Caso Gamela: Índio não teve mão decepada, garante médico

Do Ma-10 – O diretor do Hospital Geral Tarquínio Lopes, Newton Gripp, onde estão hospitalizados três índios gamela feridos no massacre ocorrido neste domingo (30) em Viana, afirmou em entrevista que nenhum dos índios teve os membros amputados. Ele afirma também que não há risco de amputação.

Uma nota emitida pela Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão informou nesta terça-feira (2) que quatro pessoas feridas no conflito na cidade de Viana, no último domingo (30), tiveram alta médica. Entre elas, estão os gamelas Francisco Jansen Mendonça da Luz, 43 anos, vítima de agressão física, e Inaldo da Conceição Vieira Serejo, 43 anos, com ferimento por arma de fogo, tinham sido recebidos no Socorrão II.

Dois agricultores atingidos de raspão por arma de fogo também já receberam alta. A SES disse que, ao todo, sete pessoas – entre elas cinco gamelas – deram entrada em unidades estaduais e municipais em função do conflito ocorrido no domingo. Três pessoas, portanto, permanecem internadas.
Entre elas, Aldelir de Jesus Ribeiro, gamela de 37 anos, que sofreu ferimentos com arma branca nos antebraços, apresentando fratura externa e também ferimentos por arma de fogo no tórax direito com fratura de costela. Ele foi encaminhado em estado grave para o Hospital Clementino Moura, o Socorrão II, em São Luís, e agora recebe atendimento no Hospital Tarquínio Lopes Filho, onde dará sequência ao tratamento pós-cirúrgico.
Também foram encaminhados para o Hospital Tarquínio Lopes Filho os pacientes José André Ribeiro, 45 anos, com trauma craniano por agressão física; e José Ribamar Mendes, 46 anos, que sofreu fratura exposta, também para recuperação e tratamento pós-cirúrgico.

A Polícia Militar do Maranhão permanece no local com reforço do efetivo. Equipes da Polícia Civil foram imediatamente encaminhadas ao local e a Secretaria de Estado de Segurança Pública já instaurou inquérito para investigar as condições em que o conflito ocorreu. Equipe da Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular também está sendo deslocada para a área em conflito. O Governo do Estado encaminhou ofício ao Ministério da Justiça, pois compete ao Governo Federal definir se as terras em questão são indígenas ou não.

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