Lisboa, Eduardo DP e Pacovan ficam presos por tempo indeterminado

Pacovan e Eduardo DP em Pedrinhas

Pacovan e Eduardo DP em Pedrinhas 

Com mandato de prisão preventiva expedido pela Justiça, os acusados de crime de agiotagem e desvio de verbas da merenda escolar ficam presos por tempo indeterminado. A operação El Berite II prendeu o ex-prefeito de Bacabal e ex-presidente da Famem, Raimundo Lisboa, e nomes conhecidos sempre relacionados à agiotagem no Maranhão. Logo depois de prestar depoimento na SSP, os sete acusados irão para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

Alem de Lisboa, foram presos dois de seus auxiliares na gestão municipal, o ex-tesoureiro, Gilberto Ferreira, e o ex-secretário municipal Aldo Araújo de Brito. Também estão na cadeia Josival Cavalcanti, conhecido como agiota pelo apelido de Pacovan, e sua esposa Edna Pereira; além de Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP ou Imperador. Gláucio Alencar, acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista Décio Sá, já preso, foi alvo do sétimo mandado de prisão, acusado de ter recebido dinheiro advindo do esquema.

Os sete envolvidos são responsáveis por desvios de R$ 4,5 milhões na Prefeitura de Bacabal e responderão pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, fraude ao processo licitatório, peculato e organização criminosa. “Estes criminosos, em sua ânsia vampiresca de acumular patrimônio, surrupiaram o dinheiro da merenda escolar, da moradia, das estradas, da urbanização das cidades, infernizando o meio social. Bandido é bandido. Não importa quem ele seja, deve responder por seus crimes”, enfatizou o secretário Jefferson Portela.

Apesar da prisão por tempo indeterminado, os advogados dos acusados já se movimentam em busca de habeas corpus, que se concedido, será um acinte à sociedade maranhense.

Municípios como Zé Doca, Arari, Dom Pedro, Marajá do Sena e Bacuri também são alvo de investigação da Polícia Civil por movimentações suspeitas relacionadas à agiotagem.

Nome da operação

O nome da operação remete à empresa El Berite, que deveria atuar no ramo da construção civil no município de Bacabal, mas que serviu como “laranja” no desvio de verbas públicas para pagamento de agiotas. A dívida com os agiotas decorre do financiamento de campanha de reeleição do ex-prefeito Lisboa para o mandato de 2009 a 2012.

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