Bolsonaro nomeia mais um reitor menos votado; ameaça para Natalino Salgado

Padrão de nomeações de Bolsonaro ameaça Natalino Salgado

Mais uma vez o presidente Jair Bolsonaro rompeu a tradição e diferente de todos os presidentes pós-ditadura militar não nomeou o mais votado na consulta pública para reitoria de uma universidade federal.

Desta vez, nomeou o professor José Cândido Lustosa Bittencourt de Albuquerque como reitor da Universidade Federal do Ceará. Cândido Albuquerque foi o candidato com menor número de votos na consulta pública na universidade e o segundo colocado na lista tríplice realizada pelo Conselho Universitário (Consuni).

Bolsonaro já havia nomeado reitores menos votados na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), do Triângulo Mineiro (UFTM) e do Recôncavo da Bahia (UFRB).

Vale lembrar que não é obrigatória a nomeação do mais votado, mas apenas de um dos nomes da lista tríplice formada pela comunidade acadêmica.

E Bolsonaro é o primeiro presidente a não seguir a decisão dos estudantes e professores. Assim, usa o poder da caneta para ter influência nas gestões das universidades. Afinal, o reitor que não foi o mais votado e entrou por uma interferência política, no mínimo, deve um favor ao presidente.

Na Universidade Federal do Maranhão, o mais votado foi o ex-reitor Natalino Salgado com 49,35% dos votos. Mas Bolsonaro pode nomear Natalino ou João de Deus (que teve 24,52% dos votos) ou Ridvan Nunes (que obteve 16,86%).

A expectativa ainda é grande sobre quem comandará a UFMA. A lista tríplice foi enviada no mês passado para o Ministério da Educação.

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