Intervenções feitas por Tasso já são questionadas por tucanos

Blog do Jorge Vieira – A crise interna que abala o PSDB nacional vai acabar respingando no Maranhão, onde o presidente Carlos Brandão foi deposto do comando do partido através de um ato de intervenção do presidente interino da legenda, senador Tasso Jereissati, que já começa ser questionado por aliados de Aécio Neves, pois a intervenção se estendeu também ao diretório estadual da Bahia.

Tasso é candidato a presidente do PSDB na convenção de dezembro próximo e Aécio teria usado esse argumento para destituí-lo, alegando a questão da paridade com o governador de Goiás e concorrente ao cargo, Marconi Perilo. Tudo indica que a nomeação de Roberto Rocha teria sido com o comprometimento de voto em Tasso na convenção. Aliados de Tasso espalharam que Fernando Henrique seria contra e teria se surpreendido com a nomeação de Alberto Goldman, mas essa versão é contestada.

A declaração do deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) sobre o episódio, no entanto, revela, inclusive, insegurança jurídica dos atos que destituíram os dirigentes estaduais do partido na Bahia e no Maranhão, o que só vem colocar mais calor nas discussões sobre futuro dos tucanos nos dois estados. Aqui no Maranhão Tasso interviu para arrancar Carlos Brandão da presidência e entregar a sigla para o senador Roberto Rocha, o popular “Asa de Avião”, uma vez que a debandada da militância é tida como certa.

– Engraçada essa versão que estão espalhando que Fernando Henrique ficou perplexo. Aécio conversou com ele antes e agora à tarde (nesta quinta-feira). Fernando Henrique deixou bem claro que Goldman iria prestar um grande serviço pacificando o partido, o que Tasso não estava conseguindo, que ele não iria buscar a unificação, tem sido hostil com todos que não concordam com ele. E já tivemos notícias que ele, como presidente, estava intervindo nos diretórios do Maranhão e Bahia, já não mostrava a imparcialidade na disputa — disse.

O senador “Asa de Avião” foi colocado na presidência do PSDB estadual por um ato de intervenção do presidente nacional interino no diretório estadual, mas o ato começa ser questionado e até discutida a validade, o que só vai contribuir para aumentar ainda mais a instabilidade política e legal no ninho dos tucanos do Maranhão.

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