Janot conta causo envolvendo Roseana em livro e diz que blefou para a ex-governadora

O ex-procurador Geral da República, Rodrigo Janot, não para de dar o que falar com as histórias de seu livro. Depois da grande repercussão do caso em que disse que entrou armado no Supremo Tribunal Federal disposto a matar o ministro Gilmar Mendes, chama atenção também episódio envolvendo a ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney.

O caso contado diz respeito à época das rebeliões na penitenciária de Pedrinhas, em 2013. O relatório das inspeções demonstravam “condições medievais” na penitenciária. Somente em 2013, 62 presos morreram na guerra das facções.

Segundo Janot, uma inspeção constatou que o governo de Roseana havia perdido o controle do presídio. “Depois do relatório, pedi à governadora informações sobre as medidas que estavam sendo tomadas para mudar a situação em Pedrinhas. Tive algumas conversas ásperas por telefone com ela, que adotou uma postura arrogante de questionar o relatório”.

Ele então resolveu apelar e fez uma petição de intervenção federal com um calhamaço de papel. Apenas para impressionar e deixou em cima da mesa. Sabia que o Supremo não iria aprovar. “Joguei a carta da intervenção federal na mesa para pressionar o governo do Maranhão a tomar medidas fortes para melhorar as condições do presídio.
Nessa negociação, contávamos com uma fonte privilegiada – um padre da Pastoral Carcerária do Maranhão, que tinha acesso aos presos e nos informava sobre suas queixas. Uma das reclamações dos detentos era que a comida servida em quentinhas era de péssima qualidade e acabava quase toda jogada no lixo. Foi assim que exigimos, e conseguimos, do governo do Maranhão que a comida que entrasse no presídio fosse uma só. Devia ser servida igualmente ao diretor do complexo, aos agentes penitenciários e aos presos”, afirmou.

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