Relator conclui e pede a cassação da chapa Dilma-Temer

O Globo – O voto do ministro Herman Benjamin foi técnico, minucioso e farto de provas, mas não deve ter força para mudar posições no Tribunal Superior Eleitoral e permitir a cassação da chapa Dilma-Temer por abuso de poder econômico, analisou a professora da FGV Direito Rio Silvana Batini.

Segundo ela, as pressões políticas devem continuar interferindo no julgamento.

– Nesse caso há implicações políticas que interferem (na decisão dos ministros) – disse ao GLOBO.

– O voto continuou na linha técnica e minuciosa. O ministro não desperdiça fatos e provas. Enfrenta tudo. E descreveu um quadro de abuso em eleição como jamais se imaginou possível de ser feito – acrescentou.

Segundo ela, é impossível negar irregularidades com tantas provas documentais apresentadas, mesmo para a ala do TSE que defende a inviabilidade de provas obtidas da investigação da empreiteira Odebrecht.

– Negar as irregularidades é impossível e é por isto que a corrente que prega a retirada das provas é importante (que se retire as provas da Odebrecht), porque é a única forma de evitar o confronto com os fatos. Uma saída processual evita que o juiz tenha que encarar a realidade – argumentou.

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