“Desconfiamos que sim, que o dinheiro foi usado no pleito”, afirmou o promotor Paulo Roberto Barbosa Ramos, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Tributária e Econômica de São Luís, durante a coletiva de imprensa sobre o esquema fraudulento de isenção fiscal da secretaria estadual de Fazenda do Maranhão.
A governadora Roseana Sarney foi denunciada por permitir e homologar esses acordos explicitamente ilegais. Além dela foram denunciados, o ex-secretário de Estado da Fazenda, Cláudio José Trinchão Santos e mais oito pessoas.
O esquema causou um prejuízo de mais de R$ 410 milhões aos cofres públicos. O Ministério Público enfatizou que o esquema foi aperfeiçoado a partir de 2013 quando a empresa Auriga Informática e Serviços Ltda foi formalmente substituída em “um nebuloso processo licitatório” pela empresa Linuxell Informática e Serviços Ltda.
Ainda de acordo com o Ministério Público, 190 empresas foram beneficiadas com o esquema fraudulento. Na ocasião, não foi revelada a lista completa com o nome da empresas envolvidas e que ainda serão apontadas. “Na primeira fase da investigação focamos na aparência de ilegalidade dos agentes públicos. Em um segundo momento, serão verificados os recursos devidos pelas empresas”.