Governo Brandão paga em um mês o dobro do previsto para todo ano em precatórios

O governo Carlos Brandão tem gastado uma fortuna com o pagamento de precatórios desde que assumiu. Antes, o governo pagava uma média menos de R$ 20 milhões em precatórios e em abril, quando Brandão assumiu o governo, o gasto aumentou em quase 20 vezes. Foram R$ 394 milhões com este item.

O governo gastou também mais do que o dobro do previsto na própria peça orçamentária de 2022 com precatórios em apenas um mês. No orçamento a previsão era gastar de R$ 201.223.000,00 em todo o ano. Ou seja, gastou quase o dobro do previsto para todo o ano em um mês.

Chama muita atenção porque um governo que reclama tanta de falta de recursos, não cumprindo com pagamento de emendas parlamentares e convênios prometidos aos prefeitos em troca de apoio político gasta tanto com o pagamento de precatórios.

Precatório é uma dívida do poder público que surge após este poder perder uma ação judicial definitiva e irreversível. A partir daí, a Fazenda Pública é obrigada a pagar a uma pessoa física ou jurídica. Mas este pagamento segue uma fila e tem que se submeter à capacidade orçamentária.

Histórico de escândalos com precatórios no MA

O governo Roseana Sarney, cujo grupo político é hoje aliado do governo Brandão, foi alvo de escândalo envolvendo pagamento de precatórios. O pagamento indevido de precatórios à empresa Constran levou o governo do Maranhão a ser peça central da Operação Lava Jato.

O caso do pagamento à empresa Constran veio à tona depois do depoimento prestado à Polícia Federal por Meire Poza, que foi contadora do doleiro Alberto Youssef, preso no Maranhão no Hotel Luzeiros onde, segundo a Polícia, teria vindo pagar propina ao então chefe da Casa Civil, João Abreu.

A contadora disse que a construtora pediu que Youssef subornasse o governo do Maranhão, oferecendo R$ 6 milhões. Em troca, a empresa furaria a fila de pagamentos judiciais e receberia, antecipadamente, R$ 120 milhões.

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