PSB segurou por mais de uma semana seu posicionamento, mas depois de muita discussão, decidiram lançar uma nota recomendando a suspensão da filiação de Alves até o julgamento. Roberto convenceu Ribamar de que este foi “sacaneado” por Leitoa no caso.

Lista de Sarney negada 1

annagraziellaO ex-senador José Sarney e a ex-governadora Roseana Sarney se reuniram com o presidente interino Michel Temer. E para a surpresa do presidente interino, estavam nada mais, nada menos do que com uma lista de quem eles queriam ocupando os cargos federais federais no Maranhão. Sarney queria mudar mesmo os cargos que já haviam sido definidos pelo próprio Temer. Uma das indicações era ex-secretária chefe da Casa Civil, Anna Graziella, para comandar a EBC no Maranhão.

Lista de Sarney negada 2

sarneyroseanaSarney e Roseana ouviram um sonoro não. Michel disse que o acordo com o grupo Sarney era o Ministério de Meio Ambiente e foi cumprido. Quanto aos cargos federais, afirmou que estas decisões passam pelos diretórios estaduais dos partidos. Ou seja para discutir os cargos no Maranhão, deveria haver discussão com o senador João Alberto, presidente estadual da legenda. Saíram de mãos abanando.

Lobo x Carcará

edinhonotrePor falar em João Alberto, o suplente de Senador Edinho Lobão ficou uma fera com o presidente estadual do partido. Tudo porque Alberto estava organizando as inserções do PMDB e chamando os expoentes do partido para gravarem os VTs que irão ao ar na TV. Mas Edinho não estava satisfeito apenas com sua parte e disse que como era senador, queria todos os horários. Carcará disse que ele teria apenas seus 30 segundos e a orientação nacional ainda era para dar preferência às lideranças municipais por conta das eleições. Edinho ficou furioso e o clima foi tenso entre os dois.

Incoerência custa caro

IMG-20160525-WA0001_resizedTeve uma repercussão muito negativa nas redes sociais a foto da deputada Eliziane Gama (PPS-MA) aos sorrisos com o ex-prefeito João Castelo, a quem ela criticava muito durante sua gestão à frente da prefeitura de São Luís. Os internautas mostraram boa memória ao lembrarem e questionarem muito a incoerência. A já tradicional foto de Eliziane segurando um adesivo de carro escrito “Caostelo” bombou em comentários de redes sociais. Crítica ferrenha de petistas por conta da Lava Jato, Eliziane também foi criticada pela companhia de Aécio Neves, um dos campeões de escândalos da Lava Jato. Eliziane entrando no “esquema do Aécio” também foi muito citado.

Mágoa com Castelo

neto retuitaO secretário estadual de Desenvolvimento Social, Neto Evangelista, mostrou a mágoa com o ex-prefeito João Castelo por ter traído a proposta de candidatura própria para apoiar a deputada Eliziane Gama. Neto retuitou – o que no Twitter significa concordar com a ideia – postagem deste Blog mostrando o profundo sono de Castelo durante sessão da Câmara. Neto havia afirmado em setembro de 2015 que se não fosse candidato apoiaria Castelo, de quem foi candidato a vice em 2012 (relembre). Confirmou que está magoado.

 

Alberto Filho votará a favor do impeachment por acreditar no “potencial” de Temer

Alberto Filho: agora devidamente "convencido" de que houve crime da presidente Dilma

Alberto Filho: agora devidamente “convencido” de que houve crime da presidente Dilma

A bancada sarneysta da Câmara Federal têm debandado com força a favor do impedimento da presidente Dilma Rousseff. A mudança de opinião de todos que se diziam contra o impeachment ou indecisos mostra uma articulação forte do oligarca José Sarney para mostrar a Michel Temer que lhe deu votos e irá cobrar a fatura em um possível governo do vice-presidente.

O deputado Alberto Filho, que antes se mostrava contrário, anunciou que votará a favor do impeachment da presidente. Segundo o Estadão, Alberto justificou a mudança  dizendo acreditar no “potencial” e “dedicação” do vice-presidente Michel Temer, que assumirá a Presidência caso Dilma seja afastada. Ou seja, o espaço que terá no governo do aliado. “Agora, acredito que houve de fato crime de responsabilidade”, afirmou o parlamentar na maior cara dura.

Hildo Rocha (PMDB) é outro peemedebista “indeciso” que irá declarar voto contra a presidente. Já se comenta nos bastidores de Brasília que até Aluízio Mendes (PTN), que ganhou vários espaços no governo, já prepara o anúncio da mudança de voto e a traição a Dilma.

E são políticos como esses que estarão no poder caso o impeachment se confirme.