Agressão a fotógrafo “mancha” movimento da PM

Fotógrafo Biaman Prado

Tenho evitado comentários acerca da “greve” da Polícia Militar por ser um assunto muito delicado e qualquer comentário gera aquele sentimento: “está a favor dos grevistas baderneiros”, ou “está a favor do governo e é contra os trabalhadores”. Bem, primeiro que estou a favor da população como sempre e, principalmente, a favor da liberdade de imprensa, que sempre tenho defendido fervorosamente neste espaço.

É inadmissível o que ocorreu hoje na Assembleia Legislativa: agressão ao repórter fotográfico de O Estado do Maranhão, Biaman Prado, por um grupo de militares não-identificados. Segundo ele, os dois militares não identificados o seguraram com força pelo braço e pela cintura e o levaram para próximo aos banheiros do andar de baixo da Assembléia, onde um grupo o esperava para tentar tomar sua máquina. “Eles queriam ver as fotos que eu tirei, e eu ainda cheguei a mostrar algumas, mas não deixei que eles tomassem a máquina”.

Biaman afirma ter sido socorrido pela segurança da AL que dispersou o grupo. Ele registrou ocorrência contra os agressores.

Posso até não concordar com a linha editorial de algum grupo de comunicação, mas a quem compete dizer o que certo ou errado é o leitor, o ouvinte e o telespectador. Este tipo de repressão imposta na Assembleia é inaceitável no Estado Democrático de Direito. Se o grupo de manifestantes tem convicção de que sua reivindicação é correta e não estão fazendo nada de errado na Assembleia, por que se preocupar com o que é registrado pela imprensa?

Se algum grupo de comunicação “mente” como eles colocam, não é com este tipo de atitude que alcançarão a verdade. O fotógrafo está ali para fazer seu trabalho e não tem nada a ver com a disputa que está sendo travada entre governo e policiais. Se são valentões, que saiam da Assembleia e invadam o Palácio dos Leões. Não um grupo covardemente agredir um fotógrafo no exercício da profissão.

Os policiais têm todo o direito de reivindicar e acredito que merecem o reajuste pedido. Mas atitudes como esta não são dignas da briosa PM do Maranhão, que continua tendo apoio da população para alcançar seus objetivos salariais.

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