A imoralidade sem precedentes do uso político do São João do governo

Temos recebidos nos últimos dias inúmeras reclamações de quem visita os principais arraiais de São Luís sobre a persistente imagem do governador tampão licenciado Carlos Brandão nos telões das festas. Os visitantes reclamam muito de não conseguir fazer suas fotos e vídeos das apresentações porque a “cara de Brandão” fica lá estampada atrapalhando.

Para além do incômodo estético, a imagem insistente é um acinte à moralidade pública. O governo do estado usa o recurso público para fazer a festa e em pleno período pré-eleitoral, que já pode até ser considerado eleitoral, já que estamos a menos de 100 dias do pleito, usa e abusa da estrutura para fazer propaganda. Inclusive, pela forma como o nome de Brandão e do secretário de Cultura são repetidos e enaltecidos pelos cantores, parece existir uma orientação neste sentido.

Já não é razoável fazer propaganda institucional do governo em meio à festa, mas promoção pessoal com dinheiro público é expressamente proibido pela própria Constituição (art. 37).

Nunca na história do Maranhão, que tem o São João como seu principal atrativo cultural, a festa foi tão utilizada politicamente com afronta a tantos princípios da moralidade administrativa.

A ex-governadora Roseana Sarney sempre usou o São João para alavancar sua popularidade. Mas o fazia ainda dentro do que permite a regra do jogo, como madrinha de Bois, tirando fotos, fortalecendo a sua imagem nos veículos de comunicação aliados; Mas nunca a festa se tornou um palco da propaganda.

O sistema implantado pelo governo no São João é a volta showmício – e fora do período eleitoral.

Mas como no Maranhão tudo pode…

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