Em menos de 2 anos, o MDB pode passar por mais um rebatismo. O partido continua sofrendo com o desgaste, principalmente por denúncias de corrupção envolvendo seus membros. No final de 2017, o então PMDB removeu o “P” da sigla, voltando a ser chamado de Movimento Democrático Brasileiro, a mesma grafia de quando surgiu em 1966.
Segundo o Estadão, uma ala do MDB quer trocar o nome do partido, para “Movimento”. A manobra tem o objetivo de alcançar uma agenda econômica com novas bandeiras e deixar de lado os escândalos de corrupção atrelados à sigla. A possível troca ocorre após a forte derrota sofrida nas eleições de 2018 e a perda das presidências da Câmara e do Senado.
Ainda atordoado com todas as derrotas, o MDB tenta se posicionar no Congresso. Agora, junta os cacos e discute suas posições sobre a reforma da previdência e a nova política de reajuste do salário mínimo.
Um dos recentes casos que comprometem a imagem do partido é a denúncia, pela força-tarefa da Lava-Jato no Rio de Janeiro, de três integrantes do chamado “Quadrilhão do MDB”, como o grupo foi denominado pela Procuradoria-Geral da República: o ex-presidente Michel Temer, apontado como mentor da suposta organização criminosa, Moreira Franco, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência e de Minas e Energia, e o coronel João Baptista Lima Filho, amigo do emedebista de longa data. Além da prisão do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
Maranhão
O Maranhão é um grande exemplo da derrocada do MDB. Ainda PMDB, o partido era poderozíssimo no Estado até 2014, quando possuía o governo do Estado. O PMDB tinha a maioria expressiva de deputados na Assembleia Legislativa, a maioria da bancada federal e 2 dos 3 senadores, além de ocupar os principais cargos da administração estadual.
Hoje, o partido símbolo do sarneyzismo está totalmente desgastado. Tem dois deputados federais, dois estaduais (um ameaçando sair do partido) e nenhum senador.
A falta de comando também é reflexo da atual conjuntura do MDB. As últimas duas eleições do partido foram marcadas por muita briga interna. Recentemente, após discussões ferrenhas, o partido reelegeu o ex-senador João Alberto como presidente estadual.