Todos contra o reajuste da água

Rose Sales e Ivaldo Rodrigues cobram explicações sobre reajuste da Caema.

Um debate conseguiu unir gregos e troianos na Câmara Municipal: a proposta da Caema de reajustar em 86,9% a tarifa da conta de água em São Luís. Até Ivaldo Rodrigues (PDT) e Rose Sales (PCdoB) que vivem em pé de guerra por conta das ações da prefeitura falaram a mesma língua defendendo alguma medida para barrar a mudança.

O primeiro a repudiar a ação foi o vice-líder do governo, Ivaldo Rodrigues, chamou a Caema de empresa falida, disse que o reajuste é uma loucura e que a prefeitura deveria até cassar a concessão da Companhia para explorar os serviços de abastecimento e saneamento na capital. “Recebi uma denúncia de que em uma Rua do Habitacional Turu, a Caema destruiu todo o asfalto e abriu uma vala uma semana depois da prefeitura ter feito a obra de recapeamento. É uma vergonha. A prefeitura deveria cassar a concessão da empresa”, disse.

Rose Sales (PCdoB) ocupou a tribuna em seguida, reforçando a crítica à medida. “Coaduno do que foi dito pelo vereador Ivaldo Rodrigues. No ano passado participei de uma discussão com a Caema a este respeito quando não foi passado a situação de aumento. A empresa não tem um serviço com qualidade à altura então, não pode aumentar a tarifa”, disse.

Outro que demonstrou indignação foi Batista Matos (PPS), que trouxe para a Casa dados que haviam sido colocados, segundo ele, pelo deputado Roberto Costa (PMDB) que não justificariam o aumento do preço da tarifa. “O problema não é financeiro, é de gestão. Roberto Costa (PMDB), um dos líderes do governo na Assembleia Legislativa, afirmou que houve uma redução do déficit de R$ 49 milhões para R$ 19 milhões e também que foi aumentada a arrecadação de R$ 10 milhões para R$ 14 milhões com serviços de hidrômetro e diminuição de vazamentos na rede. São R$ 4 milhões a mais e os serviços não melhoraram. Porque deveremos acreditar que os serviços irão melhorar agora?”