Por Michel Sousa
De O Imparcial
Joaquim Haickel, titular da Secretaria de Esporto e Lazer (Sedel), informou que foram disponibilizados 15 mil ingressos para o Nhozinho Santos e 17 mil para o Castelão. O restante ficou para o Sampaio, autoridades locais e convidados especiais.
Bastou apenas 1h30, após o inicio da distribuição, para que os 32 mil bilhetes colocados à disposição do torcedor se esgotassem. E prevaleceu a lei do mais forte. Os jovens, indiscriminadamente, empurravam mulheres, crianças e idosos que aguardavam, pacientemente, na fila. Fernando Nonato, 65 anos, foi uma das vítimas da desorganização.
Morador da Vila Passos, ele estava desde as 7h da manhã à espera da entrega dos ingressos, porém, após duas horas de espera, voltou para casa de mãos vazias. “Moro em frente ao estádio, mas não consegui pegar ingresso. O povo empurrando as pessoas e furando fila sem que a polícia fizesse nada. É um desrespeito contra o torcedor e, principalmente, contra o idoso”, protestou.
A desorganização foi tanta que nem a quantidade máxima de ingressos permitida por torcedor foi respeitada. Guguete, 29 anos, chegou as 9h30, mas as 9h35 já estava em posse de seis entradas, todas retiradas nas bilheterias do Nhozinho Santos. “O mundo é dos espertos. Como não teve fiscalização e nem cadastro dos RGs ficou mais fácil. Pulei em um guichê, depois em outro e outro”, afirmou exibindo os bilhetes.O Imparcial conseguiu flagrar pessoas vendendo os ingressos recém adquiridos nas bilheterias do Nhozinho por valores que variavam de R$ 5 até R$ 50 sem qualquer tipo de interferência.