Yglésio quer que estado conceda apoio psicológico a Ayrton Pestana

O deputado estadual Yglésio Moyses (PROS), que é presidente da Comissão de Direitos Humanos e das Minorias, protocolou indicação para que o Estado conceda apoio psicológico a Ayrton Pestana e seus familiares, como parte da reparação dos danos causados a ele. Ayrton foi preso na quinta-feira (17), após ser classificado pela polícia como principal suspeito do assassinato do publicitário Diogo Costa, ocorrido na última terça-feira (16), em São Luís.

Após perícia feita no carro de Ayrton Pestana, semelhante ao utilizado no crime, um Fiat Argo vermelho, o Instituto de Criminalística do Maranhão (ICRIM) constatou que não se tratava do mesmo veículo, pois não haviam indícios de pólvora. Além disso, também foi comprovada a versão do acusado de que a placa do seu carro havia sido clonada e que, no dia e horário do crime, o veículo não circulava pela região da Lagoa da Jansen (onde tudo aconteceu), por meio de um vídeo gravado por uma câmera de segurança de um posto de gasolina.

“O Estado precisa reparar os danos causados pela polícia a Ayrton e seus familiares, após aquela prisão equivocada, na semana passada. Prender um inocente sem indícios claros da autoria do crime é algo que afeta, e muito, o cidadão e, principalmente, seus familiares. Logo, está mais do que na hora de dar apoio ao acusado, começando pelo psicológico”, disse o deputado Yglésio.

Embora a reparação com o apoio psicológico proposta pelo deputado seja justa e viável, o blog não compartilha a ideia de que houve um equívoco latente da polícia do Maranhão no caso. Os indícios eram sim fortes, pois a evidência que existia era o veículo com a placa que apontava apenas para o acusado. A prisão foi feita dentro da legalidade, pela materialidade e possibilidade do então acusado fugir ou adulterar provas. E a própria Polícia Civil do Maranhão fez a investigação, realizou a perícia, e chegou a conclusão de Ayrton era inocente. O jovem teve uma extrema falta de sorte por ter tido a placa clonada e ser acusado de um assassinato. De fato, ele merece reparação pelo constrangimento. Mas não é possível afirmar que a polícia agiu de forma açodada ou ilegal. Agiu protegendo o maior bem jurídico tutelado (a vida), quando buscou a autoria e punição do assassino de Diogo, e, depois, agiu para preservar o segundo maior bem (a liberdade), quando constatou a inocência de Ayrton.

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