Lei eleitoral impede reajuste superior a 10,67% para os professores da rede municipal

reuniaomoacirBlog Marrapá – A Prefeitura de São Luís está impedida, por força da lei eleitoral vigente, de conceder o percentual de reajuste de 11,36% pleiteado pelo sindicato dos professores. Conforme a Lei nº 9.504/1997, os agentes públicos não podem autorizar reajustes superiores à inflação apurada no pleito.

De acordo com esta regra, o reajuste máximo para os professores da rede municipal deve ser de 10,67%, correspondente à inflação acumulada registrada em 2015 conforme o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA). A primeira proposta da Prefeitura ao sindicato dos professores foi apresentada no mês de março. No total, foram apresentadas quatro propostas, culminando no valor máximo de 10,67% – justamente o valor máximo permitido no período.

O objetivo da restrição é garantir as condições de igualdade do pleito eleitoral, impedindo que candidatos eventualmente utilizem recursos públicos para promoverem campanhas ou para angariar a simpatia de uma parcela do eleitorado.

Finanças

Além da restrição legal para o período, a Prefeitura de São Luís alega a crise econômica e a delicada situação financeira por que passa a maioria dos municípios brasileiros atualmente. De acordo com o secretário municipal de Educação, Moacir Feitosa, o percentual de 10,67% proposto ao sindicato dos professores é o máximo possível dentro da delicada situação das contas municipais.

“O prefeito Edivaldo Holanda Júnior tem trabalhado com responsabilidade, visando o equilíbrio das contas do município. Ele reconhece e valoriza o trabalho feito pelos professores da rede municipal, mas a proposta que fizemos ao sindicato é a melhor possível atualmente, tanto por causa da situação financeira do município, quanto por força da legislação vigente que não pode ser descumprida”, afirmou o secretário municipal de Educação, Moacir Feitosa.

O salário dos professores da rede básica de ensino é amparado pela Lei nº11.738/2008, conhecida popularmente como “Lei do Piso”. A Lei do Piso fixa um valor mínimo para o salário do professor em início de carreira, com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais. Para o professor nessas condições, a Prefeitura de São Luís oferece remuneração base de R$2.544,30 – acima do piso nacional que atualmente está fixado em R$2.135,64. Se o professor tiver curso superior, a remuneração paga pela Prefeitura de São Luís para a carga horária de 40h aumenta para R$4.204,27.

Além da remuneração base, a classe docente da rede pública também recebe uma série de benefícios, previstos no estatuto da categoria. Em São Luís, são pagas gratificações por titulação, para professores que concluem especialização, mestrado ou doutorado; e para aqueles que trabalham em escolas em locais de difícil acesso. O plano de cargos e carreiras dos professores prevê ainda progressões salariais do tipo horizontal, por tempo de serviço; e vertical, para professores de nível médio que concluem um curso superior.

4 pensou em “Lei eleitoral impede reajuste superior a 10,67% para os professores da rede municipal

  1. Agora esse prefeitinho aplica a lei eleitoral. E a lei do piso dos professores. Não sei quem é pior Edvaldo Holanda ou Castelo. Esses dois não tem compromisso com a educação.

  2. E o piso foi divulgado desde o final de 2015 e a prefeitura não se preparou para isso, sinceramente essa administração de Edivaldo só está atrapalhando a educação, quanto a construção de dezenas de escolas e creches até o final do ano de acordo com a Semed, é só falácia já que não está sequer reformando as que estão caindo aos pedaços. quanto ao fato de a lei proibir o aumento, a prefeitura de São José de Ribamar já concedeu o aumento por acaso Gil Cutrim infrigiu a tal da lei?

  3. Se Gil Cutrim fez isso, sim, ele infrigiu tal lei!
    Gente, o reajuste proposto é menos de 1%! 1%! Será que iss é uma perda imensurável no salário? Com certeza não!

  4. Fico triste em saber que essa greve está acontecendo. E m ais triste ainda sabendo que são por motivos partidários e sem o apoio da maioria dos professores.

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