Raquel Dodge: um dia para prejudicar Lula, outro para favorecer Sarney

Apenas um dia após atuar para derrubar decisão que garantiria a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a procuradora geral da República, Raquel Dodge, pediu o arquivamento de denúncia de corrupção e lavagem de dinheiro movida contra o oligarca José Sarney (MDB).

Ontem, 19, Dodge interpôs recurso para barrar decisão liminar do ministro do STF, Marco Aurélio de Mello, que permitiria a soltura de todos os presos condenados em segunda instância, inclusive Lula.

Hoje, 20 de dezembro, a atual chefe do Ministério Público suavizou as acusações contra Sarney e pediu o arquivamento de denúncia apresentada em agosto do ano passado pelo seu antecessor, Rodrigo Janot.

Sarney e outros membros da cúpula do MDB foram acusados de desvio na Transpetro, subsidiária da Petrobras, para alimentar o caixa de diretórios estaduais e municipais do então PMDB.

Dodge alega que os fatos contra Sarney “prescreveram”, já que teriam sido praticados em 2008 e o Código Penal reduz pela metade o prazo quando o acusado tem mais de 70 anos.

Já no caso de Lula Dodge preferiu passar por cima da letra da Lei, apesar da liminar de Marco Aurélio ter se baseado no artigo 283 do Código de Processo Penal, que estabelece que as prisões só podem ocorrer após o trânsito em julgado, ou seja, quando não couber mais recursos no processo.

 

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