Preso em 2018 pela Polícia Federal, suspeito de liderar uma organização criminosa que desviou bilhões dos cofres públicos maranhenses, Ricardo Murad não conseguiu se eleger deputado federal nas últimas eleições e foi vendo a cada dia sua influência, que já foi de fato gigantesca, cair por terra. Ainda assim, não abandona a postura de ser acima de todos.
Ricardo agora é candidato a prefeito de Coroatá, município que dominou por 30 anos graças à influência junto ao governo estadual, esbanjando viagens de helicópteros, jatinhos e força política. Agora, sem o mesmo poder de antes, é obrigado a bater de porta em porta para pedir voto, conhecendo até os povoados mais afastados do município.
Mesmo tendo mostrar essa postura mais humilde, o estilo de Ricardo transparece para as pessoas que convivem nos bastidores, em entrevistas regionais, sendo soberbo com os entrevistadores e em declarações nas redes sociais, onde não esconde o Ricardo de sempre. O desespero de Ricardo aumentou depois da divulgação da última pesquisa eleitoral, feita pelo Instituto Data M (registro MA-09767/2020), que revelou que o atual prefeito de Coroatá, Luís da Amovelar Filho (PT), lidera a corrida eleitoral com folga, acumulando 43,8% das intenções de voto. Ricardo está apenas com 27%.