Portela lembra caso “Boi Barrica”, chama Aluísio de covarde e diz que agora ele terá que encará-lo em Brasília

Os delegados Thiago Bardal, Ney Anderson Gaspar e o secretário Jefferson Portela serão ouvidos na Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados para falar de denúncias de espionagem de políticos, magistrados e autoridades. O deputado federal e ex-secretário de segurança tentou levar para depor apenas os acusadores, mas os deputados federais da base aliada incluíram no requerimento o secretário de segurança para que explique a situação, uma vez que os acusadores são um preso e um afastado do cargo na Seic, o que enseja uma vingança contra o secretário.

O secretário Jefferson Portela falou com exclusividade ao programa Ponto Continuando, da rádio Mais FM, sobre o caso. Ele afirmou que a quadrilha da qual Thiago Bardal faz parte articula para intimidar o sistema de segurança e usar a acusação de espionagem como defesa.

“É uma articulação do crime organizado, tanto para defesa processual quanto para intimidar o sistema de segurança. Só que entraram errado. Bandido não me intimida. E não tem quilate de bandido capaz de me intimidar. Nem pequeno, nem médio, nem grande. Pode ser cueca ou de gravata. Do jeito que vier vamos combater o crime. Ou o cidadão cometeu crime ou não cometeu. Se cometeu ele pode ter o nome que tiver, o dinheiro que tiver, o cargo que tiver mas ele vai responder perante a lei”, afirmou.

Aluísio Mendes

O secretário foi muito duro contra o deputado federal Aluísio Mendes, afirmando que ele é que teria que dar explicações tanto da sua gestão sobre a segurança quanto do fato de ter sido pego informando Fernando Sarney da operação Boi Barrica. A polícia federal chegou a pedir a prisão de Aluísio (relembre).

“Ele [Aluísio] deveria se explicar. Porque ele caiu em uma interceptação e a Polícia Federal pediu a prisão dele quando ele ligou para um investigado no Maranhão comunicando a operação e a pessoa estava interceptada. Por isso, á época, a PF pediu a prisão dele. Ele também deve explicar sobre a péssima gestão dele com o estabelecimento das facções na capital. De 2009 a 2014 o índice de homicídios no Maranhão aumentou 308%. Já diminuímos em 63%”.

O secretário também disse que Aluísio, que foi secretário de segurança, se fala em interceptação ilegal, deve saber como fazer. “Ele aparece abraçando criminosos e dando total crédito a esta história de interceptações. Será que ele é um analfabeto na condição de policial? Ele sabe que a interceptação só é implantada com a ordem de um juiz. A operadora não implanta com ofício de oficial. Se ele fala de interceptação ilegal ele deve saber algo sobre isso. Na nossa gestão, somente dentro da lei”.

Portela disse que Aluísio fugiu de debate com ele marcado na TV Mirante, de propriedade do próprio grupo político do deputado federal. Mas afirmou que agora, terá que encará-lo. “O engraçado é que este Aluísio, um covarde que não tem coragem de ficar na minha frente, porque marcou um debate, amarelou, e não foi. Ele devia ter vergonha de como ex-secretário de segurança dizer que um bandido com prisões estaduais e federais decretadas está sendo perseguido. O papel dele seria elogiar a polícia do Maranhão. […] Eu espero que ele tenha coragem de homem de escutar tudo que eu tenho para dizer olho no olho pra ele. Ele já fugiu covardemente aqui na Mirante. Ligou em uma sexta-feira, marcou o debate para segunda e combinou de chegar uma hora antes. Duas horas antes ele fugiu e desapareceu”, finalizou.

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