Por que perseguem Domingos Dutra?

Jorge Vieira

Encravado na ilha de São Luís, o município de Paço do Lumiar, sofre, desde sua criação, os efeitos de consecutivas administrações que deixaram muito a desejar e só fizeram agravar ainda mais os problemas estruturais. O histórico politico da cidade é marcado por falcatruas, improbidades e desvios de recursos que puniram sua população com o atraso durante décadas.

As últimas administrações enfrentaram sérios problemas de malversação de dinheiro público, o que levou o Ministério Público a denunciar as quatro últimas gestões à Justiça por improbidade. Mábenes Fonseca, prefeito eleito pelo PDT, foi condenado a devolver recursos desviados aos cofres públicos e expurgado da política pela Lei da Ficha Limpa. Gilberto Arôso, seu vice e substituto, assumiu, se reelegeu e acabou em Pedrinhas pelas mesmas falcatruas.

Uma década depois, mantida a maldição dos corruptos em Paço do Lumiar, a tia de Gilberto, Bia Venância, sarneyzista convicta, embora fingida de aliada de Jackson Lago, acabou tendo o mesmo fim após ser afastada diversas vezes e retornar ao cargo mediante liminar garantida nos calabouços do Tribunal de Justiça. Ela acabou presa, e só não permanece até agora por conta da tornozeleira eletrônica que permite que ela seja monitorada remotamente pela Policia Federal.

Em meio a este lamaçal de corrupção, que subjugou Paço do Lumiar ao atraso, foi eleito o combativo deputado federal Domingos Dutra (PCdoB), um morador do Maiobão, conhecedor da realidade local e eleito prefeito do município quando todos os institutos de pesquisas apontavam os representantes da oligarquia Sarney como favoritos para vencer o pleito.

O atraso no lugar era tão grande, que a cidade, tratada por seus governantes como dormitório da capital, sequer tinha ponto de ônibus, muito menos sinalização vertical e horizontal, haja vista que o asfalto contemplava no máximo as avenidas do Maiobão. Na saúde, o caos era geral e seus moradores sofriam as consequências, obrigados a procurar a rede de urgência e emergência de São Luís. A educação, estratégica para o desenvolvimento de qualquer população, era constantemente saqueada pelos seus gestores. A dificuldade era tanta que mexia com os brios do luminese.

O caos perdurava há mais de quarenta anos por conta dos aliados de José Sarney instalados no município e chefiados pela família Arôso. Em menos de um ano de governo Dutra a realidade é outra, motivo pelo qual as viúvas que ajudaram a oligarquia a mergulhar Paço do Lumiar na lama partem para ataques injustificáveis, agressões e até insinuações de cunho familiar com a única finalidade de atingir a honra e a moral do prefeito, visando desestabilizar tudo o que foi conquistado em pouco mais de doze meses.

A Câmara Municipal de Paço do Lumiar, também controlada pelas oligarquias Sarney e Arôso durante décadas, pelo visto não se conforma com os novos ares de transparência, seriedade e de compromisso com o município da atual gestão. Talvez por saudade das benesses de uma época que a população luminense espera que nunca mais volte. Os tempos, porém, são outros e os vereadores que se colocam contra a população, por meros interesses escusos ou contrariados, podem perder o bonde da história e serem condenados ao ostracismo justamente por não compreenderem que novos ventos sopram em Paço do Lumiar.

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