Pereirinha: “Os professores deveriam acampar na prefeitura”

Pereirinha: "baderna aqui eu não admito".

O presidente da Câmara Municipal de São Luís, Isaías Pereirinha (PSL) falou nesta quarta-feira (21) sobre a ocupação do parlamento municipal feita por professores da rede municipal e funcionários da Multicooper (que presta serviços para a Semed). A ocupação começou por volta das 15h e durou até às 20h de ontem.

“Baderna aqui eu não admito. Aqui é um patrimônio público que deve ser zelado. Tem gente que está fazendo politicagem com a greve dos professores”, afirmou o presidente da Câmara, que ainda afirmou que o Legislativo fez seu papel neste caso. “Eles devem acampar na prefeitura. A Câmara nunca se negou a intermediar as negociações. Marcamos a audiência e nos dispusemos a ajudar. Mas os representantes da prefeitura não apareceram na audiência”, afirmou.

Após o anúncio da ocupação, em virtude da não realização da audiência pública para debater a crise na educação, Pereirinha deu um prazo até às 18h para que os manifestantes desocupem o parlamento. O vereador Geraldo Castro (PCdoB) pediu uma prorrogação de prazo enquanto se negociava a saída pacífica dos manifestantes. O prazo foi estendido até ás 19h30.

Findado o prazo, ainda houve muita conversa até que os educadores decidiram deixar o local de forma pacífica. Eles ainda prometeram manifestação em frente á prefeitura hoje (21).

Pereirinha fez questão de manifestar que a presidente do Sindicato dos Professores, Lindalva Batista, não teve envolvimento com a ocupação, que teria sido orquestrada pelo grupo de oposição a atual presidente dentro do Sindicato. “É a primeira vez que isso acontece no parlamento. Foi uma ação orquestrada. É importante frisar que a professora Lindalva foi correta e nos ajudou a buscar o consenso”.

Profissionais da educação ocupam a Câmara Municipal

Um grupo de funcionários da cooperativa Multicooper (que só existe no mundo da fantasia) e professores da rede municipal ocuparam a Câmara Municipal de São Luís nesta terça-feira (20). Nesta tarde deveria ser realizada uma audiência pública com representantes da Secretaria Municipal de Educação para discutir os problemas da educação municipal.

Como os representantes da Semed não apareceram e não houve a audiência, os professores resolveram ocupar a Câmara. Informações dão conta de que eles já mandaram buscar tendas para passar a noite no parlamento. Os vereadores Isaías Pereirinha (PSL) e Rose Sales (PCdoB) permanecem no local tentando negociar com os manifestantes. Pereirinha ligou para outros vereadores para que se desloquem para a Câmara e ajudem nas negociações.

“Tratariamos sobre os problemas da educação em geral. Os funcionários da Multicooper estão há cinco meses sem receberem salários, passando por várias privações. cumprimos nosso papel. Mandamos os convites e a Câmara deu toda a estrutura. Mas não apareceu nenhum secretário do prefeito Castelo. Foi um deserespeito”, afirmou a vereadora Rose Sales, autora da preposição. 

A vereadora tenta convencer os manifestantes de que a Câmara fez seu papel e que deixem o parlamento. Mas os manifestantes parecem irredutíveis. 

A crise na educação municipal tomou conta do debate no parlamento na manhã de hoje com duras críticas dos vereadores de oposição Rose Sales e Gerlado Castro.

Proposta de transparência nas Emendas dos vereadores

Das 43 emendas que a vereadora Rose Sales (PCdoB) apresentou para a Lei Orgânica do Município e foram vetadas por não competir aos parlamentares alteração no texto base, chama a atenção uma em especial: que pede transparência na aplicação das Emendas Parlamentares.

 Pela Emenda apresentada, fica determinada a obrigatoriedade de todos os vereadores a prestarem contas ao Parlamento Municipal em relação às suas emendas parlamentares, ficando à disposição de consulta popular. No ano passado, foram R$ 450 mil em emendas para cada parlamentar. Os projetos das emendas e suas aplicações são de difícil acompanhamento. Uma vez que estes são enviados pela Câmara à prefeitura e a fiscalização desta aplicação é precária.

 A sociedade não tem disponibilizado nada com relação à aplicação das Emendas Parlamentares e o conteúdo dos projetos que dão origem às Emendas para verificar se condizem com a realidade. Se este dispositivo não pode ser alocado na Lei Orgânica, pode ser determinado por Projeto de Lei ou até determinação da Mesa Diretora da Casa. Mas eles não têm o mínimo interesse.

Como se pode falar em autonomia do Legislativo?

Bancada governista da Assembleia blinda secretários mais uma vez.

É sábido que na democracia brasileira as Casas Legislativas são formadas pela maioria de parlamentares aliados dos Executivos. No Maranhão, por exemplo, a Assembleia Legislativa, embora tenha seis ou sete deputados de oposição, não apresenta dificuldades ao governo do Estado, que tem tudo que lhe interessaaprovado na Casa.

Na sessão de ontem (19) a bancada governista rejeitou na Assembleia Legislativa três requerimentos de autoria do líder do Bloco Parlamentar de Oposição (BPO), Marcelo Tavares (PSB), através dos quais ele tentava convocar secretários de Estado ou solicitar informações sobre secretarias. Um quarto requerimento ficou para ser apreciado na próxima sessão, por falta de quórum. 

Acredito que não tem porque o governo não ter interesse em esclarecer ao parlamento e aos cidadãos maranhenses as questões relacionadas à administração pública. Já que o governo não não tem o que temer, porque blindar a ida dos Secretários à Assembleia?

O mesmo acontece na Câmara Municipal de São Luís, onde o prefeito só conta com dois vereadores que fazem oposição demarcada (embora, teoricamente sejam quatro opositores). Sempre que ocorre uma solicitação de convocação de Secretário Municipal, esta é barrada pela ampla bancada governista no parlamento municipal.

O povo fica se perguntando para que serve o parlamento afinal, já que não fiscaliza o Executivo? O discurso de que os poderes são autônomos e harmonicos é lindo na teoria, mas na prática, só harmonia. Autonomia nada!

Vetos devem gerar tensão entre vereadores e prefeito

Até o tucano Chico Viana reclamou dos vetos do prefeito João Castelo.

Uma nova dor de cabeça para o prefeito João Castelo (PSDB) deve vir pela insatisfação dos vereadores de São Luís com os vetos que o prefeito (ou a Procuradoria do município) promoveram a 15 projetos de lei dos parlamentares.

Projetos como Diário Oficial do município na internet, Placas de Braile em táxis e o que cria o sistema de transporte público especial para idosos, doentes e portadores de necessidades especiais que dependem de locomoção para as unidades da rede de Saúde de São Luís. O último elencado é de autoria de Chico Viana (PSDB) aliado de primeira ordem do prefeito João Castelo, mas que está inconformado com os vetos promovidos pelo executivo.

“Para que serve o vereador afinal? Quando fazemos as leis de interesse da população como estas são vetadas. é um absurdo”, disse Viana.

Os vetos ainda passarão por votação do plenário da Câmara Municipal em votação no próximo dia 28, às 9h. O vereador Astro de  Ogum (PMN) já adiantou o voto afirmando que seria contrário a todos os vetos do prefeito.

Aprovadas mudanças na Lei Orgância do Município

Câmara passa (teoricamente) a ter mais poder com as mudanças

A Câmara Municipal de São Luís aprovou por unanimidade em segundo turno as alterações à Lei Orgânica do Município. A expectativa é que o parlamento ganhe mais força com as alterações, já que mudam as relações entre a prefeitura e a Câmara.

As mudanças começaram a ser discutidas no ano passado, por orientação da Associação Brasileira de Câmaras Municipais (Abracam). Uma Comissão de seis vereadores formada por Isaías Pereirinha (PSL), José Joaquim (PSDB), Rose Sales (PCdoB), Armando Costa (PSDC), Francisco Chaguinhas (PRP) e Josué Pinheiro (PSDC).

Na votação de hoje (19), foram 18 vereadores presentes que aprovaram a mudança. Faltaram justificando Barbosa Lages (PDT), Josué Pinheiro (PSDC) e Sebastião Albuquerque (DEM). Houve logo a aprovação em Redação final e as mudanças já estão valendo.

Entre as principais mudanças estão o Poder da Câmara municipal de suplementar seu orçamento sem autorização do Executivo e a Prestação de Contas da Câmara direto ao TCE sem passar pela prefeitura.

Pedetistas ficam na prefeitura

Weverton isolado. Pedetistas do governo Castelo ficam na prefeitura.

O vice-líder do governo na Câmara Municipal, vereador Ivaldo Rodrigues (PDT) afirmou que o PDT ficará com o prefeito João Castelo (PSDB). O vereador e os demais castelo-pedetistas tiveram uma reunião com o prefeito na última sexta-feira (16) para reafirmar ao prefeito que todos ficarão no governo, pelo menos, até a definição de que candidatura o PDT irá apoiar.

 “O que houve foi uma indicação do Carlos Lupi de que seria melhor o Clodomir Paz sair uma vez que seria o presidente da Comissão Provisória Municipal. Mas nós entendemos que não é necessário que ninguém saia. Assim, nós ficaremos na prefeitura. Caso o partido decida por outra candidatura caberá ao prefeito tirar”, afirmou.

 Parece que os pedetistas não estão nem um pouco dispostos a entregar seus cargos. Assim, Weverton Rocha e Julião Amim, que são os membros da alta cúpula sem cargos na prefeitura, parecem se isolar na ideia de levar o PDT para a candidatura do deputado federal Edivaldo Holanda (PTC)

Carlinhos Amorim se firma como pré-candidato do PDT em Imperatriz

PDT encerra sequência de Encontros em Imperatriz.

Encontro do PDT em Imperatriz.

A seqüência de Encontros do PDT que já percorreu mais de 100 municípios esteve em Imperatriz na sexta-feira (16). Lá, o deputado estadual Carlinhos Amorim ratificou sua pretensão de concorrer à prefeitura da cidade.”Sou filho da terra, já realizei trabalhos para o nosso estado e agora quero cuidar da minha cidade e assim proporcionar uma grande gestão”afirmou.

 A cidade tem como vice-prefeito o pedetista Jean Carlo, que é hoje vice-presidente da Comissão Provisória do partido no Maranhão. “A Região Tocantina é a localidade onde o PDT possuem maior aceitação, onde conseguimos alcançar todos os nossos objetivos, levando políticas públicas.E agora têm maiores possibilidades de eleger candidatos do nosso partido aqui na Região Tocantina. Não podemos, de forma nenhuma juntar nossas forças com oligarquia Sarney, o PDT irá honrar o nome do nosso líder político, Dr. Jackson Lago”, afirmou.

 Julião Amim, por sua vez, agradeceu as lembranças que foram feitas pelo Jean Carlos, e voltou a lembrar que foi um dos participantes das lutas para as conquistas do partido.”Este partido tem história e se consagrou através das lutas militares, lutamos por anistia, fizemos caminhadas e hoje somos um partido independente.Eu me senti honrado quando recebi o convite do diretório estadual e agora que aceitei o convite tenho esta grande responsabilidade de reconstruir juntamente com cada membro.finalizou.

 Deputado federal e também secretário-geral do partido, Weverton Rocha apresentou o diagnostico e possibilidades de eleger uma bancada com uma porcentagem positiva. Na região Tocantina, um total de 18 cidades compareceram ao encontro.Ele ainda ressaltou que os filiados ao partido, precisam se conhecer e manter um dialogo constante.”É preciso conhecer e trabalhar esse conjunto de alianças de forma madura nessas eleições, precisamos procurar nossos caminhos e crescermos nas eleições municipais”.

Amigos na adolescência, Jesus e Barrabás tomam caminhos distintos

De Wilson Lima, do IG

Jesus e Barrabás se reencontram após 30 anos.

A história ou lenda, como defendem alguns, muitos conhecem. Segundo o Novo Testamento, Jesus e Barrabás foram presos e Pôncio Pilatos perguntou aos judeus, quem eles queriam que fosse libertado por ocasião da Páscoa. O povo pediu que o suposto assassino, Barrabás, fosse libertado. Jesus foi condenado, crucificado e morto.

Pelo Novo Testamento, Jesus e Barrabás tiveram destinos diferentes; o primeiro, inocente, morreu na Cruz; o segundo, assassino, gozou da liberdade e nunca mais foi visto.

Vinte e um séculos depois, Jesus e Barrabás se encontraram no Maranhão.

Jesus Marmanillo e Luís Carlos Barrabás Araújo se conheceram em 1998 quando estudavam no colégio Alternativo Maranhense. Filhos de classe média, os dois estavam no ensino médio e tinham a mesma idade. Mas não foi a relação bíblica dos nomes que aproximou os dois, mas sim gosto pelo rock. Jesus era fã de Metal e Barrabás, de punk.

Além da proximidade em relação ao gosto musical, os dois descobriram que eram vizinhos, no Cohatrac, bairro de São Luís. “Começamos trocando cds informações e escutando música. Quando percebi, estávamos andando juntos”, disse Jesus.

Um ano depois, Jesus e Barrabás formaram uma banda de punk. Barrabás era o guitarrista; Jesus, o vocalista. O nome escolhido para a banda foi: “Jesus, Barrabás e os Fariseus”. Depois, virou apenas “Jesus e Barrabás”.

Por andarem muito juntos na adolescência, ouviram piadas constantemente: “Jesus, Barrabás vai te matar!” ou “Barrabás, entrega Jesus!” ou ainda… “Jesus, te vinga de Barrabás”.

A dupla mesmo brincava com a situação. Eles encarnavam os personagens em festas. Uma vez, um pastor evangélico tentou converter Jesus.

Foi advertido por Barrabás, que disse ao pastor: ‘Você quer converter Jesus? É muita cara de pau. Vai procurar outro’. Foi super engraçado”.

Anos depois, no entanto, Barrabás converteu-se a uma igreja Evangélica e tentou fazer de Jesus uma de suas ovelhas. E o resultado: Jesus negou Jesus, como diriam os evangélicos na época.

Os dois entraram na Universidade Estadual do Maranhão (Uema) em 2001 e a amizade continuou. Os dois fizeram cursos distintos. Jesus, Geografia; Barrabás, História.

Barrabás deixou a universidade em 2003 e foi conhecer o restante do País. Os dois acabaram se separando. Barrabás viajou para cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Em 2005, passou a morar nas ruas do Centro Histórico de São Luís. Chegou a ser preso, por desrespeito à autoridade policial.

Jesus, que era considerado um rebelde, formou-se. Fez mestrado e doutorado em Ciências Sociais na Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Hoje, Barrabás é artesão. Quer montar um grupo de tambor de crioula em São Luís e dá aula de cultura maranhense para jovens. Cristão, Barrabás montou um altar em sua casa com peças religiosas, inclusive uma réplica de, santo padroeiro do Maranhão. Jesus não tem religião. Não é devoto de santos e agora estuda para conseguir uma vaga como professor de universidade.

Após quase dez anos separados, eles voltaram a conversar na semana passada. Os dois estão com 33 anos, idade em que Jesus foi morto.

Washington terá o tom da aliança com Roseana e Dilma

Washington usará parceria com Roseana e Dilma na campanha.

O petista Washington Oliveira terá como tom de sua campanha, caso seja escolhido candidato nas prévias do PT, os benefícios que poderá trazer a São Luís como prefeito pelo bom relacionamento com o governo estadual e federal, o que traria recursos para solucionar os problemas da cidade.

“Qualquer prefeito que venha ser eleito agora em 2012, a partir de 2013 precisa estar em sintonia fina com os governos do estado e federal. A população cansou; não quer mais essas brigas políticas que têm marcado a história do Maranhão nos últimos anos e que prejudicaram enormemente o Estado. A população quer que o gestor público apresente soluções para os problemas do povo. E é isso que estamos propondo”, afirmou o petista em uma clara referência às brigas entre o prefeito João Castelo (PSDB) e a governadora Roseana Sarney, que de fato, ficam em um jogo que um tenta barrar as ações  do outro e a cidade sofre.

Resta saber é se realmente esta aliança trará algum resultado para a cidade. Washignton disse também que problemas como o da duplicação da BR-135 devem ter participação do prefeito, que deve ter força política para cobrar do governo federal. Mas se a força política que tem a governadora e a bancada federal maranhense que é altamente fiel à presidente Dilma não são suficinetes, será que a cobrança do prefeito daria jeito?

De fato a população está cansada das picuinhas políticas, de um atrapalhar o trabalho do outro. Veremos é se Washington for eleito prefeito esta aliança trará as soluções que a cidade precisa. Pois o governo estadual é aliado de primeria ordem do governo federal e a contrapartida tem sido pequeníssima.