De como a própria PF inocentou o secretário Lula em seu relatório

Lula acabou com folha suplementar e extinguiu contratos com OSs suspeitas de irregularidades

Contra o relatório da própria Polícia Federal que resultou na Operação Pegadores não há argumentos. Por mais que se faça malabarismo argumentativo para tentar colocar alguma culpa sobre os casos envolvendo as OSs e a secretaria estadual de saúde, foi a própria Polícia Federal que deixou claro em seu relatório que assim que Carlos Lula assumiu a subsecretaria, as irregularidades foram cessadas. Está na decisão da Justiça Federal que autorizou a operação.

Fica claro na decisão que não existe nada contra Lula, que recebeu os policiais na secretaria logo nas primeiras horas da manhã e auxiliou na operação. Os diálogos de Lula e o proprietário de uma das terceirizadas mostram o quanto ele foi pelo de surpresa pela tal folha suplementar. Folha esta que foi encerrada por ele mesmo imediatamente. 

Mas por que a PF diz que as irregularidades continuaram em 2017?

Vamos ao relatório da PF. O que ele diz é que há graves indícios de que a ex-subsecretária Rosângela Curado (acusada de ser a chefe do esquema criminoso) ainda exercia influência através de um funcionário da SES (já demitido), e indicaria empresas subcontratadas pelas terceirizadas. Mas o relatório é claro ao afirmar que há indícios e que isto poderia ser esclarecido no decorrer das investigações (folha 51).

Ora, se existia apenas indícios e o decorrer das investigações é que irão esclarecer, porque a insistência da Polícia Federal em afirmar que existiam irregularidades em 2017? E por que não deixaram claro que se existiu em 2017 teria cessado no início de junho quando o governo encerrou definitivamente o contrato do IDAC? Afinal, era seria este o instituto utilizado como ponte para o pagamento de propinas.

O IDAC que garantiria a continuidade do pagamento da suposta propina a Curado com repasse para uma empresa chamada Emcosuma, de propriedade da odontóloga.

Assim, fica claro que todas as vezes que se teve notícia de suspeita de ilegalidade (mesmo sem comprovação), o secretário Lula agiu para acabar com as atividades: na extinção dos folhas suplementares e encerrando os contratos com as terceirizadas.

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