Weverton no centro das acusações a Lupi

Weverton Rocha é apontado como um dos mentores do esquema.

Uma avalanche de denúncias atinge assessores do Ministro do Trabalho e Emprego, ligados a cúpula do PDT. Entre os suspeitos de esquema de extorsão a ONGs, tendo como pano de fundo convênios para treinar trabalhadores, o nome do deputado federal (PDT-MA) Weverton Rocha aparece como cabeça do esquema.
 
Diante das denúncias, o caso, o Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, solicitou ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que a Policia Federal seja acionada para apurar os supostos desvios de recursos. As denuncias foram publicadas na Revista Veja deste fim de semana.

O deputado concedeu entrevista ao titular do blog, onde se defendeu das acusações. Confira:
O ministro Carlos Lupi afastou já no sábado o assessor especial Anderson Alexandre dos Santos, coordenador-geral de Qualificação do ministério, que é apontado como sendo seu “parceiro” no esquema. Qual era a função do Anderson e qual sua ligação com ele?
“A coordenação de Qualificação do Anderson não era ligada ao gabinete do ministro, é outro departamento. Acima dele, existem várias diretorias e secretarias. Nós não temos nenhum tipo de vínculo. Eu vou, inclusive, pedir a Polícia Federal que quebre o sigilo telefônico dele e o meu. Ele é carioca, e se eu liguei para ele este ano três vezes para o Rio de Janeiro foi muito, e diretamente para a sede nacional do PDT. Nem de amizade, não tenho muito que falar dele.”

E o Marcelo Panella, ex-chefe de gabinete? Na reportagem, é dito que ele foi afastado a pedido da presidenta Dilma Rousseff pelo envolvimento no suposto caso de propina.
“Eu sempre ouvi o Marcelo dizer que não aguentava mais a rotina de sair toda segunda-feira do Rio de Janeiro e voltar toda quinta-feira em uma correria longe da família. Ele já tinha pedido para o ministro para ficar somente da função partidária. Muito depois dele sair, veio esta denúncia de que ele teria sido exonerado, o que não é verdade.”

Como foi realizado convênio com o Instituto Êpa, um dos apontados como extorquidos?
“Não sei, porque não era minha área. Lá, nós apenas encaminhávamos, quando era convênio para o departamento responsável, mas eu não tinha detalhes. Eu nunca tive interesse. Apenas quando tinha alguma execução no Maranhão, eu me interessava em saber o detalhamento das metas, se podia aumentar mais, eu sempre pedia para ajudar mais o meu Estado.”

ESCÂNDALOS NOS MINISTÉRIOS

Casa Civil
Antonio Palocci foi o primeiro ministro a cair por acusações de corrupção. O então ministro-chefe da casa Civil. O patrimônio de Palocci cresceu cerca de 20 vezes em 4 anos, sendo metade entre novembro e dezembro, após a eleição de Dilma à Presidência da República. O ex-ministro atribuiu o enriquecimento a empresa de consultoria, mas não adiantou. Palocci deixou o cargo e em seu lugar assumiu a deputada federal Gleisi Hoffmann.

Transportes
Alfredo Nascimento deixou o ministério dos Transportes após suposto esquema de superfaturamento em obras envolvendo servidores da pasta, além de recebimento de propina nas fronteiras. A situação ficou insustentável quando seu filho foi acusado de enriquecimento ilícito. Paulo Sérgio Passos assumiu os Transportes

Agricultura
Wagner Rossi foi o ministro em situação mais grave, chegando a ser indiciado, na semana passada, pela Polícia Federal, pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e fraude em licitação. Rossi é acusado de suposta fraude na contratação da Fundação São Paulo (Fundasp), na qual o nome da Fundação Getúlio Vargas teria sido usado indevidamente. O contrato era de R$ 9,1 milhões.

Turismo
 Na pasta em que o Maranhão esteve em uma ligação direta com o escândalo, Pedro Novais foi acusado de utilizar verba pública para fins pessoais. Novais teria pagado uma empregada com dinheiro da Câmara dos Deputados, e ainda usaria motorista da Câmara como particular. O também maranhense, Gastão Vieria, assumiu o posto.

Esporte
Orlando Silva foi o último a cair. Ele sofreu duas semanas de desgaste após denúncia de esquema de desvio de dinheiro público do Segundo Tempo, um programa do federal destinado a promover o esporte em comunidades carentes. O também comunista Aldo Rebelo assumiu o cargo.

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